Sedicesimo Capitolo

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Bernardo Santinelle

Já era hora de voltar para casa, ainda mais agora que tanto eu quanto Pietro estamos ansiosos para interrogarmos aquele topo di merda (rato de merda).

Pietro esteve inquieto o dia inteiro, e de noite dormiu também inquieto. Samuel acordou já bem tarde, mas foi só para comer mesmo, já que depois de comer ele voltou arrastado para a cama, e dormiu até hoje cedo.

Benjamin já foi outro caso, ele dormiu ontem de manhã e só acordou hoje com o sol, isso me deixou preocupado, mas Pietro me acalmou dizendo que ele provavelmente estava muito cansado por isso dormiu demais.

Recebemos também ontem o novo passaporte dele, Benjamin Antônio Bono Ferrera Santinelle, mas ainda não tivemos com ele aquela conversa de como ele vai poder ficar na Itália sem nenhum problema, mas vamos ter que tê-la um dia.

- Vamos amor - Pietro me chamou assim que o avião já estava pronto para partimos.

Estive perdido em meus pensamentos e nem vi o tempo passar até Pietro me chamar.

Me levanto e vejo Samuel agarrado no colo de Benjamin, que vestia as roupas de Pietro. Outra coisa que teremos que fazer assim que chegarmos na Itália e comprar roupas novas para ele, um guarda-roupas completo, modificar o quarto, mas isso e coisa que eu sei que Maju e Pietro vão estar mais do que só feliz em ajudá-lo, mas isso só depois do nosso interrogatório.

Chegaremos na Itália a uma da manhã, mesmo no avião particular da família Santinelle só chegaremos lá depois de doze horas, e além do mais o fuso horário de cinco horas adiantado do Brasil para a Itália.

Assim que entramos no avião eu me sento ao lado de Benjamin, já que Pietro sequestrou Samuel para se sentar ao seu lado.

- Como se sente Benjamin? – perguntei olhando-o calmamente.

O avião começa a decolar e vejo que Benjamin começou a tremer, pego sua mão e faço o mesmo que fiz com Samuel quando ele tinha um ano e meio e andou de avião pela primeira vez, faço círculos em sua mão como forma de acalmá-lo.

- Fique calmo - digo continuando a fazer os círculos e isso parece acalmá-lo aos poucos.

- Obrigado - ele agradece quando já estamos no ar.

Eu apenas aceno com a cabeça e assim vejo Pietro sorrindo nos olhando, eu sorrio de volta para meu amor e depois ele pega Samuel no colo

Horas Depois.

Sicília, Itália.

Assim que chegamos na Itália como esperado era uma da manhã, e somente Hericco e Luccas estavam no aeroporto nos esperando.

Assim que Samuel vê o seu tio Hericco e tio Luccas sai correndo dos braços de Pietro e vai com eles, de forma desengonçada e fofinha.

Os meninos depois de falar um tempo com Samuel, olham para nós e assim que veem Benjamin nos olham contestantes.

- Explicamos depois - disse Pietro abraçando Hericco com um pequeno sorriso nos lábios.

Vou até meu primo e o abraço. Hericco e Luccas se casaram a dois anos, quase três anos, foi logo quando descobriram que Hericco poderia engravidar, e os meninos estão tentando, mas até agora nada, e isso estra não só frustrando Hericco, mas também o conselho italiano que está impaciente querendo um herdeiro da parte deles.

Olho para Luccas e vejo que o mesmo está com olheiras. Com o conselho em cima dele e de Hericco e o foto do mesmo querer filhos deixa tudo ainda mais difícil.

Dês de que tínhamos 10 anos Luccas fala de ter um filho com a pessoa que ele ama e vê-lo assim, com a pessoa que ele ama, mas sem uma coisa que ele tanto queria me deixar muito triste por ele.

- Com foram as coisas por aqui enquanto estivemos fora? - pergunto olhando meu primo sorrindo.

Deixei-o e Isabela no controle de tudo quando eu viajei com Pietro e Samuel, afinal quem melhor para cuidar dos nossos negócios se não meus primos?

- Achamos aquela pessoa - disse ele me olhando sério, e eu devolvo o olhar - ela está no galpão esperando por você. Fora isso, ontem recebemos um pedido enorme para o Brasil - diz ele preocupado.

Eu nem olho os outro e junto com Luccas seguimos para o carro, não podemos nos dar ao luxo de alguém ouvir nossa conversa.

- Acha que estão querendo começar uma guerra no Brasil? - pergunto entendendo a sua preocupação.

- Meus informantes dizem que a um bebê dentro do Brasil que uma fracção disse que foi a outra que sequestrou. Pelo que parece um filho de alguém importante. A outra facção por outro lado nega o sequestro, mas eles não acreditam e nisso simplesmente, então ou o menino aparece até o final do mês ou é guerra - me informou me deixando muito preocupado - mas eu realmente acho que foi outra pessoa que sequestrou o bebê.

- Então por que tudo isso? - perguntei ainda confuso com essa história toda - por que alguém intencionalmente iria querer uma guerra dentro do Brasil?

- Eu não sei - disse Luccas desviando os olhos de mim - mas acho que outra facção do Brasil está tentando arrumar uma guerra dentro do território, e assim conseguir mais poder - disse ele, e essa teoria e muito valia, considerando o que eu já ouvi as facções do Brasil.

- Não sei como eles conseguem ter várias lideranças em um mesmo território - resmungo olhando para ele.

- Eu também acho - disse Luccas.

- Continue fazendo negócios com ambos os lados, e se nos pedirem para escolher um lado, nos convocamos uma reunião - digo olhando para ele. Vejo Pietro e Hericco junto com Benjamin vindo conversando até nos, Samuel por outro lado já estava correndo meio cambaleando até mim.

- Olá bebê - digo pegando-o no colo dando um beijo nas suas bochechas grandes e meia vermelhas pela mudança bruscas do Brasil que e tropical para a Itália que e quase sempre frio.

- Papa Papa Bett (papai cama papai) - resmungou ele em alemão escondendo a cabeça no meu pescoço.

- Como pode dormir tanto bebê? - pergunto beijando seus cabelos ruivos.

- Deixa o menino dormi Bernardo - escuto Pietro falar, também dando um beijo nos cabelos de Samuel.

Pietro pega Samuel no colo e coloca ele na cadeirinha do carro de Hericco, logo entrando ao lado de Samuel do outro lado do carro. Benjamin segue seu exemplo e entre ao lado dele.

- Eu vou para o galpão amor, tenho uma coisa para resolver - disse Luccas olhando para Hericco.

Luccas deu um beijo em Hericco, comprimento com um aceno Pietro e Benjamin e vou para o carro atrás de nós.

Entro no carro, e Hericco entra logo em seguida.

- Eu quero saber de onde veio esse menino Pietro - disse ele assim que estrou no carro.

Vejo que Benjamin ficar vermelhos de vergonha, e Pietro sorrir largamente olhando meio maliciosamente para Hericco, que devolve o olhar. 

Te Encontramos Novamente Garoto (Trilogia Meu Criminoso - Livro 02)Where stories live. Discover now