C10

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Oioi, gente, eu sei que é mais de boa só ler e tal, mas dá um gás muito maior quando vocês interagem com a fic. Então, bó comentar nisso aqui.

Boa leitura!

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— O que disse? — Ela pergunta curiosa enquanto meus olhos estavam grudados em seus lábios.

— É.. eu tava falando sobre.. — Levanto os meus olhos para os seus e deixo o meu drink de lado.

— Sobre..? — Ela pergunta enquanto chupava seu dedão com resquícios do abacaxi e acabei trancando o meu maxilar.

Seu ato tinha remexido o meu estômago completamente, eu estava nervosa e com uma vontade infernal de beijar os seus lábios.

— Meu drink, sobre ele ser doce. — Respondi rapidamente e Camila fez o mesmo que eu, deixando seu drink de lado e voltando sua atenção em minha direção. — Gosta de abacaxi?

— Gosto de coisas cítricas. — Em um misto de coragem, aproximo o meu corpo do de Camila, o que a gerou um leve susto e pego o finalzinho da rodela que ela não tinha terminado.

Quando volto, levo o pequeno pedaço para os seus lábios e sem contestar, observo a mulher aproximar sua boca da minha mão e pegar a fruta com facilidade. Senti seus lábios macios arrastarem por minha pele rapidamente e suspirei baixo com isso.

Quando ela terminou de comer, levei minha mão para o seu rosto e passei o meu dedão em seu lábio inferior, deixando uma quantidade mínima do suco da fruta. Me desconcertando completamente, sinto Camila passar sua língua na ponta do meu dedo e o limpar completamente.

Aproveitando as permissões que a mulher estava me dando, fui com essa minha mão para a sua cintura e senti sua pele quente. A puxei um pouco em minha direção e assim que ia aproximar nossos rostos, senti uma de suas mãos em meu ombro.

— Viu? Cítrico. — Ela diz de forma cínica e um sorrisinho incrédulo aparece em meus lábios.

— Tenho uma impressão de que você não faz a menor ideia do que causa em mim, Camila. — Solto como uma bomba e vejo uma certa curiosidade nos olhos da mulher, aproximei nossos rostos calmamente e desci os meus olhos para os seus lábios.

— Como estão seus machucados? — Ela pergunta desviando do assunto e eu levanto uma de minhas sobrancelhas com a sua atitude.

— Você pode ver a minha coxa. — Digo sugestiva e vejo Camila corar levemente. Qual é, ela estava quase chupando o meu dedo e agora estava com vergonha?

— Vocês jovens.. são impossíveis. — Ela resmunga no meio de uma risadinha e eu roço os nossos narizes.

— Você é impossível pra mim? — Pergunto curiosa e na hora que ia obter essa resposta, escutei um grito que quase me fez pular de susto.

— OLHA A BOMBA!! — Em segundos, senti quase um litro d'água bater em meu rosto.

Eu vou matar Veronica Iglesias.

— VERONICA! — Escuto a voz de Ally cada vez mais perto enquanto secava o meu rosto.

— Ai minhas costas!

Quando abro os meus olhos, vejo Vero com uma de suas mãos nas costas e Camila um tanto assustada.

— Sua burra, isso é uma hidro, óbvio que não ia dar certo. — Harry chega com uma taça enorme de bebida e já cambaleava um pouco, indicando o quão bêbado estava.

— Nós viemos ver se você estava por aqui, você subiu já tem umas boas horas. — Mani indaga enquanto se apoiava para sentar na hidro.

Eu olhei para o lado e vi que Camila se ajeitava no seu lugar.

— Eu estou bem, fiquei até agora porque Camila me convidou para conhecer essa parte, o tio dela é dono do hotel, então.. — Resolvo confessar de uma vez e escuto tossidas fortes do meu lado.

— Vocês.. — Ally começa a dizer, mas Vero a interrompe.

— Ih cacete, era um encontro? — Ela pergunta confusa e eu gargalho com a ideia.

— Não! É claro que não, vocês sabem que não. — Camila adianta antes que eu soltasse alguma pérola.

— Tá com cara de mentira.. — Eu solto e Harry gargalha da cara que Camila faz.

— Hidalgo, se você soltar mais uma gracinha. — A mulher me olha com ódio e eu imito estar fechando um zíper na minha boca.

— Eu não sabia que seu tio era dono do hotel, Camila, que maneiro. — Ally diz já entrando na hidro também. — Ele contratou um ótimo arquiteto, a estrutura é simplesmente magnífica.

Escondendo a vergonha que sentia, Camila agradece e engata em uma conversa calma com Ally. Por estar do lado da mulher, vez ou outra eu tentava colocar minha mão em sua coxa disfarçadamente, mas a vergonha da mulher sempre a fazia afastar minha mão.

Eu estava ansiosa com a sua "volta", Camila por perto era sinônimo de perigo para os meus sentidos, mas eu estava completamente viciada nesses sentimentos. Depois de conversarmos por um bom tempo, Camila disse que teria que voltar pra casa por causa do horário, já eram 2:48 e ela teria um almoço importante para o futuro de seu restaurante. Obviamente, eu avisei os meus amigos que já iria voltar e a levei até o seu carro, um jeep renegade S preto.

— Então.. obrigada pela companhia.

Como caminhamos em silêncio, resolvi começar com um assunto leve para nos despedirmos.

— Qual? A minha ou da pessoa que já estava com você? — Ela pergunta fingindo estar confusa e eu reviro os olhos, resultando em uma gargalhada na mulher. — Eu estou brincando, S/n, eu quem agradeço pela companhia.

Mesmo fingindo indignação pela brincadeira de Camila, acabei soltando um sorrisinho pelo seu agradecimento, saber que ela tinha gostado da minha companhia era bom.

— Chega bem, ok? — Abro a porta do seu carro e observo a mulher sentar em seu devido banco. — Mesmo que você more perto, vai devagar e cuidado, você ingeriu álcool.

— Ok, mamãe. — Ela diz com um sorrisinho cínico nos lábios e eu a olho indignada.

— Não me preocupo mais também. — Resmungo e automaticamente um bico se forma em meus lábios.

— Deixa disso. — Ela solta uma risada baixa e em segundos eu escuto o barulho do motor roncar.

— Até..? — Pergunto na esperança da mulher completar com algum dia próximo e ela puxa o próprio celular, me deixando confusa.

— Toma. — Ela estende o aparelho e quando olho, estava nos seus contatos. — Anota o seu telefone, te ligo quando eu chegar.

— Será que você é digna de ter meu número? — Ela semicerra os olhos e eu gargalho. — Me dá isso aqui.

Puxo seu celular de sua mão e anoto o meu número, deixo o contato salvo como "creche" e entrego para a mulher.

— S/n? Que isso? — Ela pergunta confusa sobre o nome do contato e eu dou de ombros.

— Você diz que é muito velha pra mim, então..

Ela me olhou incrédula e negou com a cabeça, mas acabou sorrindo de lado.

— Quando eu mudar o seu contato, irei colocar atrevida. — Ela levanta uma de suas sobrancelhas e deixa o celular no banco do carona. — Nos esbarramos por aí?

Mesmo que eu quisesse continuar conversando a madrugada toda com a mulher, precisava deixar ela ir pra casa.

— Se você colocar um coração do lado, eu aceito. — Como ela teria que ir, cheguei mais perto dela e deixei um selar calmo no canto de sua boca. Percebi Camila trancar o maxilar e engolir seco, me fazendo rir baixo. — Até, senhora.

— Até, Hidalgo. — Assim que eu me afasto, vejo Camila fechar a porta, mas antes dos vidros escuros tamparem a minha visão da mulher, vi um sorrisinho em seu rosto.

Em segundos, seu carro já estava passando pela orla, sentido sua casa.

Que sorriso..

indimenticabile (Camila/You G!p)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora