Undicesimo Capitolo

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Marcio Santinelle Mountbatten

Começo a me preocupar com Maju assim que ela parece se perder completamente em seus próprios pensamentos batendo naquele homem, tudo bem que ele merece por ficar nos devendo, porém, mesmo assim ela não parece estável psicologicamente.

Saio de perto de ligo para Pither, mesmo sendo irmãos sei que ele é a única pessoa que pode acamá-la nesse momento.

"Em que posso ajudá-lo primo? - perguntou ele assim que atendeu o celular"

"Maju está aqui – falo ainda olhando para ele que não parava de bater no homem – ela realmente não parece bem, acho que preciso da sua ajuda"

"Ela deveria estar no médico – disse baixinho, e isso me preocupou, Maju não me disse que estava doente – vou para aí, só fica de olho – pediu desligando o telefone logo em seguida"

Me viro e fico apenas olhando quando as lagrimas começam a cair de seus olhos, porém, ela ainda parecia completamente perdida, o que está me deixando cada vez mais preocupada com minha irmã, ainda mais por não saber o que está acontecendo com ela.

Benjamin Ferrera

Dois Dias Depois

Rio de Janeiro, Brasil.

Eles só podem estrar loucos, é isso eles estão completamente loucos, como sabem que eu não sou perigoso? Ou se não quero sequestrar o filho deles?

Eles simplesmente me oferecem um emprego, para cuidar de uma criança, que é muito fofa na minha opinião, em outro pais ainda por cima.

Eu penso que por um lado eles são extremamente idiotas, mas por outro eles são bons e eu quero aceitar, além disso hoje é o último dia, já faz dois dias que eles estão naquele hotel, prometi dar uma resposta para eles hoje.

Caminho calmamente até lá, da forma mais calma e segura possível, mesmo ainda estando um pouco fraco pela falta de alimentos, a última vez que me alimentei foi naquele dia com eles, e olha que eu nem comi muito.

Vejo o segurança parado na porta, não sei como esse homem ainda não foi demitido, ele é um esnobe mesmo sendo um pobre no final das contas, sua situação financeira só não é pior que a minha.

- Posso ajudá-lo? - perguntou um segurança barrando minha entrada.

Ele me olha com nojo, de cima a baixo, me deixando um pouco acuado.

- Eu queria falar com Bernardo e Pietro Santinelle - digo o mais educado possível.

O segurança me olha de cima a baixo novamente, mas assim que vê o pequeno bordado no selo da camiseta identificando que ela e de marca ele logo me deixa entrar.

Assim que chego na recepção, a recepcionista me olha de cima a baixo, e como o segurança ela só faz uma cara boa a hora que me vê, novamente quando vê a marca na camisa que eu estava usando.

- Em que posso ajudá-lo senhor? - ela perguntou sorrindo para mim, porém, seu sorriso é uma coisa muito falsa, ainda mais quando percebe como estou me vestindo.

Eu realmente acho que essas pessoas que trabalham para pessoas ricas acham que nas pessoas pobres não temos olhos para ver elas nos olhando de cima a baixo, eles só podem acham que somos burros em não perceber, ou ainda pior elas se acham ricas só porque trabalho para pessoas ricas.

- Eu gostaria de falar com Bernardo e Pietro Santinelle - digo a olhando para ela de uma maneira calma.

A recepcionista me olhou um tempo antes de pegar o telefone, mesmo que não sabendo se deveria mesmo fazer isso.

- Alô senhor Bernardo Santinelle - disse ela olhando para mim - o senhor? - perguntou como se fosse uma pergunta me olhando.

- Benjamin - digo olhando-a - Benjamin Ferrera – completei segundos depois com uma voz baixinho.

- O senhor Benjamin Ferrera está na recepção para falar com o senhor e seu... - ela parou um pouco, acho que tentando achar a palavra certa, mesmo sabendo que ela sabe o que o senho Pietro é do senhor Bernardo - marido - disse ela fazendo careta. Depois de uns minutos ela volta a falar - sim senhor – falou com um contragosto claro na voz.

Assim que ela desliga, pega uma chave, número duzentos e me dá uma pequena chave magnética, provavelmente para abrir a porta do quarto ou autorizar a ida do ventilador.

- O senhor Bernardo mandou que subisse - disse ela com uma careta, mesmo tentado esconder seu desconforto por me dar essa chave - vá até o elevador e aperte o botão para o quinto andar, e aí é só achar a para número duzentos. Ele mandou você colocar a chave e entrar sem chamar – completou.

Com isso eu não espero muita coisa, já que estava realmente louco para vê-los, mesmo não sabendo o porquê, além disso quero ver Samuel, gostei muito do menino, ele é uma gracinha de tão lindo e fofo.

Não demora muito para que eu siga em direção ao elevador, e enquanto ele sobre olho aquela linda cidade, já que ele era todo em vidro e dava uma linda visão do Rio de Janeiro.

Não é por nada não, porém, minha cidade é linda, a visão que temos da praia daqui e fenomenal.

Assim que o elevador para logo saio dele e começa a procurar o quarto número duzentos.

Assim que coloco a chave na porta me pergunto se era mesmo uma boa ideia aceitar aquela proposta, eu me perguntei se deveria mesmo confiar neles, mas mesmo minha mente falando que eu era um completo idiota meu coração ainda me dizia que eu deveria e poderia confiar, com tudo ainda não sei em quem confiar.

Respirei fundo e girei a maçaneta da porta com a intenção de abrir ela, assim que ela se abriu eu pego ser de cabelos ruivos bem pequenininho pulando em meus braços, como se já soubesse que eu chegaria em algum momento e tivesse realmente me esperando.

Eu acabo me desequilibrando, mas não deixo Samuel cair no chão já que o pego antes disso e somente eu caio de bunda.

- SAMUEL - escuto o grito de Pietro chegando perto de nós dois.

Samuel está agarrada a mim, e assim com ele eu me levanto do chão. Eu estou fraco como sempre, já que ontem mal comi, mas isso não importa porque gosto desse menino.

- Tudo bem senhor Pietro - digo sorrindo tímido para ele.

Como eu mesmo já disse, Pietro Santinelle é um homem lindo. Da última vez que o vi ele estava com um pequeno vislumbro de sua barriga, mas no pé dela como um inchaço, como uma mulher no começo para o meio da gravidez, o que seria impossível, porém, agora estava com a barriga aparentemente malhada, ainda mais com a blusa que ele usa que é bem apertada.

- Acho que veio nos trazer uma resposta senhor Benjamin - disse uma voz grossa, de Bernardo Santinelle.

- Sim senhor - digo olhando-o timidamente - eu aceito a proposta de vocês. 

Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)Where stories live. Discover now