Parte 16

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Pov. Venice

O jantar não foi um completo desastre, mas também não foi a oitava maravilha da terra.

Pa Vegas não perdeu a oportunidade de chamar Rain de criatura a cada vez que olhava para ele, o que foram muitas vezes. Ao contrário de Pa Pete que fez questão de ignorar a existência dele. Não, minto, ele reconheceu a presença do Rain e até trocou duas ou três palavras com ele, e em todas elas ele esteve com a cara mais fechada que uma pessoa poderia fazer.

Enquanto Syngapore foi muito prestativo em distrair o meu demoniozinho do mal humor e comentários indiretos bem diretos dos meus pais. Ou ao menos eu pensei que ele havia sido completamente distraído até mais tarde, depois de terminarmos o nosso banho, e eu perceber que não foi bem assim.

- Venice. - Rain me chamou enquanto eu estava ocupado terminando de secar os seus cabelos.

- Hum?

- Eu vou voltar pra minha casa.

Larguei a toalha e virei seu corpo de frente para mim na mesma hora.

- O que?

- Já passaram dias e.. bem, acho que está na hora.

- Motivos, Rain. Eu quero motivos.

- Seus pais me odeiam, seu estúpido!

Eu não consegui não rir dos seus olhos cerrados e o maxilar trincado na mais pura vontade de me bater. Ele era tão fofinho que eu queria mordê-lo o tempo todo.

Que foi o que eu fiz.

Rain tentou me empurrar, é claro, mas parou de protestar quando as mordidas viraram beijos e então suas mãos estavam no meu pescoço, impedindo que eu me afastasse dele, mas separei nossos lábios eventualmente.

E lá estava o bico fofo que eu adorava.

- Demoniozinho, o que você disse não é verdade. Meus pais não te odeiam.

- Você estava no mesmo jantar que eu? Porque eu posso ser meio lento, mas sei quando alguém gosta ou não de mim.

- Você tem certeza?

- É claro que sim!

O olhar irritado de Rain me condenava por estar rindo dele, mas eu não tive forças para me impedir de rir ainda mais. Sim, meus pais não estavam apaixonados pelo meu namorado e não faziam questão alguma de esconder isso, mas, Rain era a última pessoa no mundo qualificada a reconhecer os sentimentos de alguém, já que eu tenho estado apaixonado por ele a quase dois anos e ele nunca percebeu.

- Porque você está rindo tanto, seu idiota?

- Porque você é bobo.

O beijei para impedi-lo de começar a sua sequência habitual de ofensas à minha pessoa e ele abraçou meus ombros para aprofundar o beijo. Sorri para a forma fácil e eficiente de distraí-lo e empurrei seu corpo para trás na cama e me deitei por cima dele.

Receptivo como sempre, Rain se entregou ao beijo e começou a descer as mãos pelas minhas costas até a barra da cueca, enquanto suas pernas enlaçaram a minha cintura e me puxaram, colando nossos corpos e provocando gemidos de apreciação em nós dois.

Separei nossas bocas e deixei uma pequena mordida no seu lábio para ele não reclamar por eu ter parado, então desci os beijos e mordidas para o maxilar. Quando minha boca tomou o seu pescoço, Rain arqueou as costas, facilitando com que eu passasse o braço por baixo do seu corpo, abraçando a sua cintura bem apertada para me esfregar nele através das cuecas mesmo. Suas mãos agarraram os meus cabelos enquanto gemia e as costas arquearam ainda mais à medida que começou a mover a cintura contra mim também.

VegasPete e o dia que o Venice se apaixonouWhere stories live. Discover now