CAPÍTULO 30 - Rainha Rhaenyra.

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- OS RIOS! - Aenna gritava na esperança de que Aemond a escutasse e que entendesse o que ela queria. - OS RIOS.

A princesa sabia que das diversas vezes em Visenya havia atacado Dorne, os habitantes da cidade flutuante fugiam para o rio para se abrigarem, então morreram menos de cem no ataque, mais deles por afogamento do que por chama de dragão.

Ela garantiria que nenhum deles usariam essa tática, pelo menos não nesse dia.

Apesar da distância, o grito da princesa a seu tio havia sido tão alto, que o mesmo a escutou e voou até o rio mais próximo imediatamente.

Foi quando mais uma vez, a moça voltou a sentir dores no pé de sua barriga.

Aennastacia soltou uma gargalhada pelo nervoso, quando um grito angustiado e carregado de dor saiu por sua boca, o que fez sua dragão mergulhar no ar em direção ao chão, e queimar as casas em seu caminho.

Aquilo havia sido apenas o começo.

•••

Enquanto isso na Fortaleza Vermelha, Cregan e Daemon esperavam pelo retorno de Maegor, que havia ido até o mar estreito na missão de afundar os navios de bebidas que viriam de Braavos.

Mesmo sabendo que o tempo era crucial, o mais novo insistiu que seu pai e o Lorde do Norte não colocassem fogo no castelo sem ele.

Na estrada do rei, os dois homens já haviam abordado a carroça que levaria os vinhos ao castelo.

O plano deles se consistia em se disfarçarem como pessoas normais que já tinham o costume de entregar a bebida no castelo, assim eles ganhariam passe livre para o seu interior, e com as bebidas, eles já tinham o material que usariam para queimar boa parte do castelo.

- Tem algo errado. ‐ Maegor os surpreende com dúvida em suas feições. - Algo não está certo...

Daemon e Cregan estranharam o desânimo e confusão na voz do gêmeo mais novo que se aproximava deles cabisbaixo.

- O que aconteceu? ‐ Daemon tenta descontrair. - Parece até que deu de cara com Aegon.

Foi quando Melisandre, que tinha ficado com os homens mais velhos, surge pela floresta e percebe que Maegor já havia retornado.

‐ Eu disse que esses dias não seriam fáceis... ‐ Ela fala e leva sua mão ao ombro de Maegor. - Mas precisamos continuar. Os seus deveres não chegaram ao fim!

- Eu acho que já deu de enigmas, Melisandre. - Maegor empurra a mão da mulher e volta seu olhar para ela. - É melhor você me contar do que sabe de uma vez, ou eu juro... Ou eu juro que te queimo viva para que conheça de perto esse seu senhor da luz. O QUE QUEREM DE MIM?!

Maegor não sabia explicar o porque de sua ira repentina, nem ao mesmo sabia explicar o que estava sentindo naquele momento. Mas ele não era tolo, e sua irmã o havia dito para ser cauteloso com a mulher vermelha, ambos sabiam que ela sabia mais do que conta para eles.

- Não haja como se eu já não houvesse o contado, Maegor. - Ela sussurra ao diminuir o espaço entre os dois. - Vocês tem um propósito e nesse exato momento sua irmã está cumprindo com o dela enquanto você ainda me questiona sobre o que deve fazer. Precisa aprender a andar com as próprias pernas!

Play with Fire - Aemond Targaryen Where stories live. Discover now