Capítulo 9 - Porque somos tempestade ✈

Začít od začátku
                                    

Minho ergue as sobrancelhas, cruza os braços. Beomgyu dá dois passos para trás, se chocando com a barreira que é Maya.

- Eu conheço sua voz. - Meu hyung diz. - Mas você sabe meu nome, e eu não sei os eu.

- Gyu! - Beomgyu aponta para o próprio peito. - Beom-Gyu. - Diz pausadamente. - Amigo do Lix.

- Yongbok?

- Não. - Beomgyu ri em uma lufada, nega uma vez. - Lix. Fe-lix. O cara do Shopping, que fica no mesmo cubículo que eu enquanto corremos a tarde inteira como um bom par de baratas tontas.

- É o amigo do Yongbok, hyung. - Jeongin diz, o sorriso grande moldando o tom de voz. - O cara do sorvete.

- Ah! - Minho bate palmas uma vez, a boca se abre em compreensão quando aponta para Beomgyu de novo. - Você que negou aquele lixo que chama de carro uma porção de vezes antes de eu te convencer de que poderia descartar ele pra você?

- Você o quê?! - Os olhos de Beomgyu dobraram de tamanho. - O que você fez com minha "carrocinha"?

- Ah, sim. Eu devia contar. - Minho se aproxima, o abraça pelos ombros apesar dos bons passos para trás que Beomgyu decide dar na tentativa de fugir de seu aperto. - Mais pra frente, na estrada, além da entrada desse buraco que eles chamam de cidade, tem um precipício e... Sabe, as vezes eu saio de mim e me entrego completamente às tendências suicidas do meu alter ego-

- Minho hyung! - Jeongin o interrompe, com a voz falha indecisa entre a gargalhada sem medidas ante a careta horrorizado de Beomgyu e a necessidade de lembrar Minho de seus limites. - Seu carro tá na casa da Dal, Gyu. Não se preocupa.

- Quem é Dal? - Kai pergunta, abraçando Jeongin pela cintura. Só o faz porque nota a ponta do brilho mais intenso que alcança seus olhos quando diz o nome.

- Uma nova amiga, Kai. Você precisa conhecer. - Jeongin sorri grande outra vez, mas o sorriso refletido de Kai é menos intenso e quase mecânico. - Vamos até a garagem, só viemos buscar vocês, ninguém saiu ainda.

- Mas o que, caralhos, tá acontecendo por aqui? - Beomgyu pergunta, caminhando junto dos outros. - É lindo, não me entenda mal. Mas o que é isso tudo?

- Eu tenho tanto pra contar... - Jeongin diz, mas tem que gritar por causa do som das vozes em volta. - Vamos conversar lá dentro.

- O que ele disse? - Beomgyu se vira para Maya às suas costas. - Catar ilha de vento?

- Cara. - Minho está rindo quando se vira para ele. Ele tem as sobrancelhas erguidas quando pergunta: - Do que você tá falando?

- Catar ilha de vento? - Beomgyu repete, mas desiste logo depois. - O que é isso tudo? - Volta a perguntar.

- Ritual satânico. - É a resposta de Minho. - Obviamente. Tínhamos que homenagear sua carroça depois de ela partir de volta pro inferno, de qualquer forma.

Beomgyu paralisa. Ele crava os pés no chão como uma criança birrenta e cruza os braços sobre o peito com força. Minho hyung não nota o show que Gyu começou para ele, até que escuta o grito corajoso:

- Diz isso do meu lixinho de quatro rodas, mas não chegaria aqui sem ele pra achar seu amigo sem noção. Não é?!

Minho está atrás de Jeongin. Está lançando olhares intimidantes para quem quer que alcance as costas meio expostas pela regata branca que In usa, mesmo que Kai - abraçado a ele, logo à frente - também pareça inclinado a evitar olhares tortos. Mas mesmo os olhares medonhos se desfazem quando a feição toma proporções de pura incredulidade, e Minho se vira numa vagareza assustadoramente desesperadora na direção de Beomgyu.

Aviões de Papel |•HyunChangLixKde žijí příběhy. Začni objevovat