Quem é?

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KURT

Eu tinha um pressentimento ruim sobre o tal "plano" de Rosa, mas eu a ouviria, como ela pediu. Eu sempre a ouviria.

—- Claro, meu amor. Pode falar.

Ela sorriu de leve e segurou o meu rosto.

— Eu vou ficar aqui enquanto você não casa com a Giselle. Vou treinar para ficar forte. E, caso você não resolva as coisas com o Rei e tenha que se casar com ela, eu vou morar na cidade mais próxima. Eu não vou correr de você, porém, nós não seremos amantes.

Eu precisei de um momento. Ela seria minha enquanto eu estivesse "disponível", mas se eu me casasse, apesar de estar perto de mim...

— Se eu tiver que me casar, por ordem real, você vai ser minha..?

— Amiga.

Friendzone. Eu nunca havia sentido isso. Ela estava.. ela estava me colocando na friendzone.

— Amor... amigos? — Eu repeti, sem acreditar.

— Sim.

Eu segurei a cintura dela e a prendi a mim. Ela tremeu. Meu nariz encostou no pescoço dela e eu a lambi de leve ali, bem na curva com o ombro e ouvir o gemidinho de Rosa me fez sorrir.

Tracei beijos até a parte de trás da orelha dela, uma das minhas mãos subiu pela coxa dela e ela se contorceu debaixo de mim. Dei uma leve mordidinha e o gemido foi mais alto.

— Amigos não fazem isso, meu amor — Eu disse, beijando os lábios dela. As mãos dela foram para os meus cabelos.

— Kurt... Ah! Por favor...

— Me diz o que você quer — Eu suguei o lábio inferior dela e puxei as duas pernas dela para o meu torso. Ela rapidamente as atracou ali.

— Você.

Eu rosnei. A minha fêmea me queria. O cheiro dela não negava. E eu queria me enterrar nela, mas eu acabaria marcando Rosa. E eu sabia que não era isso o que ela queria. Se eu fosse um jovem, muito provavelmente seria incapaz de me controlar, mas eu sabia melhor.

— Eu quero você, também.

— Eu quero... mais.. Por favor.

— Já te falei que se eu te marcar, Rosa, você não sai do meu lado. Quer mesmo que eu tome você agora? Eu não vou transar com você sem te marcar.

Passei o dedo pela entrada dela e o chupei de leve em seguida. Ela me observou com os olhos quase fechados. A beijei e ela aceitou. Os lábios dela estavam bem melhores depois que a minha saliva fez o serviço dela de ajudá-la a se curar.

— Kurt...— Eu sabia que ela estava sofrendo, como eu. E eu não podia deixá-la ficar assim, não é? A minha boca servia para mais do que beijá-la e mordê-la.

Só parei depois que ela estava exausta.

—Vamos tomar banho. Eu te ajudo.

Já na mesa, ela segurou a minha mão e eu levantei o olhar para ela.

— Eu não mudei de ideia.

Merd@! Claro que não. Ela não era do tipo que se deixava influenciar assim.

— Ok. Mas até que isso aconteça, você eu somos um casal.

Ele sorriu de leve e concordou com a cabeça.

— Mas não seja mal com Giselle. E não me leve de novo para prová-la.

— Bom, você é a minha fêmea. Ela quem quer continuar com isso. Se ela pedir para desfazer o trato, o Rei não vai se opor a ela. O problema dele é comigo.

— Quando pretende falar com ele?

— Assim que você fizer aniversário.

Ela parou de comer e me olhou, curiosa.

— Você acha mesmo que somos destinados?

Eu tive que rir. Como essa mulher tinha pouca fé.

— Eu sei que somos. Rosa, eu já tive uma companheira, então eu tenho ideia de como é. É com você, que ainda nem tem um lobo, é muito mais intenso. Mas quando o seu lobo aparecer, teremos a prova final. E o Rei não vai se opor.

— E se ele fizer você se casar antes?

— Uma coisa de cada vez, ok? — Eu pedi.

— Tudo bem, amor.

Sim! Ela me chamou de"amor!"

Terminamos de comer e, logo depois eu fui para o treinamento, enquanto ela foi para a cozinha. Rosa gostava de estar lá e eu sei que isso também era em parte por conta de Aria, que a tratava muito bem.

—- Finn, eu quero a sala A preparada para Rosa, amanhã.

— A sala A? Quem vai treiná-la? — Ele perguntou, colocando a luva.

— Como assim? Eu, é claro! Como se eu fosse deixar algum macho ficar perto dela enquanto ela usa roupas apertadinhas!

Finn riu e eu apertei os olhos para ele. Ele levantou o rosto para me encarar, rindo.

— Você é realmente muito super protetor com ela. Muito mais do que foi com.. a outra.

— Sim, porque o meu relacionamento com Alexandra foi apenas movido pela ligação do destino, algo totalmente fora do nosso controle. Mas com Rosa... não, eu e ela temos uma conexão diferente.

— Eu sei. É mais do que perceptível, Kurt. Mas.. posso te dar um conselho?

— Claro — Finn era o meu melhor amigo.

— Não fique por aí exibindo a Rosa. Ela ainda não é a Luna, não está marcada e você sabe que ela é um alvo fácil, não é?

Eu concordei com a cabeça. Sim, eu só me dei conta da seriedade daquilo noite passada. Até então, eu apenas me enganei de que estava tudo sob controle.

— Eu vou ter mais cuidado, Finn.

— Ótimo. Apesar de ela ainda não ser a Luna, eu vou fazer o meu serviço e ajudar. Pedirei ao Henry para dar uma olhada nela.

Henry era o nosso Gamma. O trabalho do Beta era ser o segundo no comando e ajudar o Alfa. O Gamma cuidava diretamente da segurança da Luna, quando ela existisse. Até então, ele ajudaria o Beta. Já o Delta estava mais ligado aos Rangers, que eram os soldados.

— Certo. Agora, venha pra esse ringue, pra que eu possa te dar uma surra.

Ele riu.

O treino foi excelente. Depois que ele e eu tivemos uma hora de boxe, eu fui para o campo ajudar no treinamento dos soldados e observei os novos recrutas.

Um deles me chamou atenção.

— Quem é aquele? — Eu perguntei a Bill, o Delta.

— Aquele é o Gareth. Ele é filho de uma ômega, que claramente andou se envolvendo com um ranger.

— O rapaz tem boa constituição. Treine-o bem.

— Pode deixar, Alfa.

Gareth estava concentrado na corrida e ele era rápido, apesar de ser muito corpulento. Ranger? Não.. o pai dele não era apenas um Ranger. 

Alfa Kurt - DEGUSTAÇÃOHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin