Capítulo 36

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— Achas bem fugir, sem me dar cavaco? Tu prometeste...eu seria a madrinha da tua primeira filha...e descubro que afinal...estou capaz de te torcer o miolo do pão.

Quando éramos pequenas, em vez de dizermos estou capaz de te torcer o pescoço, por piada começámos a dizer "torcer o miolo do pão..." e a coisa acabou por virar uma coisa só nossa.

— Leonor...Nono...És mesmo tu...Nono...

Pov Madalena

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Pov Madalena

Hoje acordei com uma sensação boa, como se algo de bom fosse acontecer. Decidi que pelo menos iria tentar sair um pouco do quarto, estar com os meus meninos. Talvez brincar um pouco com eles.

Levantei-me e fui tomar um banho, como dizia a minha mãe "Nada como um bom banho para começar o dia". Saí do banho e vesti-me, nada de muito elaborado, umas calças legging e uma t-shirt, não iria sair, então para andar por casa chegava bem.

Quando desci, consegui ouvir os "risos" das crianças. Aproximei-me da porta da cozinha e percebi o porquê das gargalhadas. A Luz estava a tentar ensinar algumas palavras em espanhol à Avó, mas a Dona Rute realmente não levava jeito para a língua.

— Vó, não é assim que se diz. Não é "Bonos Dias." é "Buenos Dias."

— Buenus Dias...— e de novo nova gargalhada...

— Maria da Luz Fernandes Ramos...

— Mamá... Mamá saliste del cuarto, viniste a comer con nosotros...(Mamã...mamã saíste do quarto, vieste comer connosco...)

— Mas não gostei do que vi...não te ensinei a desrespeitar os mais velhos.

— Pero...

— Em português Maria da Luz.

— Desculpa. Nós só estávamos a tentar a ensinar a avó a dizer "Bom Dia" em espanhol...

— E a rir-se quando ela não consegue dizer. Achas bonito Maria da Luz?

— Desculpa...não foi...

— Madalena, não é para tanto. Todos nós nos estávamos a rir, inclusive a minha mãe.— diz a Mara. Luz já estava a chorar e não era o que eu queria. Acabei por ser demasiado fria com ela.

— Vem cá boneca, desculpa a mãe também. Não precisas de chorar.— abraçamo-nos as duas...— Desculpa, a mãe não está zangada...desculpa.

— Te quiero, mamá. Te amo mucho. Te extraño, extraño a mi mami. (Amo-te mamã. Amo-te muito. Tenho saudades tuas, tenho saudades da minha mamã.)

— También te amo. Mucho... de aquí a la luna...(Também te amo. Muito...daqui até à lua...)

—...y de la Luna hasta aquí.(...e da Lua até aqui.)

— Onde está o Diogo?

— Ele saiu com o meu pai, foram comprar umas coisas que faltavam.

— Mamã...— o meu pequeno príncipe chama-me.— Beijinho.— coloco a Luz na sua cadeira e vou até ao Lucas.

O Nosso CaminhoWhere stories live. Discover now