Prólogo

4.1K 407 119
                                    

POV Venice

Foi um segundo de distração.

Apenas um segundo e a boca de Rain foi capturada por aquele idiota que esteve bebendo com ele. Só não aconteceu de novo porque Rain virou e baixou o rosto.

Levantei da mesa aonde estive sentado a noite toda os observando e caminhei na direção deles. Tudo bem sair com os amigos para comemorar o fim do semestre, mas, beijar outra pessoa que não fosse eu estava fora de cogitação. Rain era meu e já estava na hora dele saber disso.

Eles estavam muito próximos quando me aproximei pronto pra matar alguém. No entanto, ao parar ao lado do Rain eu percebi que ele parecia desconfortável. O que se confirmou no momento que ele me viu e levantou com um sorriso enorme no rosto e me abraçou.

- Me desculpe. - ele sussurrou no meu ouvido.

- Hum?

Juro que tudo pareceu acontecer em câmera lenta.

Rain pôs uma expressão decidida no rosto e afrouxou o abraço ao redor de mim. Então suas mãos subiram até segurar os dois lados do meu rosto enquanto seus olhos se fecharam sem conseguir encarar os meus. Cada centímetro mais próximo de mim, eu podia sentir sua respiração acelerada e quente bater contra o meu rosto. Queria observar cada detalhe desse rosto perfeito, mas meus olhos se fecharam no momento que seus lábios enfim tocaram os meus.

Meus braços automaticamente se fecharam ao redor de sua cintura e o puxei para mais próximo de mim. Rain ficou surpreso com esse movimento e acabou abrindo a boca, o que eu aproveitei para invadí-la e explorá-la com a minha língua. Rain hesitou no começo, mas logo eu senti como ele apertou o meu pescoço e gemeu contra os meus lábios. Agarrei pouco acima da sua bunda e o puxei ainda mais contra o meu corpo e, tenho certeza, ele sentiria o quanto eu estava ficando feliz com aquele beijo. Sentir seu gemido na minha boca me fez baixar a mão para a sua bunda.

Mas a consciência bateu e eu abri meus olhos.

O que eu estou fazendo?

Não estamos sozinhos.

Segurei os ombros de Rain e afastei meu corpo do dele ao mesmo tempo que ele se aproximava para continuar me beijando. O desejo estava nítido no olhar confuso que ele me dirigia. Lhe dei um selinho e ele relaxou contra o meu corpo mais uma vez.

- Espere chegarmos em casa.

Então ele deve ter percebido o que tinha acabado de acontecer porque se afastou de mim e corou violentamente. Seus olhos imediatamente atraídos para baixo e as mãos se mexiam nervosamente.

Porque diabos eu disse isso?

- Você é uma vadia.

Me virei na mesma hora para o imbecil que disse isso e me lembrei do porque eu queria matá-lo.

- O que foi que você disse?

- Ele estava me beijando e depois já se agarrou em você. Obviamente uma vadia.

As pessoas ao redor se assustaram quando ele virou com a cadeira para trás pela força do soco que eu lhe dei. Antes que ele se levantasse, eu agarrei seu colarinho e lhe dei mais alguns socos. Sua boca partiu ou eu acho que um de seus dentes cortou minha mão porque senti certa ardência, mas não poderia adivinhar se o sangue era dele ou meu.

- Venice, pare. - ouvi Rain atrás de mim e virei para olhar pra ele. - Já chega. Por favor.

Rain estava se abraçando e parecia assustado, então larguei o acéfalo sangrando no chão e levantei. As pessoas cochichavam e apontavam enquanto eu limpava as mãos no guardanapo da mesa e isso fazia Rain se encolher ainda mais.

- Acabou o show. Dispersem.

Eles se foram, mas os cochichos ainda eram ouvidos enquanto eu saía com Rain dali. Ao passar pelos seguranças, pedi que juntassem e despachassem o infeliz. Sorte minha que a boate pertencia aos Kirigun, senão jamais teria tido a chance de sangrar aquele idiota.

- Você.. - Rain falou quando entramos no banheiro pra eu lavar as mãos.

- Me desculpe por ter visto aquilo. Eu não queria assustar você.

- O que você fez?

- Calma. - tentei me aproximar, mas ele se afastou e acabou se apoiando na parede. - Está com medo de mim?

- Não, eu.. aquele cara estava realmente me irritando. Mas você..

- Me desculpe.

- Você me beijou!

- Oh..

Ele estava chateado não por eu ter espancado alguém na sua frente, mas por eu ter lhe beijado? Eu havia entendido mal os sinais e ele não se sentia assim por mim? Mas não, Rain era transparente e óbvio demais para sequer tentar fingir alguma reação. O que eu via nos seus olhos era o mesmo que eu sabia que ele veria nos meus se não fosse tão desatento.

- Você me beijou primeiro.

- Sim, mas eu queria que ele parasse de tentar coisas comigo.

- Mas não me afastou quando eu aprofundei o beijo.

Me aproximei dele e Rain não pode fazer nada, já que ele estava preso entre eu e a parede e ele não teria para onde fugir. Ele fechou os olhos e eu aproximei meu rosto do seu pescoço, vendo como ele se arrepiava com cada respiração minha que batia contra a sua pele. Suas mãos apertaram os meus braços e o corpo arqueou contra o meu na primeira lambida que eu dei na sua clavícula.

- E eu pude perceber o quanto você gostou de ter as minhas mãos passeando em você. - subi as mãos pelo seu peito até o pescoço e as desci novamente para a cintura e mais embaixo. - Posso sentir como você gosta agora.

Estávamos no banheiro, aonde qualquer um poderia entrar e nos ver. Minha mão segurava a sua ereção enquanto seus pescoço ganhava algumas lambidas. Suas costas arqueavam a cada movimento da minha mão e eu estava sentindo suas unhas afundarem no meu pescoço.

Não sei porque ele não estava me afastando, mas eu aproveitaria cada segundo disso.

Agarrei sua mão e nos tranquei em uma das cabines. Rain veio sem questionar, mas me olhou com um pouco de temor ao me ver tirando a jaqueta e levando as mãos para desatar o seu cinto.

- Eu quero você, não vou negar isso. Eu quero muito transar com você. Mas não agora e, tenha certeza, jamais seria em um lugar como esse. Não, eu só quero fazer você se sentir bem antes de irmos embora. E então eu vou te levar para a minha casa e, se você se sentir bem para isso, irei passar cada minuto dessa noite dando prazer a você.

Rain engoliu em seco e me encarou duvidoso por algum tempo, então balançou a cabeça em consentimento para as minhas mãos abrirem seu cinto e o botão da sua calça.

- Eu.. eu quero te beijar de novo.

- Você vai beijar a minha boca o quanto você quiser. - enganchei a beirada da sua calça e cueca e as puxei para baixo ao mesmo tempo que eu me ajoelhava na sua frente. - Mas, primeiro, eu vou beijar outra parte do seu corpo.

Os protestos envergonhados de Rain foram perdidos no meio dos gemidos incoerentes que ele soltou ao ver seu pau sumindo na minha boca.

VegasPete e o dia que o Venice se apaixonouWhere stories live. Discover now