4. (2/2) Derretendo o Chocolate.

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Jonathan Pov.

Já estavamos indo para praça de alimentação e eu não parava de pensar na merda que pirralho tinha feito,qual era o meu problema?! Já tinha transado com várias mulheres antes e nenhuma delas, por mais atraentes que fossem, me deixaram nesse nível. Quando eu queria transar era só chamar um dos meu contatos sem muita enrolação, não tinha nem tempo e muito menos paciência para isso, mas com ele parece que qualquer movimento errado ele vai se parti em mil pedaços. Chega a ser irritante o quanto ele aparenta ser frágil até fisicamente sendo o total oposto do que eu imaginava.

Era pra ele ser irritante, atrevido, bagunceiro, preguiçoso, sem modos algum e mentiroso, totalmente diferente do que ele demonstra ser, pra falar a verdade ele é sincero até demais..

Sinceramente nem ele parece ter se tocado no que tinha feito, já que sempre que eu o olhava ele estava no mundo da lua olhando as lojas como se fosse a primeira vez, ou ficava encantado com os filhotes de cachorrinhos das pessoas ricas que passavam pela gente, e quando passavamos pelas escadas rolantes ele parecia ter medo e sempre dava um pulinho pra subir em um dos degraus o que era cômico de se ver, só perdia para quando andamos no elevador, o que parecia ser uma experiência incrivelmente nova pra ele enquanto pra mim era entediante, mas para o pirralho, era uma tamanha surpresa quando a porta de metal abria e mostrava o outro andar do shopping. Jurei ouvir ele murmurar um " Isso só pode ser magia" enquanto a gente saía do elevador, e pelo riso contido de Aline tenho certeza q n foi só eu que ouvir, mas decidi ignorar.

Quando o pirralho percebia que eu o olhava, apenas virava a cabeça para alguma vitrine que estivesse por perto dele para saber o que tanto eu olhava, como um cachorrinho curioso, o que me fazia rir muito mentalmente.

O jeito dele me fazia querer baixar a guarda como Aline está fazendo, ela parece descontraída e nem um pouco preocupada com uma possibilidade do muleke querer fazer alguma merda por de baixo do nosso nariz. Isso me irrita, ele não parece nada como eu me forço a acreditar, não sei se fico confuso, feliz ou frustado com isso. Já que se ele for mesmo assim, vai ser muito mais difícil odia-lo.

Mas não deve ser impossível..

- Você quer um?- Falo sobre os cachorrinhos que ele tanto olhava em folheto que um funcionário qualquer o entregou. Contradizendo todos os meus princípios por demonstrar importância por qualquer vontade dele.

Como resposta recebo um balanço de cabeça em negação.

- Ele não deixa eu ter um bichinho..- falava em um tom estranhamente baixo, com a cabeça abaixada.

-Ele quem? - Pergunto sem muito ânimo, já sabendo da resposta.

-O papai! - falou em quanto se aproximava, logo andando do meu lado.

- Você pode ter um de pe-

- VOCÊ Pode ter um de pelúcia lindinho! Eu mesmo posso comprar para você, como uma lembrança desse dia. - Fala a minha irmã me interrompendo as pressas. Maldita...

Com isso acabou roubando de mim o olhinhos brilhantes do pirralho que parecia ter ganhado o mundo com aquilo.

- Não ia dar trabalho?..- Fala meio desconfiado amassando uma parte de seu próprio moletom com a mão.

- É claro que não bebê! Eu deixa q eu-

- Vamos logo comprar a porra do urso!- Falo sem paciência puxando comigo o pirralho, logo ouvindo protestos da minha irmã. Se não cortasse essa babação de ovo ali mesmo quem sabe quanto tempo ia durar. Mal tinha percebido que agora o pirralho segurava meu braço e apoiava sua cabeça de leve ali, parecia fazer o máximo para conter seu sorriso.

- Não se acostume, da próxima vez vamos ter aula e nada mais!- Falo em um tom rude, minha irmã grintando sem para lá trás já estava me dando nos nervos. Mas por algum motivo assim que eu termino de falar seus olhinhos que antes estavam casandos,agora estavam brilhando como nunca,apesar de um pouco molhados. não entendi direito mas logo soube o porquê dessa animação toda.

-Vai ter próxima vez? Jura?! - fala animado, mas sem levantar o tom de voz baixinho de sempre.

-Aah..sim, vamos estudar o básico de algumas matérias, vc sabe em que ano parou?- Perguntei, precisava de uma base para continuar, mesmo que eu já estivesse pensando em começar tudo do zero, como o pai dele tinha dito que parou recentemente deve ter sido no ensino médio ou algo do tipo então não poderia simplesmente rebaixa-lo tanto de serie.

-Hummmm- parecia tentar se lembrar- acho q no 7° ano, por que?- Fessa vez foi eu que parecia pensar, como assim no 7° ano?! Ele era uma criança?!

-Muleke quantos anos vc tem mesmo?- sabia que ele tinha 18,vi seus documentos antes de qualquer coisa mas, 7° ano?! Isso é tempo de mais longe da escola. De uma forma ou de outra essa história tá muito mal contada.

Quanto mais tempo eu passo com esse pirralho mais podre fica a fixa de Robert. O que me faz questionar mais coisas do que devia.

- eu tenho 18 - fala com simplicidade,confirmando os dados do documento o que me deixa levemente preocupado, se ele não está mentindo então o pai está, e não é sobre pouca coisa - e você homem chocolate? - Pergunta curioso com sua voz normal,suave e frágil me deixando levemente surpreso pela sua voz confortante e estranhamente prazerosa...Acho que ele tá começando a se soltar.

- "homem chocolate"?- falo, estranhado o novo apelido.

-Uhum! - confima contente, o que acaba me contagiando, mas só um pouquinho..

-eu tenho 28, e meu nome é Jonathan, caso queira saber.- Falo, já mais calmo que antes, não tinha pq ser rude,pelo menos com ele. Ele é educado e simples, não levantava o tom de voz e nem era indecente,desrespeitoso ou negativo, era apenas ele...O que não batia nada com o que o pai dizia ou com o que eu pensava. Logo me vi sem um bom argumento parar ser mais rude com ele.

- Nossa...que velho..- Tá esquece um pouco sobre a parte do desrespeito, apesar dele não parecer ter muita noção do que fala.

-Eii! A única velha aqui é aquela puxa saco ali atrás! Eu ainda sou bem novo, você me ouviu?- Falo fingindo uma falsa indignação na voz, o que fez soltar altas risadas do pirralho. Parecia uma anjo rindo, era uma risada doce e contagiante. Aquilo me deu uma sensação estranha de conquista e calma, como se tudo ao meu redor não existisse, como se fosse apenas eu, ele e sua felicidade. Mas isso não durou muito já que depois de alguns estantes ele tampou a boca com pressa parecendo envergonhado com algo, logo soltando um "desculpa" baixinho. 

Não que eu goste dele, ou confie nele mas...Tentarei uma nova abordagem de agora em diante. Uma forma muito mais fácil de arrancar informações valiosas com rapidez.

Parece que a minha irmã vai ter que trabalhar duro para ser a favorita daqui para frente.E ela parece ter se tocado disso assim que ouviu a risada que eu consegui tirar dele, já que depois disso começou a me fuzilar com os olhos. Já até dava para sentir os olhos dela queimando o fundo da minha cabeça. Acho que ela sacou o que eu pretendia fazer, mas quem liga?  Eu preciso de informações, necessito disso, não é como se eu fosse começar a gostar desse muleke de novo de qualquer forma.





















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°·MEU ALUNO...meu anjo·° (romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora