Play with Fire - Aemond Targaryen

CAPÍTULO 15 - Justiceira.

Não pude conter minha risada.

Ao chegarmos na área de treinamento, pude ver Aemond lutando contra Lucerys enquanto Criston Cole os "incentivava".

Meu pai observava a cena inquieto ao lado de meu irmão que dividia a mesma inquietação que ele.

Pela diferença de tamanho, força e experiência, obviamente Aemond ganhava de meu irmão.

Mas a situação saia de controle quando meu tio começou a usar o menor de saco de pancadas e como as coisas estavam indo, facilmente ele aceitaria Luke com sua espada.

Meu pai iria intervir na luta dos dois, mas para que a situação não fosse de mal a pior, decido tentar mudar o foco.

- Lute comigo, meu tio. - Falo alto para que todos ali escutem.

Escuto sua risada debochada, mas ao menos, ele se afastou do meu irmão para me olhar.

- Lutar com você? Eu acho que não. - Ele me analisa dos pés a cabeça. - Eu quero ele.

O príncipe aponta sua espada para o Stark que estava atrás de mim que prontamente da um passo a frente aceitando o desafio, mas com uma mão, o impeço de se aproximar mais do Targaryen sem tirar os olhos do mesmo.

- Creio que não será possível. - Digo firme e me aproximo ao ver Lucerys tentar pegar Aemond desprevenido. - Vá, Lucerys. - Aponto para o lugar em que meu pai estava, e mesmo contrariado, ele faz o que mando.

- Então nada feito. Ou é ele... - Ele se aproxima mais e abaixa a voz para que só eu escute sua próxima frase. - ... ou continuarei fazendo seus irmãos de saco de pancada.

- Ah, agora eu entendo... - Dou as costas para o mesmo, me afastando e volto a falar algo para que todos me escutem. - Você só está com medo de que eu ganhe de você mesmo usando um vestido e salto, não é?

Percebo que consigo o que eu queria o provocando quando vejo Daemon lançando uma espada para mim, a qual eu agarro firme e com agilidade me viro para meu tio novamente impedindo com que o mesmo me ataque pelas costas. Nossas espadas fizeram um barulho ensurdecedor ao se encontrarem a cima de minha cabeça.

- Quer tornar isso mais interessante? - Ele sugere ainda com nossas espadas no ar.

- O que você sugere? - Pergunto sem baixar a guarda.

- Se eu te desarmar... Estará me devendo um beijo. - Ele sorri convencido.

- Isso não vai acontecer, meu tio. - Colocando força nos braços, o empurro para que se afaste para iniciarmos a luta.

- É tão boa como você afirma ser, meu amor? - Andamos em círculos sem tirar os olhos um do outro. - Então não tem porque ter medo de aceitar o desafio.

Então ele avança contra mim me atacando três mas facilmente eu me defendo. Aproveito sua distração e com a lâmina virada, para que não o corte, a acerto em sua perna direita que bambeia por alguns segundos.

- Se eu ganhar... - Nossas espadas se chocam mais uma vez ao lado de nossos corpos. - ... quero você de joelhos. Irá admitir que sou melhor que você.

- Será divertido ver você tentar. - É a última coisa que ele fala antes de focarmos no duelo.

Nos atacavamos e nos defendiamos.