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Acabei dormindo grande parte da viajem

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Acabei dormindo grande parte da viajem.
Quando acordei, senti uma sensação estranhamente confortável, eu estava coberta com uma jaqueta, isso explicava porque não estava com frio, apesar de a temperatura está bem baixa.
Olhei para figura adormecida de bryan ao meu lado, ele ficava bonito dormindo, parecia mais jovem com aquela expressão relaxada.

me levantei para ir ao banheiro, e comecei a pensar nos possíveis planos de bryan, um deles obviamente não incluía minha tia, o que significava que não poderíamos nos encontrar com ela em hipótese alguma.
primeiro por que minha mãe ia enlouquecer se minha tia me visse acompanhada de um garoto, mesmo ela não sabendo que era bryan, porque minha tia não o conhecia, e mesmo se conhecesse, isso não deixaria minha mãe mais tranquila, ao saber que estava com bryan, por mais que ela o conhecesse desde pequeno.
  E pensando em deixar minha mãe tranquila...como que bryan veio para portugal sem falar nada com cassandra ou o heitor? uma das muitas perguntas que faria a ele.

Quando sair do banheiro, a comissária estava na porta sorrindo estranhamente para mim.

- oi, tudo bem? - ela disse

- hã...oi...sim, tudo.

- você tem um namorado muito carinhoso - ela disse sorrindo

- namorado?

- sim, o rapaz que está com você. ele parecia muito preocupado com você, a todo instante checava se você estava bem, até te cobriu para não sentir frio, e me pediu para levar um lanche assim que você acordasse. - ela disse ainda sorrindo

não sabia se negava se ele era meu namorado ou não, de qualquer forma isso não importava para ela, nunca mais nos veríamos mesmo.
Apenas sorri e acenei com a cabeça enquanto me afastava e voltava para o meu lugar.

- onde estava? - bryan pergunta assim que me sento.

- fui ao banheiro

- ah - a única coisa que ele respondeu

- então...já estamos quase perto

- faltam umas quatro horas ainda

- é...claro...eu já sabia - menti, não estava olhando o relógio, mas achei que estavamos perto, a última vez que vim para Portugal foi quando tinha dez anos, para passar o natal com minha tia, então não me lembrava de muita coisa.

- está com fome? - ele perguntou

- na verdade não

- ótimo você vai comer

- eu disse que não estou com fome - disse sorrindo

- e eu ouvi, mas você vai comer - ele disse bem autoritário

- tá ok...você também vai comer né?

- não, não estou com fome

comecei a rir

- aa, mas você vai comer. - tentei imitar o tom dele, mas acabei falando um pouco alto demais, e ele serrou as sobrancelhas.
- se você não comer eu não como - eu disse

- tá bom, uma mordida não vai me matar - ele disse revirando os olhos.

*********

Depois de várias horas, finalmente desembarcamos.
a primeira missão era, não ver minha tia.

- para onde vamos? minha tia está em algum lugar aqui me esperando

- vamos pegar nossas malas, e depois vamos embora, já reservei o carro.

- é...você pensa em tudo - revirei os olhos e ele me olhou de baixo para cima sorrindo debochadamente.

pegamos nossas malas, e parecia que bryan já sabia onde minha tia estaria, porque não vimos ela, ou ela...não foi?

minha mãe enlouqueceria ao ver o que estava fazendo.

- me dá o seu celular? - bryan pediu quando chegamos do lado de fora

- porque?

- só me dá

mais uma vez bryan estava com outro humor.

entreguei meu celular e vi ele abrindo e separando a bateria e o chip, depois jogando no chão e pisando até deixar meu celular em pedacinhos.

- ficou louco? - gritei

- relaxa, eu vou comprar outro.

- por que fez isso?

- não é óbvio? - ele disse sorrindo fazendo pouco caso da minha pergunta.

ele foi puxando as malas até o estacionamento, pegou uma chave no bolso e ligou o carro que fez sinal a dez passos da gente.
chegamos mais perto e bryan abriu o porta malas e jogou nossas malas lá.
estava observando tanto ele que nem tive tempo de olhar o carro.
era simplesmente uma mercedes-benz c 180.

- bryan? - disse enquanto olhava com os olhos arregalados para ele.

- o que?

- esse carro? você alugou?

- não exatamente, michael cuidou de tudo.

- como pretende se esconder dirigindo uma mercedes pelas ruas de portugal?

ele riu.

o celular dele tocou e ele verificou antes de se afastar e atender

- espera dentro do carro - ele disse em um tom já serio.

não entrei no carro, apenas vi ele se afastando a quinze passos para falar ao telefone.
não estava ouvindo nada, mas conseguia ver seu maxilar cerrado, como ele apertava os punhos e logo em seguida levava as mãos a cabeça.

Quem será que ligou?
desviei os olhos e olhei para o carro.
bryan realmente combinava com aquilo, com aquelas coisas caras, era o estilo dele.

- por que não entrou no carro? - bryan perguntou chateado, já atrás de mim

me virei para encara-lo e respondi:
- porque não quis - respondi sorrindo debochadamente para ele, como ele sempre fazia.
- quem ligou?

ele olhou para o chão, passou as mãos no cabelo e disse: - ninguém, entra no carro.

ele foi para o lado do passageiro e abriu a porta para mim entrar.

é...a pessoa que ligou fez o humor de bryan mudar de novo, mas dessa vez eu senti que era diferente.

LewisWhere stories live. Discover now