Ao redor da minha cidade natal

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Oi, gente bonita ♡ senti saudades.
Eu sei que a demora tá maior, mas estou adiantando a fanfic para encerrar ela em breve :(
Estão recebendo o capítulo de primeira mão, porque nem atualizei na gringa ainda kkkkkk espero que gostem e isso explique um pouco mais sobre uma parte do passado de Donna e o começo do motivo da Kieran partir pra casa dela. Lembrando, ela também tem uma família lá, que a ama, e isso, fora a questão com Sophie, tbm é importante. Ela tem medo, mas não deixou de amar eles porque o coração dela encontrou um novo amor.
Boa leitura!! Obrigada por continuar aqui, lendo e comentando.
Qualquer dúvida, podem me procurar no tumblr @msbeneviento

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"Eu estive andando o mesmo caminho que sempre andei
Sentindo falta das fendas na calçada
E quebrando o meu salto e machucando meus pés
Há alguma coisa que eu possa fazer por você, querida?
Há alguém para quem eu possa ligar?
Não e obrigada, por favor, madame
Não estou perdida, só vagando"

Donna coloca uma nova boneca de madeira  na mesa que costumava do pai dela e se senta, perdida na escuridão da casa e dos próprios pensamentos. Sem desligar a conexão mental com Angie, ela apenas olha para frente, pensando em tudo que perdeu e o quanto ainda tem a perder pela fragilidade da vida. Angie para ao lado de Donna e sobe nas pernas da dona com cuidado, descansando a cabeça no colo dela, continuando em silêncio, até perceber onde a cabeça de Donna estava indo.

"Não foi sua culpa. Você tinha muito medo e inseguranças ainda." Angie sussurra baixo, também olhando para frente. No fundo, Donna pensa que é apenas ela tentando tranquilizar a si mesma e a culpa que pertencia à ela.

"Bem, ela se foi por minha causa." Donna murmura de volta e Angie suspira.

"Os seus traumas te fizeram perder o controle. Você amava ela."

"E amo Kieran. Por isso a mantenho longe de mim." Donna rebate com a voz um pouco mais grossa. Angie apenas suspira e estende o corpo para abraçar Donna com força, ganhando um aperto de volta da dona.

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Os pés de Donna batiam violentamente no chão, por conta da ansiedade que ela estava sentindo pela demora de Gabriela voltar para casa. Já fazia mais de duas horas e a empregada não tinha retornado. Duas malditas horas. E tudo que Donna havia pedido era para ela comprar algumas linhas de costura com o Duke.

Os pensamentos que percorriam a cabeça da criadora de bonecas, eram apenas vozes sussurrando que ela seria abandonada mais uma vez, que Gabriela mentiu na cara dela todas as vezes que pediu para ir à Vila atrás de alguns artigos de pintura. Ela havia encontrado alguém melhor esse tempo todo e iria embora, que estava dando para ela o que Donna nunca pôde dar nesses anos de relacionamento. Alguém para mostrar, alguém bonito, alguém que todos iriam amar por ser simpático e bom de ver. Essas pessoas nunca gostaram dela. Quando mais nova, as crianças zombavam da cara dela. Era muito feia, parecia um zumbi com a cicatriz em seu rosto. A pele dela era muito pálida, parecia que o rosto dela iria despencar. Se ela encontrou alguém mais bonito, Gabriela poderia mostrar para todos, sem um pano cobrindo o rosto horrível deles.

As bonecas da casa fizeram um coro de gritos agudos quando os pensamentos perturbadores e inferiores de Donna os atingiram com força. Angie colocou as pequenas mãos nos ouvidos e também gritou, se jogando no chão ao ouvir os pensamentos de Donna e ter a imagem clara de Donna morrendo sozinha e uma multidão gritando na cara delas, que elas eram horríveis e merecem tudo de ruim que aconteceram com elas.

"Estou em casa!" Gabriela anunciou ao abrir a porta. Ela colocou a sacola de papel pardo na mesa ao lado da porta e colocou a mão nos ouvidos ao ouvir os gritos.

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