Tredicesimo Capitolo

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Pietro Santinelle.

Onde já se viu, o menino achando que o deixaríamos sem acabar o ensino fundamental e médio morando conosco? Ele vai sim acabar a escola e fazer a faculdade, as melhores faculdades do país se depender de mim, esse menino merece o melhor do mundo, eu vejo que ele deve ter família, ou pelo menos a mãe e um irmão por aí, mas por algum modo ele não os quer por perto, mas devagar eu vou conseguir a verdade, mas não aqui e nem agora, não nessa situação.

Sinto uma felicidade em poder ajudá-lo que não sei explicar, me sinto bobo as vezes por pensar nisso e por estar fazer isso, mas sinto que deve, vou seguir meus instintos de qualquer forma, ainda mais tendo Bernardo me apoiando.

- Uma escola particular na Sicília? - perguntou ele parecendo desacreditado - vocês moram na Sicília? - pareceu que finalmente ele percebeu.

- Nós moramos na Sicília - disse Bernardo olhando para Benjamin - você morara conosco, terá um quarto em nossa casa, comera conosco e assim por diante, já que a partir do momento que entrar naquele avião você sara parte da nossa família, e assim terá que saber algumas coisas - disse Bernardo.

Olhei para ele apreensivo. Quando soube quem Bernardo e o resto dos Santinelles eram eu estava e ainda estou completamente apaixonado por Bernardo, porém, agora olhando eu me pergunto se não é melhor fazermos isso quando já estivermos me casa, quando Benjamin ver que não somos tão maus assim, com as pessoas que fazem mal a famiglia, ou Dio os livre a nossa família. Mas eu não sei se Benjamin conseguira lidar com o fato de sermos não só uma família, mas também sermos parte de uma famiglia, fazemos parte da máfia e tudo pode acontecer a partir do momento em que lhes contávamos, porque gostamos dele e seria difícil se tivermos que mantê-lo em uma cela por alguns anos, já que não podemos matá-lo, não conseguiríamos e nem deixaríamos ninguém o fazer.

- Você já ouviu falar sobre a máfia italiana Benjamin? - pergunto sem desviar os olhos dele.

- Ouvi uma coisa ou outra morando nas ruas - disse ele baixinho nos olhando desconfiados e bem no fundo com medo, e eu me pergunto de onde vem esse medo.

Benjamin Ferrera.

Ele não pode ter descoberto assim. Como eles descobriram? Eu tenho o cuidado de usar o sobrenome do meu pai, nunca utilizei o da minha mãe ou do meu padrasto, como eles podem saber?

Eu pensei que teria uma boa vida, eles até queriam que eu estudasse, mas se eles souberem a verdade não vão me querer por perto, ninguém me quer por perto depois que sabem da verdade sobre meu passado e eu sei que eles não serão diferentes.

- Já que sabe o que é a máfia italiana devo lhe dizer que há uma grande família por trás dela - disse o senhor Bernardo me pegando de surpresa.

Se eles não souberem o que aconteceu, eles provavelmente conhecem alguém dentro da máfia, o que me preocupa de novo de um dia eles saberem da verdade.

- Eu sei - digo baixinho, acima de um sussurro para ser mais real.

- A família por trás da máfia italiana é a família Santinelle - diz o senhor Pietro.

Sabe aquele momento em que toda a cor do seu rosto some? Então esse é o meu momento, Santinelle a família que está no comando da máfia italiana, isso é uma surpresa, eu pensava que...

- Benjamin - o senhor Bernardo me chamou me olhando preocupado assim como o marido dele.

Eu sei que eles provavelmente esperam que eu surte e os grite e provavelmente saia correndo para o primeiro policial que eu veja, mas não e isso que está fazendo minha cabeça girar, afinal dês do momento em que eu levante naquele quarto de hotel a dois anos e vi a arma em cima da cabeceira eu sabia que eles eram da máfia, afinal nenhum policial pode pagar um hotel desses tão caro.

Sempre desconfiei que eles não eram aquelas pessoas para o lado "bom" do mundo, mas isso nunca me incomodou muito.

- Isso é bom - digo olhando os dois a minha frente - mas eu não tenho passaporte - digo querendo mudar completamente de assunto.

- Isso nós resolvemos em uma hora - disse o senhor Bernardo pegando o celular e saindo da sala.

- Pensamos que surtaria quando soubesse - disse o senhor Pietro olhando para mim.

- Eu já desconfiava - afirmo olhando para ele, que me olhava com confusão - quando eu estive com vocês a dois anos eu vi a arma, e como estavam em um hotel tão caro não poderia ser policiais e aí eu percebi que poderiam estar envolvidos em uma coisa como a máfia - expliquei olhando para ele.

- Isso me parece bom - disse ele sorrindo para mim, o que me faz ficar envergonhado.

Antes que eu ou ele falemos mais alguma coisa alguém bate na porta do quarto.

- É A COMIDA AMOR - gritou o senhor Bernardo da sacada do quarto.

Sr. Pietro sorriu e foi atender a porta. Eu vejo o relacionamento deles e desejo ter algo parecido no futuro, eu vi nos olhos deles quando se olhar o intenso amor que sentem um pelo outro, mas lá no fundo também vi dor, e me pergunto de onde vem essa dor.

Assim que o sr. Pietro coloca uma grande bandeja na meça que está entre o sofá onde estou e o onde ele está eu saio dos meus devaneios.

- Gostaria de comer Benjamin? - ele pergunta.

Vejo que na bandeja a tudo de bom, dês de frutas até pões doces e salgados, com algumas coisas como presunto e queijo que podemos colocar dentro. Ha também uma garrafa de uísque com apenas um colo, suco, vinho e refrigerantes que ele pegou na pequena geladeira no canto do quarto.

- Pode se servir - disse ele - Samuel venha comer - ele chamou o filho, em sua língua, o italiano sem nenhum sotaque o que se espera de um italiano nativo.

Samuel chegou correndo, recebendo um olhar nada agradável do pai, que pegou o colo mais largo para uísque colocou um cubo de gelo e um pouco dele e se levantou.

- Como está? - ele perguntou baixo para o marido, mas consegui ouvir.

- Consegui um passaporte para ele - respondeu - mas com um nome falso.

- Que nome Bernardo? - perguntou sr. Pietro para o marido.

- Benjamin - disse ele e assim eu estranhei. Não era para ser um nome falso - Benjamin Ferrera Santinelle de 18 anos recém completos.

- Santinelle? - perguntou o sr. Pietro.

- Tive que colocar ele como nosso... - o sr. Bernardo se interrompe - depois conversamos - disse ele - mas precisamos voltar para a Itália amanhã de manhã a Bahia vai ficar para uma próxima.

- O que aconteceu? - perguntou o sr. Pietro preocupado.

- É alguma coisa sobre Soren. 

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