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Tive um pouco de dificuldade para encontrar a casa, mesmo com o endereço em mãos ainda fiquei perguntando para quase todo mundo que aparecia em minha frente

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Tive um pouco de dificuldade para encontrar a casa, mesmo com o endereço em mãos ainda fiquei perguntando para quase todo mundo que aparecia em minha frente.

eu estava nervosa, talvez por ser o "meu primeiro emprego" que ainda não era meu emprego, ou por medo de me acharem com cara de quem irá assustar a criança.

não avisei para minha mãe que tinha sido chamada para uma "entrevista"
queria esperar até tudo está certo.
o máximo que ela faria era agradecer por não precisar mais me dá dinheiro.

Era um condomínio fechado, eram casas de classe média alta.
E depois de perguntar muito, fiquei aliviada por encontrar a casa.

A entrada era repleta de haste de bambu artificial.
Parada em frente ao portão da garagem, estava ela, uma maldita hayabusa, que me fez revirar os olhos, mas depois fiquei extremamente ansiosa pensando na possibilidade de ser a casa dele.

POR FAVOR NÃO...POR FAVOR NÃO!...

Dei três tapinhas na minha testa respirei fundo e caminhei até o hall de entrada, que era maior que a minha casa.

Toquei a campainha umas cinco vezes, e ninguém apareceu, olhei novamente para o endereço para conferir.
Então, procurei o número de contato que recebi e liguei para dona da casa.

Conseguir ver a sombre crescendo por debaixo da porta até ela ser aberta.

NÃO GOSTEI DO QUE VI!

Era bryan na porta. Ele morava mesmo ali. Que droga, ele voltou para me perseguir?
e outra pergunta que eu tinha em mente: Desde quando ele tinha irmão, se nem pais vivos tinha.
ou será que ele já era pai?
impossível.
bryan só tinha o tio, desde quando ele foi embora e nos vimos pela última vez, depois de sua avó sofrer um derrame.
Lembro disso até hoje, como bryan chorou como se nada tivesse mais jeito, e a forma que ele me abraçou antes de ir embora com seu tio.

Assim que seus olhos encontraram os meus, bryan abriu um sorriso de orelha a orelha, primeiro com um olhar de
"o que você está fazendo aqui?"
e depois, de puro deboche.

- Oi Nessa!
não respondi ao seu "sentir saudades!" sarcástico.

- Quando eu disse que deveríamos nos encontrar, não achei que apareceria na minha casa sem avisar. - ele dizia quase gargalhando!

Meu deus, não sei como mudei de "queria te abraçar pelo tempo que passamos longe" para "queria socar sua cara idiota!"

Antes que eu pudesse demonstrar qualquer reação de raiva, uma mulher que aparentava ter no mínimo 30 anos, surgiu por trás de bryan.

- oi querida! vc veio pela vaga não é?

ela parecia muito simpática.

- sim!

- desculpe se meu enteado a incomodou de alguma forma, fui eu que atendi a sua ligação, mas estava um pouco embolada lá em cima, então pedir para que ele abrisse a porta e não a deixasse esperando aqui fora.
Mas pelo visto ele ainda não a convidou para entrar.

Ela disse a última frase dando uma cotovelada em bryan, que riu ainda olhando para mim.

queria responder que sim, ele me incomodou. Mas ao invés disso, respondi isso:
- Claro que não! ele foi muito gentil.

Que mentira mais filha da puta!

Comecei a torcer para que ela não gostasse de mim, assim não precisaria inventar a desculpa que descobrir uma doença terminal e teria que ficar ausente para trata - la.

Trabalhar na casa em que bryan mora me mataria, eu o veria a semana toda na escola, e nos sábados e nos domingos o dia inteiro.
Estava ferrada.

LewisWhere stories live. Discover now