Capítulo 16

42 13 10
                                    

Pov Madalena

Os dias foram passando, Luz andava feliz por ter primos só dela. Apesar da relação com o Manuel ser meio de cão e gato. Eles tanto estavam a brincar sem discussões, como no minuto seguinte já estavam a gritar e a bater-se.

A Mara e o Martim já eram também presença assídua em casa da Mamã Consuelo. E a festa estava feita quando Pilar se juntava. Hoje era um desses dias, em que nos juntámos todos para um almoço em família. As crianças brincavam e corriam pelo jardim. Martim falava com os homens da casa, e Pilar estava em uma acessa conversa com Mara sobre gravidez. Sim a minha "hermana" estava de novo grávida.

Sentada no meio de toda aquela agitação, imagino como seria se estivesse em Lisboa, ou em Coimbra com o meu pai, os meus avós, os meus irmãos, com os meus primos...até com a chata e implicante Ana. Eu amava a família que ganhei em Espanha, mas não podia negar que tinha saudades da MINHA FAMÍLIA.

— Puedo saber lo que piensa tanto esa cabecita? (Posso saber o que tanto essa cabecinha pensa?)

— En la familia que dejé...en la familia que gané aqui. (Na família que deixei...na família que ganhei aqui.)

— Madalena, te lo he dicho muchas veces, pero te lo repetiré tantas veces como sea necessario: los padres nunca dejan de amrte, aunque cometas muchos errores. El amor de um padre o de una madre es infinito e inquebrantable. (Madalena, já te disse isto tantas vezes, mas vou-te repetir as vezes que forem precissas: os pais nunca vos deixam de amar, mesmo vocês errando muito. O amor de pai ou mãe é infinito e inquebravél.)

— Me escapé mamá, los dejé sin noticias todos estos años. Después de todolo lo que he hecho en Lisboa e Coimbra, ni siquiera el amor más inquebrantable del mundo podría romperse. (Eu fugi Mamã, eu deixei-os sem notícias estes anos todos. Depois de tudo o que aprontei em Lisboa e em Coimbra, nem o amor mais inquebrável do mundo seria capaz de não estar rachado.)

 — Estás seguro de que eres así por outra razón? (Tens a certeza que não estás assim por um outro motivo?)

— Qué otra razón? No, solo miré a todos aquí e pensé em mi padra, mis abuelos...(Que outro motivo? Não, apenas olhei para todos aqui e pensei no meu pai, nos meus avós...)

— Diogo...— olho para Mamá Consuelo, sem perceber o que ela que dizer...— Está a punto de llegar, es mañana, no? (Ele está para chegar, é amanhã não é?)

— Sí, no...Sí, llega mañana. Pero ni siquiera estaba pensando en él. (Sim. Não...Sim ele chega amanhã. Mas nem estava a pensar nele.)

— Será que no? Luz está radiante de conecer finalmente a su padre. (Será que não? Luz anda radiante por finalmente ir conhecer o pai.)

— Y me preocupa este encuentro. No sé qué va a hacer Diogo. Cómo va a reaccionar, qué me va a decir. (E eu ando inquieta com esse encontro...não sei o que o Diogo vai fazer, como vai reagir, o que me vai dizer.)

— Por lo que me dijo tu cuñada, todavia te ama, así que tal vez lo que tanto te preocupa no es nada que haya estado dando vueltasen esa mente tua. (Pelo que a tua cunhada me disse ele ainda te ama, então talvez o que tanto te preocupe nem seja nada do que tanto vagueia nessa tua mente.)

— Quizás. Simplemente no quiero que Luz se lastime o se enttristezca por toda esta historia, no se lo merece. Es mi responsabilidad: yo fui ele que se escapó, yo fui el que decidió no decir nada, yo fui ele que decidió no volver aún sabiendo que él no tenía nada que ver con esa "bruja". (Talvez. Eu só não quero que a Luz saia magoada ou triste com toda esta história, ela não merece. A responsabilidade é minha: fui eu que fugi, fui eu que decidi não contar nada, fui eu que decidi não voltar mesmo depois de saber que ele não tinha nada com aquela "bruxa".)

O Nosso CaminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora