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- Esqueci de me apresentar, meu nome é Cassandra, mas pode me chamar de cass, sem formalidades

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- Esqueci de me apresentar, meu nome é Cassandra, mas pode me chamar de cass, sem formalidades. - ela falou me puxando para dentro, antes que eu pudesse ter algum tipo de reação.

- Prazer, me chamo Nessa.

- O prazer é todo meu, espero muito que você fique, vou te mostrar a casa e apresentar todos. Meu marido se chama Heitor, ele está sempre trabalhando então raramente você o verá em casa.

Heitor era o tio de bryan, ele o considerava como filho, por isso cassandra chamou bryan de enteado.
Ela não deve ter laços afetivos o suficiente para considerar bryan um filho como heitor.

Enquanto ela falava bryan desapareceu de nossa frente, não tinha o visto sair, mas a tenção diminuiu.

Cassandra começou a me mostrar a casa e falar coisas sobre Yuri, o garotinho que eu tomaria conta.
Pelo que entendi, ela passaria os sábados e os domingos fora com o marido, por isso precisava de alguém.

Quando estavamos na cozinha vi alguém abrir a geladeira atrás de mim, quando me virei para olhar, era o pequeno yuri, ele pegou uma garrafinha de coca - cola e se esforçava para abrir quando cassandra tomou de sua mão.

- Eu disse que não podia beber isso, lembra?

ele apenas riu, e depois ficou me olhando com a mão na boca, até cassandra me apresentar a ele.

ele tinha olhos verdes como o de bryan, apesar de não serem irmãos, eles eram bem parecidos.
O tio de bryan era irmão do pai dele, e eles eram bem parecidos pelo que eu me lembrava ter visto nas fotografias.

Tava explicado a linhagem de homens lindos dos olhos verdes.

Ela mandou yuri subir para tomar banho enquanto me dizia que não precisaria me preocupar com nada, porque bryan ficaria em casa também.

Não sei se ela estava tentando me tranquilizar ou me apavorar.

Eu ficaria sozinha com ele praticamente, o único empecilho seria o menino yuri.

- As vezes bryan sai, com um grupo de amigos motoqueiros delinquentes, mas ele não faz isso sempre, depois que heitor descobriu e começou a surtar com ele sabe? mas não se preocupe, você poderá ligar para mim ou heitor sempre que precisar, te passarei nossos números depois.

Ela falou como se não gostasse das atitudes de bryan, não vi nada demais em andar de moto com os amigos.
Até ela falar a palavra "delinquentes"

Não tem muito o que esperar de um menino tatuado que cheira a maconha.

Ela me fez algumas perguntas, muitas sobre q escola, e depois disse que eu poderia começar no dia seguinte mesmo.
Eu concordei e fiquei feliz, e depois ansiosa, cogitando em contar minha desculpa quando chegasse de manhã.

Quando saí, bryan estava no portão de entrada do condomínio, encostado no muro terminado um cigarro, quando me viu, jogou no chão e o apagou.

Pela forma que ele parou e me olhou enquanto soprava o resto de fumaça de dentro de sua boca, ele obviamente queria me dizer algo.

Parei enquanto o encarava e pensava se existia um atalho naquele condomínio.
Mas eu realmente queria falar com ele agora, e comecei a torcer para que eu não estivesse errada sobre ele também querer falar comigo.

Talvez eu tenha ficado parada tempo o suficiente para que ele viesse em minha direção.

Ele parou perto o suficiente para que sua voz não soasse como um sussurro, mas longe o bastante para não me tocar.

- Então você vai ficar mesmo?

- parece que sim, começarei amanhã.

bryan não estava com um ar debochado, ele estava sério e com um olhar intenso.
ele pareceu hesitar um pouco antes de dizer: - sentir sua falta nessa!

fui pega desprevenida, não esperava que ele dissesse o que eu venho pensado desde quando o reencontrei.
Queria abraça - lo, mas não queria forçar demais.

- também sentir a sua. foram muitos anos né?

- anos o suficiente para me enlouquecer.

o tempo caiu como vinho para bryan,
não tem comparação com o meu antigo vizinho.

ficar frente a frente com ele desse jeito me deixava em um transe que eu jamais queria sair, olhar nos olhos dele estava me fazendo perder a razão e minha vergonha na cara também.

Diminui a distancia e cheguei ainda mais perto, não tinha notado o quanto ele era alto até fazer meus um e cinquenta e quatro parecerem nada comparado a ele.

Agora estavamos perto o suficiente para nos tocarmos, pertos o suficiente para eu conseguir ouvir o barulho de nossas respirações.

Nos encaramos por mais alguns segundos até ele me puxar e me abraçar.

fazia tempo que não recebia um abraço, o último que recebi foi dele, a muitos anos atrás.

eu o abracei de volta, era um abraço desesperado, tinha muita sinceridade nele
As vezes um abraço podia dizer o que nossas bocas não eram capazes.

Levamos uns minutos abraçados, até ele sussurrar com a bochecha encostada no topo da minha cabeça: - acho que é hora de você ir, yuri vai esgotar suas energias amanhã.

não queria me livrar de seu abraço, mas o pensamento de que amanhã estaria aqui de novo me fez sentir melhor.

me afastei e olhei pra ele concordando com a cabeça.

No caminho para casa, mandei uma mensagem para minha mãe, falando que conseguir um emprego.
Ela pareceu ficar feliz, mas por se livrar da mesada.





LewisWhere stories live. Discover now