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MARIANA


Quando vi a decoração fiquei completamente apaixonada, fico delicadinho do jeito que eu queria.

Quando vi a decoração fiquei completamente apaixonada, fico delicadinho do jeito que eu queria

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— Como cê tá linda. - sorri me vendo. — Que vestido lindo, amiga.

— Obrigada. Cê tá linda também. — E caralho, tu arrasa muito na decoração.

— Eu falei pra tu, cara. - ri convencida. — Daqui a pouco o pessoal chega. Falando nisso, queria saber se tu chamou aquela piranha da Luana? - eu arqueio minha sobrancelha. — Ela tava toda arrumada quando passei na doceria, tava no maior papo com a Cláudia.

— Ela não é nem maluca, eu hein...

— Quem? - Esther me abraça por trás fazendo carinho na minha barriga.

— Luana. Te falar logo, eu não quero ela aqui. - falo.

— Esquenta cabeça com essa porra não, relaxa, aqui ela não sobe pode ter certeza. - me viro para ela que coloca uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. — Ficou ainda mais linda com esse vestido, sabia?

— Obrigada, amor. - sorrio de lado.

— Não precisa agradecer, pô, é só a verdade.

— Eu te amo muito. - falo enquanto acaricio seu rosto.

— Eu te amo mais. - me dá um selinho.

[...]

A maioria dos convidados já tinham chegado, estava maior vibe boa, sabe? O bom é que todos aqui já se conhecem, então não ficou aquele clima chato de ter uma pessoa em cada canto.

Estava tocando um pagodin maneirinho, tinham pessoas dançando; outras bebendo e conversando; as crianças estavam num pula-pula que eu nem sabia que ia ter.

— Tá pensando em que, vida? - pergunta se sentando em minha frente com uma cracudinha de heineken na mão.

— Nada, amor. - sorrio, e ela puxa sua cadeira mais para frente se aproximando de mim.

— Tá triste?

— Não, amor. - ela acaricia meu rosto. — Sabe o que é isso?

— Vontade de transar? Se tu quiser a gente vai lá embaixo rapidinho...

— Amor... - dou um tapa em sua coxa rindo. — Eu ia falar que é fome.

— Vou pegar um pratin de carne pra tu então, minha vida, era só ter falado. - me dá um selinho se levantando.

Enquanto ela foi lá peguei meu celular, e entrei no whats para ver status.

STATUS ON

AMOR

NÃO TEM LUGAR MELHOR NO MUNDO, DO QUE ESTAR COM VOCÊS

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NÃO TEM LUGAR MELHOR NO MUNDO, DO QUE ESTAR COM VOCÊS. 🤍

STATUS OFF

— Voltei. - ela me entrega o pratinho, e eu coloco em cima da mesa. — Tá me olhando assim por que? - pergunta se sentando, e seguro seu rosto sorrindo.

— Obrigada por ser você, eu te amo. - dou um selinho demorado nela. — Eu sempre quis construir uma família, e eu estou muito feliz que seja com você. - digo com a voz embargada. — Você está realizando um dos maiores sonhos da minha vida...

— Ei, não chora. - ela me abraça. — Esse bagulho de ter uma família nunca teve nos meus planos, e tu tá ligada nisso, mas tu é tão filha da puta que conseguiu mudar até isso em mim, cara... eu sempre fui apaixonada por você, eu sempre amei você, mas esse sentimento todo me deixava com medo, me sentia vulnerável quando estava perto de você, e eu sei que isso não é justificativa para o tanto que eu vacilei com você, mas eu admito que tive medo de amar você... por isso passamos por tudo isso. Quero que me desculpe por ter sido tão filha da puta contigo durante tanto tempo, e obrigada por não ter desistido de mim mesmo depois de tudo... obrigada por estar me proporcionando sentimentos que eu nunca tinha sentindo antes... obrigada por tudo, mas principalmente por me fazer querer ser uma pessoa melhor todos os dias... eu amo vocês duas demais, e por vocês sou capaz de tudo, e tu sabe disso. - ela se afasta enxugando minhas lágrimas. — Eu te amo muito, minha vida.

— Eu te amo. - dou um selinho nela.

— Opa, casal. - olhamos vendo Júlia e TH.

— E aí. - ela se levanta fazendo o toque nele, e apertando mão de Júlia.

— Que bom que vieram... - me levanto dando um abraço nele, e em seguida nela.

— Trouxemos para ela... - ela estica sua mão entregando uma bolsa com o nome da loja.

— Obrigada. - sorrio.

— Nada há de que.

[...]

— Está tudo tão lindo... - fala olhando para a mesa.

— Demais. Carol que decorou. - ela me olhando forçando um sorriso. — Eu achei que você não fosse vim...

— Jamais perderia isso. Fiquei sabendo que ela e o Carlin são os padrinhos da bebê... por um momento eu ainda tinha esperança de que fosse eu...

— Como você queria que eu te chamasse para ser madrinha da minha filha sendo que nem na minha cara você tava olhando? - ela nega com a cabeça. — Não me arrependo da minha escolha, o que importa é o bem estar da minha filha, quero que ela cresça rodeada de amor, carinho... e sei que com eles isso nunca vai faltar, sei que eles não vão acordar um dia e simplesmente virar as costas para ela.

— Concordo com você. - ela enxuga suas lágrimas. — Tenho certeza que eles vão ser ótimos padrinhos. - sorri. — Vou ficar com TH... - ela se vira indo, e eu suspiro.

— Que carinha é essa? - Carol pergunta me encarando. — Vi que ela saiu daqui chorando... tá tudo bem com você?

— Sim, não se preocupe. - ela me abraça.

— Qualquer coisa pode falar comigo, tá?

— Sim...

[...]

Já era meia noite, todos já tinham embora. Estávamos apenas eu, Esther, Carol e Carlin, eles estavam tomando cerveja, e eu comendo um cupcake.

— Vacilona... - olhamos para trás vendo JP em pé.

— Qual foi? - Carlin pergunta se levantando.

— Se mete não que meu papo não é contigo, e sim com essa filha da puta falsa. - aponta para Esther que se levanta na hora.

NOSSA LUZ NA ESCURIDÃO (Intersexual)Where stories live. Discover now