Tudo ficará bem.

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Oi, oi, oi. Sentiram minha falta? Hehehe
Muito obrigada pelos comentários e favoritos ♡ (quase 300????? O que é isso????)
Bom fim de semana adiantado. Até semana que vem.
Boa leitura ;)
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"Embora eu tenha tentado dizer a ela
O que sinto por ela no meu coração
Cada vez que eu me aproximo dela
Eu apenas perco minha coragem como eu fiz no começo
Cada coisinha que ela faz é magica
Tudo que ela faz me excita
Ainda que minha vida tenha sido trágica
Agora eu sei que meu amor por ela continua"

Não é surpresa alguma que a vida tenha sido cruel com Donna por todos esses anos. Com o passar dos anos, pessoas vinham e iam, nunca demorando tempo o suficiente para ficar e se manter ao lado dela e de Angie, construindo uma família, que ela tanto invejava ou uma relação mais forte. Ela passou anos e mais anos invejando Alcina, por ter conseguido filhas e uma mulher que a amasse, sem nunca partir. Ela invejava as pessoas da Vila, que ela observava de longe, sabendo que a vida nunca faria algo parecido por ela.

Acostumada com a solidão e com a dor da perda e luto que pairava sobre ela, Donna passou a separar a vida dela em três etapas. A vida que ela tinha com os pais, quando Miranda a escolheu como filha e, Gabriela. Nenhuma dessas etapas provou para Donna que só amor era suficiente para ela fazer alguém ficar ou livrar da possível decepção que, evidentemente, todos a deixarão sozinha um dia. E assim aconteceu. Todos a deixaram. 

E você também a deixaria.

Ela carrega uma dor maçante e pesada à muito tempo, só de imaginar mais um peso nas mãos dela, Donna sabia que isso a devastaria por completo. Perder você como todas as pessoas que ela teve durante a vida, acabaria com ela. Não há forças no mundo que a fariam superar você e mais uma perda.

Era impossível também, não imaginar que você estava enganada, por ela ser uma das poucas pessoas em sua vida que demonstrou afeto e cuidado por você, além de seus pais. Talvez você esteja apenas confusa, vivendo apenas com gratidão por tudo que Donna te entregou nos últimos meses, mesmo sem pensar. Talvez você esteja confundindo o que está sentindo. Como alguém como você poderia amar alguém como ela?

"Você está enganada." Donna sussurra, parecendo descrente. A voz da dollmaker sai muito rouca, como se estivesse com dificuldade para falar e o seu coração quebra.

"Eu não estou enganada." Você diz com firmeza, enquanto aperta a mão dela com um pouco mais de força. "Eu amo você, Donna. Você é muito especial para mim. Eu sei que é difícil para você, também me assusta. Mas é a verdade, eu amo você. Eu amo Angie. Amo tudo o que fizemos nesta casa. Eu amo nós."

"Kieran, eu não posso…" Donna sussurra e cobre a boca com a mão, por cima do véu. "Eu não posso fazer com você o que fiz antes. Eu não quero perder você."

"Você não vai me perder, estou bem aqui. Sendo completamente sincera, para eu sair daqui, você vai ter que chutar minha bunda." Você tenta descontrair a situação com uma piada e quase suspira de alívio ao ouvir o som baixo da risada de Donna, fraca e muito baixa, mas estava lá. "Olha, eu sinto falta da minha família, eu te disse isso meses atrás. Se eu tiver a oportunidade, irei visitá-los, mas sempre vou voltar para você. Para nossa casa."

Donna coloca a mão livre sobre o coração dela quando você se refere à casa Beneviento, como a sua casa. A casa de vocês. Você escuta as batidas frenéticas do coração dela e se preocupa que ela passe mal pela pulsação não diminuir nunca. A dollmaker se aproxima de você e passa os dedos pelo seu cabelo, parecendo tímida com o toque.

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