Capítulo 12: Destino? Molina Port

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Nessas horas, o amor nem parece a vadia má que é...

— Eu estou tendo, tipo, um dos piores dias da minha vida.

Camila anunciou ao se sentar ao lado de Hailee, sendo acompanhada por Normani. Era tão raro que ela almoçasse com a gente que todo mundo ficou meio surpreso.

— Não acredito! O que aconteceu? A sua aula de ioga foi adiada? — Provoquei, encarando a morena. — Ou mataram outra pessoa da Gucci?

— Vai à merda, Jauregui! — Nem me olhou ao retrucar, mais preocupada em empurrar a mão de Dinah, que tentava colocar uma salada de frutas em frente a ela.

— Não comecem. — Veronica fez um sinal de "pare". — Se vocês querem brigar mesmo, vistam roupas íntimas e achem uma poça de lama.

As meninas riram. Eu não tinha certeza de quais delas sabiam sobre Camila e eu; da minha parte, somente a Veronica, e da parte da novata, com certeza a Dinah, porque ela lançava algumas indiretas e nos entreolhava sempre que nós estávamos juntas.

— O que aconteceu, Mila? — Allyson perguntou.

— Arranhei a droga do meu carro ontem, lembra? — Olha, pelo jeito como ela estaciona aquela Range Rover, ter batido não é surpresa. — E está tudo uma merda lá nas líderes.

— Verdade. — Kordei, a Co-capitã, balançou a cabeça positivamente. — O Diretor não quer mais que a gente dance a coreografia de Pretty Savage porque tem... "peitos demais" e pode "causar coisas desnecessárias numa instituição de ensino". — Fez aspas com os dedos.

— Peitos demais, sério?

— Sim, Hailee, e a gente nem mostra os peitos naquela coreografia! Só, tipo, metade.

Apesar dos tópicos "peitos" e "líderes de torcida" serem interessantes, acabei distraída pelos meus próprios pensamentos e não prestei atenção no desenrolar da conversa. A primeira corrida do campeonato se aproximava, seria em outra cidade, e eu estava uma pilha de nervos; afinal, dependendo dos resultados dos meus exames amanhã, acabaria cortada da estreia. Belo jeito de começar uma competição!

Camila Cabello
Oi, Jauregui

A vibração no meu bolso me trouxe de volta ao mundo real. Alternei o olhar entre o celular e Camila, respondendo:

Lauren Jauregui
Oi, Cabello

O clima entre a gente ainda era um belo pé de guerra. A novata continuava sendo hostil e fazendo pouco caso da minha presença; e eu tentava retribuir aquele tratamento azedo do mesmo jeito, provocando-a com piadinhas e ironias. Sou boa demais nisso de ser irritante, é quase um dom, e torrar a paciência de uma patricinha é muito fácil: basta chamá-la de "patricinha". Sempre funciona com a Kordei!

E, bem, Camila se irritava comigo, só que não fazia nada.

Desde o momento no centro de treinamento, onde a Cabello foi bem firme com suas palavras e ações, prometendo um verdadeiro inferno na minha vida, ela não fez nada. Sem joguinhos baixos ou mensagens de textos explícitas; no máximo, encaradas discretas por cima dos cílios e carinhos leves na minha coxa, por baixo das mesas do refeitório — e só. A morena parecia calcular cada passo cuidadosamente, começando aos poucos. Sabendo que me agonizaria em mais de uma semana esperando pelo o seu bote e não recebendo nada além de sorrisinhos convencidos.

Camila Cabello
Você está melhor?

Lauren
Como assim?

Batuquei os dedos contra a capinha transparente em volta do iPhone, tentando me manter firme. Não caia nas artimanhas dela, Jauregui!

Golden State. (Camren)Where stories live. Discover now