Pov Diogo
É hoje que chegam a Leonor e os pais. E sinceramente espero que esteja a fazer a coisa certa. Não sei como a Madalena vai reagir: se me vai agradecer ou se vai ficar furiosa comigo. Com ela hoje em dia nada é uma certeza.
Levanto-me da minha cama improvisada ao lado da cama onde ela dorme. Mesmo que lhe tenha tido que estou a dormir com a Luz e o Luca, eu não consigo estar longe dela. Como não posso deitar-me ao seu lado, contento-me a ficar no mesmo espaço.
Devagar, bem devagar para não a acordar, saio do quarto com almofadas e cobertores. Desço para a sala, e coloco tudo em cima do sofá. Sigo para a cozinha onde já encontro os meus pais e a Mar com a Miriam ao colo.
— Bom Dia.
— Bom Dia Mano. Diz Bom Dia ao Tio, Mimi.— Mara faz a pequena acenar a sua mão como se me estivesse a dizer Adeus...— Se bem que, se continuares a dormir naquele chão...
— Podes parar, já disse que aguento. E também me recordo de vos dizer a todos que não quero que ela saiba.
— Filho, mesmo que perceba o porquê de estares a dormir naquele chão...— bufo, porque já lhes expliquei mil vezes que se não posso estar a dormir agarrado a ela, pelo menos durmo perto dela...no mesmo quarto.— Não me bufes dessa foram, ainda sou tua mãe.
— Desculpa. Mas, é a forma que encontrei de me sentir próximo dela...mesmo não estando.
— Eu sei Diogo, mas um dia as tuas costas vão dar sinal, e espero que nesse dia percebas...
— Espero que esse dia não chegue é nunca. Porque é sinal que já não estou a dormir no chão e sim agarrado à Madalena.
— Tudo bem, já não te digo mais nada. Promete-me só, que se esse dia chegar tu vais saber tomar a decisão certa para ti.
Olhei para a minha mãe, e mesmo sabendo que ela quer a minha promessa, eu não a consigo fazer, então apenas a abraço. Tentando que ela perceba o que lhe estou a dizer nas entrelinhas: que nunca conseguirei fazer essa promessa.
— Vou buscar a Nono e os pais...o avião deve estar para chegar...
— Filho, estava para te fazer esta pergunta: onde é que eles vão ficar? Aqui já não temos quartos...
— Não te preocupes, já falei com a Marisol, ela já arranjou os dois quartos de casa delas. Ela diz que dorme no quarto da luz.
— Ok. É preciso ir lá dar uma ajuda?
— Não ela já arranjou tudo. Aliás, ela vem cá depois de acabar o turno. Assim, se tudo correr bem, logo à noite leva-os até casa de carro. Bem vou andando, pai vens?
— Sim. Vamos estou pronto.
Seguimos os dois um atrás do outro. Como a Leonor, teve que trazer a pequena Mariana, acabamos por decidir usar os dois carros da família: o da Mara e o da Madalena. O meu pai traria a Leonor, o Simão e a Bebé no carro da Mara, uma vez que tinha uma cadeira para a mesma. Eu traria os pais da Madalena, mais a bagagem.
Quando chegámos ao aeroporto, estacionámos no parque um ao lado do outro. entramos no aeroporto e dirigimo-nos à saída de embarques. O avião deve estar para chegar, se não chegou já. Verifico os voos e percebo que o deles está cinco minutos atrasado, o que na prática resulta em pelo menos uma meia hora à espera.
— Achas que foi a decisão certa? Trazer os tios da Madalena?— pergunto ao meu pai.
— Queres a resposta de Pai, "Sogro" ou Advogado?— responde o meu pai dando-me um olhar brincanhão.
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O Nosso Caminho
RomanceLivro 2 - Duologia "Caminho" 5 Anos...de um caminho incerto. Um tempo de alegrias e tristezas. fugi com uma única certeza: fazer de ti a menina mais feliz que eu pudesse. Mesmo não te podendo falar sobre o teu pai, ou da nossa família que ficou par...