Os Deuses e seus jogos

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Quando eles chegaram ao pátio de treinamento, Harry tirou a toga que ficava por cima da outra, de pé com apenas um pequeno par de calças curtas. "Traga-me dois grandes jarros de água, vamos ficar aqui um tempo."

"Sim, Dominus". Louis disse com a cabeça baixa.

Harry não tinha sequer olhado para Louis quando ele fez o comando. O que poderia ter acontecido desde última vez que tivessem se visto para fazer Harry agir dessa maneira? Como se Louis fosse apenas mais um escravo de que ele não se importava. Ele quase fez Louis chorar, mas ele se recusou a fazer tal ato, ele não queria desmoronar sob algo tão infantil quanto aquele tratamento silencioso.

Quando Louis voltou, Harry estava suspendendo alguns sacos de areia em um gancho. Suas mãos estavam cobertas de ataduras e ele tinha começado a deixar socos fortes em um dos sacos. Os músculos de suas costas ondulavam, e lembraram Louis de quando Harry tinha sua língua nele, e sempre que Louis iria olhar para baixo, de volta para Harry, estava tenso da concentração. E Harry já estava brilhando de suor, com pequenas gotas caindo dele. Ele soltava alguns grunhidos toda vez que ele batia no saco, e Louis achou tão erótico e quase animalesco.

Seus socos começaram a ficar mais rápidos e mais fortes, tanto que o saco pesado estava começando a balançar. Eventualmente Harry gritou tão frustrado (de um modo tão assustador que Louis deu um passo para trás) e bateu no saco de areia na sua direita para fora do gancho. Ele ficou na frente dele, arfando em respirações profundas, e passou a mão tirando o suor da testa.

Louis não sabia o que fazer. Ele ainda estava segurando as jarras e observando a ferocidade de Harry. Quem sabe o que aconteceria se ele tentasse falar com o homem agora. E então Harry estava andando até ele, e pegando um dos jarros das mãos de Louis e começou a engolir toda a água. Ele a devolveu a Louis quando já estava vazio e foi até um dos pesos.

Aquilo continuou por algumas horas, Harry socando os pesos e, em seguida, fazendo Louis andar para dentro e fora da casa à procura de água. Eles não trocaram uma palavra um ao outro. Às vezes, um ou outro escravo ia mandar algumas mensagens para Harry, ou Niall iria mandar um pouco de comida para Louis quando Harry não estava prestando atenção. Mas não importava, já que Harry nem sequer olhava para Louis, nem mesmo quando estava recebendo sua água.

Quando o sol começou a baixar no céu, as pernas de Louis doíam de tanto tempo de pé e seus olhos estavam tão cansados de ficar abertos. Harry agora lutava com um manequim de madeira com a sua espada, deixando marcas profundas no material a cada golpe. Não era de se admirar que muitas pessoas temiam entrar em uma batalha contra ele. E quando Louis pensou que ele teria um colapso ali mesmo, Harry deixou a espada no chão e correu até ele. Ele bebeu um dos jarros e assim que o primeiro estava vazio, jogou o segundo sobre a cabeça tirando o suor do corpo.

"Vamos para os estábulos, preciso fazer algo lá."

Sem outra palavra, Harry deu as costas para Louis, batendo levemente em seu ombro. O peito de Louis murchou, percebendo o jeito como tinha sido empurrado. Mesmo assim, Louis agarrou os jarros vazios e seguiu Harry para os estábulos. Lá já estava o par de escravos que tinham levado mensagens a Harry durante o treinamento e Louis olhava para suas expressões assustadas com confusão.

Harry mais uma vez ficou em silêncio enquanto ele ordenava algo para eles, e a próxima coisa que Louis viu foi um belo touro branco sendo puxado por uma corda. Ele estava lutando contra as amarras e rosnando em voz alta, batendo seu corpo forte sobre qualquer coisa ao seu alcance. Louis engasgou quando um dos escravos o chicoteou várias vezes até que ele caiu no chão, quase como se estivesse se curvando.

I Hunger For Your Beautiful Embrace {pt version}Where stories live. Discover now