-Lilí! – Sabine a envolveu em um abraço apertado e lhe deu dois beijos nas bochechas. – Que saudades!
-Líli – Ela corrigiu fracamente, enquanto a outra passava para Mateus e dava beijos nas bochechas dele também.
-Eu estou de férias, e pensei por que não visitar os amigos, non?
-Você... – Mateus falou, sem saber muito bem como continuar. Apesar de tudo, ele era uma pessoa educada. – Você não conseguiu um hotel?
Lily ficou rígida ao seu lado, lutando contra o fascínio que, apesar de tudo, Sabine ainda exercia sobre ela, e também porque a franqueza costuma exigir um pouco de coragem. Já Sabine fez um ar confuso.
-Non, Mateus, eu pensei que, depois que eu hospedei vocês em Paris...
Lá estava. A jogada na cara. Lily se adiantou.
-O problema é que a família do Mateus está vindo passar o ano novo e chega justamente amanhã, olha que azar! Eles são do Brasil, sabe? Mas você pode ficar hoje, e amanhã eu tenho alguém que vai adorar te receber.
-É? Quem? – Ela perguntou, desconfiada.
-A mamãe! A mamãe vai adorar te receber! – Lily falou, animada demais, torcendo para que fosse verdade e que Sabine não tivesse coragem de roubar os cartões de crédito da própria madrinha.
-Ah, non, pas la madrinha! – Ela protestou. – Ela é maravilhosa, mas a casa não fica muito longe? Eu estou sem carro.
-Então o Oyekunle!
Mateus olhou para ela.
-Oyekunle?
-Que nome exotique! – Sabine aprovou.
-Não é melhor falar com o Oyekunle antes?
-Claro que vou falar com ele, mas ele não vai se importar, e é só por alguns dias, não é, Sabine?
-Oui, só alguns dias – Ela concordou, empolgada.
-x-x-x-
-Você o quê?
-Por favor, Oyekunle! – Lily, trancada no quarto, implorava. – Ela foi muito gentil quando estive lá.
-Ela arruinou sua viagem, te fez ser presa, você e Mateus nem estavam se falando quando vocês voltaram.
-Maldita memória – Ela resmungou. – Mas ela tentou ser gentil, a maior parte da culpa é minha. E ela é linda, e você gosta de mulheres lindas, e a dinda vai odiá-la, e você adora garotas que a sua mãe detesta.
-Você quer me arrumar uma hóspede ou uma namorada?
-Hóspede, mas achei que não custava jogar uns benefícios na roda. E é só por uns poucos dias.
-Quantos?
-Poucos. Oyekunle, se eu não tirar a Sabine daqui, o Mateus pede o divórcio, e só tem dois meses que a gente se casou!
Oyekunle suspirou.
-Odeio quando você faz isso comigo, Lil.
-Odeia nada – Ela sorriu, já sentindo que havia vencido a guerra. – Coisa de melhores amigos, uma mão lava a outra.
-Coisa de gente manipuladora.
-Magoei, Oyekunle.
-Olha, avisa essa menina que só tem o meu sofá – Ele falou, ignorando o comentário. – E que eu trabalho de casa, então é melhor ela fazer turismo mesmo e não me perturbar. Não vou passear com ela, não vou levar pra ver o Big Ben, a Torre de Londres, o Madame Tussauds, nada disso. É só hospedagem. Sem refeição.
DU LIEST GERADE
Quando a Vida Acontece - Vol. 4
RomantikCrescer nunca foi fácil, mesmo que já se seja adulto. Baby e Zach voltaram, tentando aparar as arestas que a última crise dos dois deixou. George, neto de Malu, tenta se adaptar e se conformar com a vida em um novo país. Já Malu se vê diante de um t...
Prólogo
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