Farewell | chapter forty seven

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Thomas H. | Londres 7° ❄️

As coisas parecem mais difíceis quando se deve decidir o futuro de alguma coisa.

Após ver o sorriso esboçado nos lábios de Matteo, vi que havia perdido essa batalha, vi que já havia a perdido. Sei que talvez a minha decisão esteja sendo a mais covarde possível, e que, talvez as pessoas irão me condenar pelo resto de minha longa e sem sentido vida, mas isso sei que farei melhor que todos que tentarem, já me basta a minha condenação própria por isso. Meu coração sabe que isso está errado, e que devia ficar ao seu lado, mas assim será mais fácil, ela já está decepcionada e me quer o mais longe possível, assim talvez ela não sofra tanto com isto, talvez seja ainda mais fácil para ela.

Passarei os meus dias que serão eternos sem ela, pensando no quão bom seria nosso futuro, se ele tivesse existido em algum momento. E ainda pensando no talvez.

Depois de uma longa conversa com os meus familiares ali presentes, e uma breve explicação das minhas atitudes futuras em relação à Ana, temo que esteja na hora de fazê-la uma visita no quarto em que ela está, para me despedir sem que haja alguma discussão ou desentendimentos.

- Tem certeza disso, meu filho? - Minha mãe me pergunta, assustada.

- É o melhor para se fazer agora! As coisas não irão ser boas para ela, caso eu ainda esteja em sua vida. - Respondo, sem olha-lá nos olhos.

- Eu não imaginaria o mal que Bella estava os causando, jamais pûde imaginar algo tão ruim vindo de alguém tão próximo! - Meu pai diz, me abraçando de canto. - Está sendo corajoso meu filho! Muito corajoso!

- Eu não posso acreditar nisso! - Nikki lamenta, me abraçando de canto, juntamente de Dom. - Meu filho, saiba que de qualquer forma está à salvando, e sei que ela saberá um dia, sei que saberá que foi tudo por amor! - Ela deposita um beijo em minha testa, me aconchegando.

- Obrigado pelo apoio de vocês! Obrigado, mãe e pai, obrigado! - Agradeço-os, os abraçando de verdade, e recebo todo o aconchego possível.

- Estamos orgulhosos! A coisa mais difícil para um homem é deixar a mulher amada, e está doendo muito em você, tenho certeza! - Meu pai diz, passando rapidamente suas mãos em minhas costas, me acariciando de alguma forma. - Sei que não está sendo nada fácil, mas está a protegendo e a amando.

- Um dia Ana saberá que você está sendo obrigado a deixá-la! - Minha mãe diz, derramando uma lágrima gelada em meu ombro, fazendo com que eu sinta a dor que isso tudo está nos causando. - Ela irá saber, eu prometo.

- Espero que um dia ela descubra, que eu estou fazendo isso para protege-lá, e jamais por querer deixá-la. - Lamento.

Após longos minutos abraçado no colo de meus pais, continuo lamentando em minha mente, e vê-lo ali, não está me ajudando.

- Quero ser como você! - Paddy diz, sentando ao meu lado.

- Hum... Será melhor, tenho certeza. - Ele nega com a cabeça, segurando em minha mão.

- Proteger a Ana foi corajoso, e como diz o papai, a coisa mais difícil para um homem é deixar a mulher amada. Sei que está triste Tom, eu também estou, mas pense que ela ficará bem! - Suas palavras são calmantes, sua cabeça encontra meu ombro, se confortando no mesmo.

- Obrigado Paddy. - Agradeço, acariciando seu cabelo, e deixando minimamente uma solitária lágrima escorrer em minha face.

Vejo que já se passam das vinte e duas horas da noite, e ainda sem alguma notícia. Me distraio com Paddy, que me conta histórias na qual já ouvi quando criança. Sam adormeceu, sentado em uma das cadeiras, devido ao calmante que lhe forneceram.

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