Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)

Sesto Capitolo

Bernardo Santinelle

Rio de Janeiro, Brasil.

Uns segundos depois de Benjamin sair da mesa eu tomo o último gole do meu vinho antes de pagar a conta e deixar uma grande gorjeta para o garçom que fez um atendimento muito bom a todos nós, ainda mais comparando com alguns outros de uns dias atras.

Pietro já tinha ido para o hotel com Samuel porque o menino estava dormindo calmamente em seus braços, mesmo as vezes resmungando pela falta de contato com o Benjamin ou até mesmo com um de nós.

Sempre assim, dês de bebê gosta de dormir com contato de alguma pessoa que ele confia, o que enquadra um pequeno número de pessoas selecionadas.

Dou um suspiro enquanto eu caminho até o hotel, Samuel não se apega as pessoas, na verdade ele odeia a maioria das pessoas, principalmente aqueles que ele acha que é uma ameaça, o que podemos falar que são basicamente todos, mas com o Benjamin é completamente diferente, ele parece completamente diferente quando está perto do Benjamin, mais aberto a tudo.

Lembro de Benjamin, ele não nos roubou mesmo tendo essa possibilidade naquele dia, mas o que realmente importa e que Pietro quer trazer Benjamin com a gente, mas antes disso preciso ter certeza de quem é o Benjamin.

Pego o meu telefone e logo para Rebecca.

"Lembrou que tem família na América foi? - ela perguntou completamente debochada assim que atendeu o celular".

"E bom falar com você Becca - digo dando um suspirando quando estou a menos de um minuto do hospital - preciso da sua ajuda – digo e logo completo - se estiver desocupada - eu digo depois de uns segundos em completo silencio".

"Eu estou bem – falou segundos depois debochada - obrigado por perguntar - disse ela bufando".

"Sei que está bem - falo assim que chego no elevador - eu sei a maioria das coisas que acontecem com a minha família, porque sabe da última vez que eu não sabia de tudo o que acontecia meu filho sumiu - digo completamente frustrado, e quase me bato por lembrar disso".

"Sei disso - disse ela depois de uns segundos em completo silencio - eu ainda não consegui nada Ber – falou, e com isso consigo sentir a frustação clara em sua voz - eu... Me mata não ter conseguido nada ainda - ela completou gaguejando um pouco".

"Também me mata - digo dando um suspiro e segurando as lagrimas que realmente queriam cair do meu rosto nesse momento - preciso que puxe tudo sobre uma pessoa - digo depois de uns segundos".

"Você pode passar isso para alguém da sua inteligência - ela falou com uma pitada de confusão na voz".

"Eu posso - admito depois de uns segundos - mas preciso da melhor nisso, e uma pessoa que pode chegar a ser importante para mim, Pietro e Samuel - completo sabendo que isso vai amolecer o coração dela e a mesma vai me ajudar".

"Só estou fazendo isso porque amo o Samuel - disse ela me fazendo dar uma pequena risada - o que precisa Bernardo? - ela perguntou".

"Nos conhecemos um menino a dois anos quando viemos pela primeira vez para o Brasil - começo parando no corredor do quarto - nos encontramos um menino encolhido no canto da parede do nosso hotel do Rio de Janeiro tremendo de frio, eu não sei o que passou na cabeça dele mas o mesmo ajudou o menino e ele acabou ficando com a gente naquela noite até que a chuva passa-se - eu digo dando um suspiro - ele sumiu no dia seguinte e não levou nada, mas isso não vem ao caso - digo essa penúltima frase bem mais rápido do que deveria - nos reencontramos ele hoje e queríamos que ele fosse o baba do Samuel, mas eu precisava de um dossiê mais do que só completo, e só você pode fazer isso - eu completo finalmente".

"Você parece realmente confiar nesse menino Bernardo - disse ela uns segundos depois - parece querer somente uma confirmação - ela completou uns segundos depois, antes mesmo que eu possa responder".

"Não que eu queira admitir, mas realmente confio um pouco nele, mas só um pouco - admito depois de pensar um pouco na pergunta que ela tinha me feito".

"Eu posso providenciar - ela disse depois de um minuto em completo silencio - Samuel gostou dele? - ela perguntou muito surpresa, assim como eu e Pietro também ficamos".

"Não queria sair do colo do menino - digo sorrindo só de lembrar da cena que eu presenciei - dormiu no colo do Benjamin e resmungou quando ele entregou seu corpinho para Pietro - completei"

"Isso é uma coisa... Não sei explicar - ela admitiu".

"Isso é uma coisa estranha - digo finalmente – pode dizer, eu sei".

"Fiquei sabendo que esteve nos Estados Unidos ontem - disse ela depois de uns segundos - fiquei completamente magoada por não ter vindo me dar um abraço - ela disse com o drama abtual".

"Não seja dramática - digo sorrindo – falei com Pietro, ele até ficou um tempo com Samuel – digo sorrindo sabendo que ela vai fazer ainda mais drama".

"Você falou com o Pietro e não falou comigo - disse ela ainda mais indignada".

"Deixa de ser dramática - digo com um sorriso no rosto - me liga assim que tiver o dossiê - peço".

"Me dê até amanhã - disse ela desligando logo em seguida".

Olho alguns segundos para frente antes de seguir para o quarto onde estamos hospedados.

Assim que entro no quarto vejo Pietro tentando fazer Samuel dormir novamente, mas o menino não parecia querer muito dormir novamente ou querer ficar quieto.

Eu estava prestes a ajudar ele com Samuel quando meu celular toca. Pietro me olha o mesmo momento assentindo para que eu atendesse logo à ligação.

"Espero que seja importante para me atazanar nas férias - digo assim que atendo o telefone, sem nem mesmo saber quem estava do outro lado da linha, e rezando a Dio que não fosse tia Eleonora".

"Nossa e assim que você fala com a sua prima preferida? - perguntou Maria Julia do outro lado"

"Em primeiro lugar eu não tenho primo favorito - digo com um sorriso no rosto - e depois eu realmente falo assim com você porque interrompeu as minhas férias em família - completo".

"Que ousadia - disse ela com uma voz de brincadeira - mas eu realmente não liguei para falar sobre isso - disse ela ficando no mesmo segundo completamente seria".

"Por que ligou Maria Julia? - perguntei ficando sério também".

"E sobre o Soren...".