21. Não Temos Escolha.

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Dentro da mansão o clima não estava tão confortável assim, o que não seria anormal levando em conta esses meses, mas hoje, o clima estava um pouco mais pesado do que o habitual . Já que bem...O tempo acabou. O tempo de "liberdade" a três dias de acabar. O meses os qual eles poderiam ter usado para reconhecer os seus pecados, decidir seu futuro, se culpar pelo passado e preparar o presente estava a um trisco de acabar. Já que quando Jêck acordasse, seria como uma corda banba atravessando o penhasco. Eles sabiam que era inevitável cair, mas o jeito que eles usariam para subir de novo era o que mais preocupava os irmãos. Mas como sempre, não estavam prontos para largar o seu orgulho assim e admitirem que erraram tão facilmente. Por isso, ali estavam eles, fingindo que estavam bem, que estavam no controle de tudo como sempre, mesmo sabendo que teriam que conversar sobre isso hoje, mas cedo ou mais tarde. E o momento era esse.

- Jonathan, não.- Falava Aline, de pé a frente de seu irmão q se sentava aflito no sofá. Já estavam a quase 3 horas no assunto "Jêck". Já discutiram quase tudo que poderia o envolver. Quase..

- não?

- Pffs, obvio né! Porra! Olha bem oq ele passou, acha mesmo q ele so vai esquecer de tudo, acordar e fala "Uau, vcs fizeram o mínimo por mim, estou tão agradecido por está em um lugar desconhecido, cheio de cicatrizes, sem ninguém ao meu lado logo depois de descobri ter sido usado pela única pessoa a qual mostrou o mínimo de interesse por mim! Meu dia não podia ficar melhor!"- tentava fazer uma voz parecida com a do garoto em seu exemplo, mas sua raiva e descontentamento estavam aparentes como nunca.- " Ai, o que? eu tbm nunca vou poder viver uma vida sozinho e vou precisar sempre de alguém me vigiando? que maravilha, meu sonho era ser dependente de alguém e nunca poder ter uma vida normal, estou sonhando, so pode!"- imitava, com a voz mais fina ainda.

- Pode acontecer..- Mentia. Sabia que não eram assim que as coisas funcionam, e ele sabia ao ponto de se sentia idiota de tentar argumentar contra.

-Não! Não pode! isso não vai acontecer! Ele tá mal! o psicológico dele não ta bem, e isso é nossa culpa tbm, principalmente sua!

- Eu não fiz nada!- rebateu.

- Por isso mesmo! ficou ai vegetando invés de fazer algo decente, principalmente quando ele ficou em coma! Isso não é um conto de fadas Jonathan, ele não vai simplesmente correr para os seus braços feliz da vida para vcs viverem seu "feliz para sempre gay". Ele vai chorar.. Vai se odiar, vai nos odiar. Ele vai sentir medo, vergonha e vai querer morrer por ter passado por isso, e por nos termos visto isso..- Sua mão tremia de raiva.- O corpo dele está mais marcado q o nossos juntos. A dor que ele está sentindo não vai passar com um sorriso seu, e você sabe disso. Você o conhece tanto quanto eu! Já estivemos bem perto do lugar dele..

- Então o que vamos fazer?- interrompeu.

Preferia morrer do que lembrar daquele dia. Do dia em que descobriu que tinha uma irmã.

- Vamos conversar com ele..- O maior engoliu em seco.

Esse era o seu medo, abrir o jogo com Jêck. Até recentemente com as suas visitas ao terapeuta Nunca tinha feito isso com ninguém, nunca na sua vida, preferia mil vezes se afastar e fingir que nada aconteceu como sempre fez. Mas ele sequer tinha essa escolha? Não foi por falta de tentativas que ele percebeu que não. Dessa vez ele não ia poder fugir e sabia disso, sabia que nenhuma garrafa de bebida iria mudar isso. Mas esperava que sua irmã não percebesse isso tão cedo como ele.

"Se com uma desconhecida foi difícil, imagina com ele me encarando"- É inevitável dizer que Jonathan tinha um medo, um receio, um desconforto com os olhos de oceano de Jêck, ainda mais quando eles transbordavam, ele odiava olhar para eles nesses momentos..

°·MEU ALUNO...meu anjo·° (romance gay)Where stories live. Discover now