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MARIANA

— Bom dia... - falo ao entrar na sala vendo Júlia e JP deitados no sofá.

— Boa tarde, linda. - Júlia fala, e eu arqueio uma sobrancelha.

— São que horas? - pergunto indo dá um beijo em sua bochecha.

— São meio dia.

— Cadê o meu gatinha? Aqui ó - JP fala fazendo bico e Júlia dá um tapa estalado no braço dele. — Ai, Júlia, doeu cara.

— Caramba, eu dormi muito..- digo me sentando ao lado deles, e os dois soltam risadas. — Qual a graça?

— Nós tava dormindo de boa quando acordamos com uns gemidos. - fala me deixando vermelha como um pimentão.

— Para, cara... - digo me levantando indo para cozinha, e pegando uns ingredientes para fazer um misto para mim, depois de preparar coloco na misteira, volto na sala. — Cês viram a Esther?

— Pô, ela saiu faz pouco tempo, foi tomar banho senão me engano. - ele fala. — Ainda bem que vocês estão bem. Deixa eu falar com tu, mais tarde vai ter um churras lá na laje de casa só pros mais chegado, brota lá.

— Nem precisava chamar, tu sabe que eu ia carregar ela de qualquer jeito. - dou um sorriso de canto, e volto na cozinha pegando meu misto, e um copo de nescau.

Me sento na mesa, e como. Estou com tanta fome, acho que comeria um boi inteiro.

— Voltei..- olho para trás vendo Esther fechando a porta. — Até que fim acordou, hein... - ela vem até mim, e me dá um selinho. — Me dá um pedaço desse misto aí.

— Não. - digo, e volto a comer.

— A é? Então não te dou o que trouxe pra você. - ela fala, e eu encaro ela. — Acabei de comprar joelho pra nós comer, a tiazinha disse que acabou de sair do forno. - sinto minha salivar na mesma hora.

— Me dá. - falo em seguida dou uma última mordida no misto. — Vai, eu tô com fome. - ela me entrega a sacola, e eu pego um levando até a boca.

— Mina, que fome é essa? - pergunta JP se sentando na mesa.

— Vocês vão ficar pegando no meu pé é? Não sei se vocês se lembram que eu tô grávida... - falo chateada.

— Relaxa...- Esther fala acariciando meu rosto. — Pode ficar com o meu também.

— Não precisa. - termino de comer, e me levanto indo na cozinha lavar o copo.

[...]

— Coé, vai ficar desse jeito mesmo? - fala me puxando para deitar no seu ombro. — Fica chateada não, ele não disse por mal.

— Eu sei que não, mas eu tô mais sensível que o normal, e sinto uma fome surreal, e olha que tô no começo da gravidez imagine quando tiver no final...

— Relaxa, cara... - ela acaricia meu cabelo, e eu fecho meus olhos aproveitando esse momento. — Eu tô aqui contigo, vou cuidar de você, já é? E caso sinta vontade de comer algo me fala que eu compro. Vamo pro churras do TH?

NOSSA LUZ NA ESCURIDÃO (Intersexual)Where stories live. Discover now