CAPÍTULO 27 - Você está em casa.

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No mesmo instante, os braços de meu irmão me agarram em um abraço apertado. Não sei quanto tempo ficamos ali, apenas aproveitando de nossa presença, mas eu tinha certeza que ninguém nunca superaria nossa conexão e nunca seriam capazes de nós afastar.

Estaremos juntos até a morte.

Ele e eu.

- Posso? - Ele olha para minha barriga quando nos afastamos do abraço.

- A dois dias ele começou a chutar. - Pego sua mão e a coloco no lado esquerdo de minha barriga. - E ele só chuta durante a noite... Não me deixa dormir.

- Ele? - Maegor me pergunta pela convicção que falo.

- Sim. É um garoto. - Ele me olha como se me perguntasse sobre como eu "sei". - Intuição materna. Gosto de Daegel!

- Daegel, o primeiro de seu nome. Maneiro! - Maegor diz empolgado mas logo paralisa ao sentir um pequeno chute onde sua mão repousava. - Sentiu isso?

- Impossível não sentir. - Eu quase gargalho ao ver a reação de meu irmão.

- Isso aí, seu catarrento. - Meus olhos se arregalam pela fala de meu irmão e essa é a vez dele rir. - Ele reconheceu o seu melhor tio. Vou ensiná-lo a ser como eu!

- Não sei se eu aguentaria dois Maegor. - Por fim, pego e sua mão e levanto do chão, nos colocando em pé novamente.

- Seria um sonho para todos existir dois de mim. - Ele gargalha.

- Um pesadelo, você quer dizer? - Vejo ele levar uma mão ao peito como se estivesse ofendido.

- Mãe! - Avisto uma cabeleira branca correndo até mim, era Gaemon.

Eu pensei que o menino viria até mim, mas antes de o fazer, ele corre até Maegor com uma espada de madeira em mãos e se coloca em posição de ataque e entrando em sua brincadeira, meu irmão faz o mesmo.

Gaemon tentava atacar o tio que apenas desviava de seus ataques.

Me surpreendo quando vejo a agilidade que o mais novo tem quando finalmente consegue acertar sua espada no abdômen de Maegor que ficou atordoado por não acreditar que foi atingido.

Gaemon desde que chegou não saia do pé de meu irmão depois de ter descoberto que ele era considerado o melhor guerreiro de Westeros. A criança faltava implorar a Meagor para que ele o ensinasse a lutar, e com muita relutância, o mais velho concordou.

- Está ficando enferrujado, irmão. - Olho para Gaemon que sorria orgulhoso de si mesmo. - E você, meu pequeno azantys...

O garoto por fim pula em meus braços para me dar um abraço.

- Um dia você será o melhor cavaleiro do reino. - Ainda com ele em meus braços lhe dou um beijo em sua bochecha.

- Ele me acertou? - Maegor pareceu sair do choque. - É ISSO AÍ, GAROTO!

Meu irmão também parecia orgulhoso, e quando Gaemon se afastou de mim, os dois fazem um toque de mãos que eles haviam inventado.

- Onde você estava? - Pergunto a Gaemon. - Eu o procurei pelo castelo e não te encontrei.

- Eu estava cuidando de Arrax com o tio Luke. - Seus olhos brilhavam e começou a falar rápido pela empolgação. - Eles foram embora faz um tempo, aí fiquei com o vovô que me contava as histórias dele na guerra do Tridente e depois ajudei a vovó a fazer um bolo e daí...

Play with Fire - Aemond Targaryen Where stories live. Discover now