W.I.T.S.E.C

10.

Enfim boa leituraaa

Sem revisão

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Harry pov

-Temos um traidor entre nós e ele acabou vazando sua localização para o Tom Riddle. Arrume as suas coisas, você vai ter que ir embora de Hogwarts.

Quando Teresa termina de falar eu sinto todo o ar do meu corpo sair. Eu não queria ir embora daqui, mas ao mesmo tempo era perigoso ficar, já que o alvo que eu carrego em mim ficaria maior e eu colocaria aqueles que estou começando amar em perigo.

-Teresa.... – digo, mas não consigo formular uma frase completa. – Eu não sei o que dizer agora, então...mais tarde eu te ligo.

Me movo no automático e pego meu casaco mais grosso no cabideiro, volto para sala para encontrar um Draco com os olhos molhados olhando para a TV.

-Eu vou indo – digo chamando atenção do loiro para mim.

-Está tudo bem? Você está pálido. – Draco diz e se levanta vindo em minha direção.

-Estou, mas não sou eu que estava chorando – digo e o vejo secando as bochechas.

-É por conta do filme, sempre choro no final. – Aceno com a cabeço e sigo em direção a porta.

-Até amanhã, loirinho.

-Tchau, Harry.

Tudo o que eu queria agora era ir para casa e contar tudo para James e Lily, mas não podia. Era incrível que tudo de bom que acontecia na minha vida dura um pouco mais de uns meses se eu tivesse sorte.

Passo ao lado de um parque e vejo que o mesmo está vazio, o frio nessa época do ano em Hogwarts era de matar. Mas eu não ligava para o fato dos meus dedos doendo pelo frio, ou meu nariz queimando por conta do ar gelado.

Paro de andar e fico vendo o lago congelado por uns instantes antes de começar a gritar o mais alto que eu consigo. Era libertador gritar, era uma forma de expressar a minha dor. Sinto minhas pernas perderem as forças e me encontro de joelhos no chão frio.

Aos poucos sinto meus olhos se encherem de lágrimas, sinto os soluços presos em minha garganta. Não sei a quanto tempo estou aqui chorando.

-Harry? – Sinto alguém me chamar, mas não consigo levantar meu rosto – Senhor Willians.

-Potter – digo com a voz fraco e tremula por conta choro – Agora eu sou um Potter – levanto minha cabeça e percebo que Narcisa está na minha frente, abaixada para ficarmos na mesma altura.

-Lily me ligou, disse que conversou com meu filho e que você tinha saído da minha casa a mais de três horas e que não voltou para casa desde então. Deixou todos preocupados, principalmente agora que sabem que você está vivo, Senhor Potter. Você poderia estar morto agora.

-Eu sei, eu só.... não sei o que fazer. Tudo isso que está acontecendo na minha vida é de mais para se lidar sozinho, eu não posso contar nada para ninguém. Não ter uma pessoa para conversar sobre isso acaba fazendo o peso em minhas costas aumentarem – digo e sinto as lágrimas voltarem a cair. – Eu não quero dizer adeus para ninguém, não quero sair dessa cidade.

-Eu não posso imaginar o que você está passando agora, Harry. mas saiba que você tem com quem conversar, afinal eu sei de toda a verdade. – Narcisa se levanta e estende a mão e me puxa para nos sentarmos em um banco. – Então, como você está?

-Sinceramente, nada bem. – digo e puxo minhas pernas para cima no banco e as abraço, deitando minha cabeça em meus joelhos – Desde que eu me entendo por gente, meu maior sonho foi ter uma família, afinal quando se mora em um orfanato seu sonho é ter pais. Mas como nada na minha vida acontece de uma forma boa.