CAPÍTULO 5

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Onde você esteve?
Você sabe se vai voltar?
Estávamos bem perto das estrelas
Eu nunca conheci alguém como você

REFLECTIONS - THE NEIGHBOURHOOD

Está tudo retornando para os eixos

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Está tudo retornando para os eixos.

Josh retomou as suas aulas que apesar dele odiar cada segundo dentro de uma sala de aula, esses segundos são essenciais para que ele tenha uma vida bem diferente da que eu tive.

Procurei não me importar com o fato de Jay estar na cidade, apesar de estar assustada com o seu silêncio. E Cristo... como eu odeio a sensação de um silêncio ensurdecedor. Ele pode tornar-se a maior fonte de uma situação tempestuosa, o que de fato, combina com a personalidade duvidosa de Jay.

Entretanto, não acredito que estou em condições para pausar a minha vida, a fim de lhe entregar exatamente o que quer. A última coisa que pretendo lhe oferecer é algum sinal de que sua presença me assusta.

Apesar de ser apenas mais uma da mais dolorosa realidade.

Sentada na arquibancada do auditório, sigo com o olhar fixo no grupo de garotas e garotos que estão concentrados em suas aulas musicais e teatrais. Não sei em que momento cheguei até aqui, porém, a fim de fugir de todos os lugares em que Lexie esteja presente, caminhando sem rumo por entre os corredores do colégio, o som de canções e vozes em conjunto, por alguma razão chamou a minha atenção.

Aguço a minha audição e remexo o quadril no assento, concentrada nas vozes alheias tão sincronizadas.

O grupo está cantando alguma música da Rihanna, e, por mais que aparentemente a garota de cabelos ruivos e sardas seja a vocalista principal, as vozes de seus colegas se enquadram perfeitamente à sua. Dois dos demais garotos estão com as mãos fixas em seus instrumentos, tais como guitarra, baixo, e bateria. A vocalista principal, mantém as suas mãos no suporte do microfone e parece extremamente concentrada em cantar com perfeição.

O auditório está inteiramente vazio, e quase sinto que não deveria estar aqui. Portanto, é como se eu estivesse de alguma forma presa ao sentimento que assisti-los é capaz de causar em mim. A maldita sensação nostálgica.

De repente, estou novamente com doze anos, sentada em um estofado atrás de um piano com o objetivo de provar ao meu pai que não sou tão inútil assim, que sou capaz de alguma coisa. Portanto, balanço a minha cabeça com o intuito de afastar os pensamentos e me levanto da arquibancada, sem me importar com o som do ranger das madeiras que provavelmente, tenha feito com que a minha presença fosse notada. Consequentemente, novamente subo o capuz do meu moletom e afundo as mãos nos bolsos frontais, desejando estar longe deste lugar antes que o sentimento da rejeição passada, faça com que eu sinta a porra da imprudência que estive evitando por longos e torturantes anos.

Não é como se eu estivesse disposta a deixá-lo ter algum tipo de poder sobre mim após anos consecutivos de sofrimento. Ele não merece essa merda. Isto não impede com que o meu subconsciente reaja às memórias ruins que a sua existência desencadeiam, porém.

SURVIVORSTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon