9. Garotinho podre

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Gatilho 🔴

Tenha cuidado ao ler, ok?

(Isso aconteceu 7hs depois que Jonathan ter ido embora)

Narradora Pov.

Em uma casa quase vazia, avia um garoto confuso que se olhava no espelho apenas de cueca. Olhava seu corpo atentamente, cada detalhe era valido para si, desde dos mais pequeninos até os mais marcantes.

Aqueles braços finos cheios de machucados e com um pulso enfaixado, sua barriga desnutrida ao tal ponto de ver alguns ossos, suas pernas que sobreviviam com o pouco de pele que tinham...era realmente de sentir dó, e isso era o que o pequeno garotinho mais odiava em si. Olhava seu rosto, sua boca pálida, suas bochechas consideravelmente grandes, seus olhos sem vida, seu cabelo sujo e bagunçado, seu pescoço afeminado...

" Eu sou tão nojento a-assim?'- pensava o garotinho. Não queria ter sido tão grosso com Jonathan depois de tudo, estava com sono e falou a primeira coisa que vinha na sua cabeça sem pensar, não queria parecer fraco, não queria ser espancado, não queria ser castigado por tentar pedir ajuda de novo. Era impossível pra si esquecer o que aconteceu da última vez que tentou pedir ajuda..

Seu corpo, o que era mais odiado pelo próprio, era amado por vários caras mais velhos o que o garotinho não entendia..."o que tenho de tão especial? Por que isso é tão nojento?"

O garoto não entendia, tantos homens velhos olhavam seu corpo com malícia, não que ele goste, mas a onde eles estão vendo corpo? Não tinha nada de agradável que pudessem aperta ou agarrar Além do pouco de pele que o sobrava, não vestia nenhuma roupa estravagante ou curta para aparentar algum tipo de convite, não se jogava pra cima daqueles homens ou pedia por aquilo, então por que? Sua cabecinha não entendia isso.
Podia está melhor que aquilo se aceitasse a comida que seu pai jogava no chão para o mesmo comer, mas não conseguia. Não sem vomitar depois, o que era pior que ficar sem comer.

Em casos extremos, o lixo da vizinha sempre parecia mais convidativo. As vezes se perguntava se aquela comida perfeitamente boa que tinha em um potinho velho ou outro entre o lixo era deixado ali de propósito para si ou se simplesmente era algum resto.

Na cabecinha do mais novo, o 'homem chocolate' estava totalmente certo. Era só olhar para o seu corpo que deixava claro o que passava. Não era à toa que o mesmo parecia sentir tanto nojo de si.

O pequeno realmente achava que seu corpo era nojento, uma vergonha, de fazer qualquer um que o visse vomitar. O homem chocolate não podia está mais certo, em desprezar o que sobrou de seu corpo judiado e mal desenvolvido, porque se com os garotos da Tv, jêck se achava um erro vergonhoso. Se perguntava todas as manhãs, o que tinha feito para nascer assim, por ter que viver assim, por não poder morrer logo.

Olhava para si fixamente diante do espelho, sem demonstrar nada além de desgosto ou confusão, nem percebeu quando seu pai abriu a porta e apareceu atrás do mesmo silenciosamente...

O homem alto que ali estava a frete do espelho e atrás do garoto confuso, apenas olhava para seu filho com desejo, com desejo de fazer coisas que não eram próprias para um pai e um filho, mas ele ligava? É claro que não. Para aquele homem velho, nenhuma prostituta chegava aos pés do seu querido filho, e de seu buraquinho rosado que o mesmo já experimentou algumas vezes quando o garoto era menor. Em sua visão, jêck era igualzinho a sua mãe. Não importava o quão desprezível estivesse a sua situação, o quanto chorasse, o quanto machucado estivesse. Até banhando com o próprio sangue jêck continuaria lindo, como uma anjinho caído, igualzinho sua mãe.

O qual Robert amaldiçoava todos os dias, pela mesma ter ido embora para a morte, e deixado com ele uma segunda versão sua. Para Robert, isso só podia ser um castigo da sua esposa para fazê-lo se sentir culpado, por isso, faria questão de jogar toda a sua raiva, frustração, ódio, insegurança, triztesa, mágoa, luxúria, em jêck. Como um jeito de punir sua esposa morta, ele jurava poder ver ela através dos olhos de jêck, e isso sempre o dava nos nervos.

°·MEU ALUNO...meu anjo·° (romance gay)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt