Parte 10

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Pov. Vegas

- Você amarrou muito forte dessa vez.

- Eu sei, me desculpe.

- Não precisa se desculpar. - Pete parou de encarar os pulsos que eu acariciava e tocou meu rosto, me beijando levemente e depois se aconchegando no meu peito. - Eu adorei.

Seu peito estava todo vermelho pelos chupões e seus pulsos com as marcas das cordas, sem contar a vermelhidão na bunda pelos tapas que ele recebeu e o corpo completamente cansado depois de gozar tantas vezes... no entanto Pete sorria daquele jeito fofo que dizia que tudo estava certo com o mundo e ele podia enfim descansar.

- Mas, você está bem, não está?

- Sim.. apenas com sede.

- Eu esqueci de abastecer o frigobar, mas vou buscar na cozinha pra você.

- Trás o que sobrou da sobremesa?

- Fome?

Pete assentiu e eu beijei o topo da sua cabeça antes de me levantar. Vesti a calça do pijama e o roupão e saí do nosso quarto, mas não antes de dar outra olhada para o meu marido absolutamente satisfeito na nossa cama.

Não havia muitas pessoas acordadas pela casa. Apenas alguns seguranças no andar térreo que me cumprimentaram ao me ver passar até a cozinha. Peguei a água para Pete e também o pedaço da torta que sobrou e voltei para o elevador. Foi quando passei enfrente ao quarto da criatura que eu escutei os barulhos.

Não eram qualquer barulhos. Não. Eram gemidos misturados com alguns gritos e atrito que me deu certo orgulho do meu filho ao mesmo tempo que eu senti um pouquinho de talvez preocupação pela criatura pois parecia que o menino estava sendo virado do avesso pelo Venice.

Balancei a cabeça e segui em frente, pensando no quanto era bom que Pete estivesse exausto e que o nosso quarto tivesse isolamento acústico.

Fechei a porta do quarto e coloquei as coisas que eu trouxe na mesa de cabeceira, então sentei ao lado do Pete que abraçava o meu travesseiro com os olhos fechados.

- Você está tão doce e fofo nesse momento que nem parece o mesmo que rebolava em mim a alguns minutos atrás.

A mão dele acertou a minha mandíbula.

- Cala a boca. - Pete se sentou na cama e eu ri do olhar dele que deveria ser assassino, mas, junto da bochecha vermelha e o cabelo todo despenteado só o deixou mais fofo. - Humm.. água.

- Aqui. - entreguei a garrafa de água pra ele e beijei a sua cabeça. - Coma sua torta enquanto eu tomo um banho, sim?

- Nao. Vou tomar banho com você.

Pete se levantou da cama, com as pernas trêmulas e nu como ele esteve todo esse tempo, e se apoiou em mim para se manter em pé. Eu o carreguei no meu colo e me ocupei em apreciar a beleza do corpo dele.

- Não me olhe assim. Eu estou cansado e nós só vamos tomar banho.

- Eu não ia fazer nada.

- Sei..

Realmente não fiz nada. Não por falta de vontade, é claro, mas porque sabia que o corpo do Pete não aguentaria mais nada essa noite. Então apenas tomamos um banho de chuveiro, aonde ele se apoiou em mim o tempo todo e também me pediu para ensaboá-lo, o que eu fiz de bom grado, escutando seus suspiros e sem tirar os olhos do seu sorriso satisfeito.

Eu estava louco para come-lo mas, tudo bem, eu esperaria para fazer isso amanhã.

Banho tomado, Pete enfim comeu a sua torta que ele sempre guarda para lanchar de madrugada e todos nós sabíamos disso por isso ninguém mechia no pedaço que sempre sobrava convenientemente. Então ele se agarrou em mim para dormir e eu beijei mais uma vez o topo da sua cabeça e fiz carinho nas suas costas macias.

VegasPete e o dia que o Venice se apaixonouWhere stories live. Discover now