Expulsando-o novamente

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 Finalmente eu me vinguei por Yan Po Jun.

No entanto, o vazio que ele representa em minha vida, é grande. Sinto falta dele todos os dias. Nem mesmo os braços invisíveis que sinto enlaçar meu corpo à noite, poderia aplacar sua ausência.

Yan Po Jun prometeu que nunca me deixaria...

Eu sei que ele está ao meu lado todos os dias, minutos, segundos...

Sinto seus braços em volta do meu corpo nas horas que a agonia de perdê-lo se torna insuportável.

Não sei o que mais posso fazer para ocupar esse vazio que me consome.

Hoje é o dia que todos nós iremos para o lugar, onde o que sobrou do seu corpo descansa...


O sol estava a pino, brilhante e quente como o inferno. Dava-se para vê-lo e senti-lo pela a janela gigantesca da qual levava para a sacada do meu quarto. Isso não me impediu de ir para o cemitério, mesmo em meu estado de fraqueza extrema.

No quarto, vesti uma roupa completamente branca, a qual me fazia parecer mais pálido do que nunca e soltas no meu corpo magro. Minha aparência era um tanto fantasmagórica. Meu corpo esquelético, era tão digno de pena. Eu me tornei um esqueleto ambulante, que não havia descansado seus velhos ossos no túmulo, apenas com a pele os cobrindo. Um morto-vivo.

Quanto a saúde, nem vou falar. Carecia de cuidados urgente, definhando a cada minuto, segundo...

Por mais que tentassem me impedir de ir vê-lo, eu, em minha teimosia, recusei-me a ouvir qualquer conselho. Seja lá de quem fosse. Então, desistiram. Não havia nada que pudessem fazer para me impedir.


Era meio dia quando chegamos ao cemitério.

Uma fila enorme de carros de todos os tipos, modelos e preços, estavam estacionados em frente e do lado do cemitério, no qual escolhi para enterrar meu amante. Talvez amante, seja algo que eu deva mudar. O homem que descobri que sinto algo mais, seria mais adequado para ele nesse momento. Perdê-lo, fez-me entender algo: no fundo, acho que o amava. Não tanto quanto amei Jun YuQing, mas ele representou e representa uma existência que não posso ignorar de maneira nenhuma. Nunca pude dizer isso para ele. Esse é o meu maior arrependimento. Confuso com meus sentimentos como estive, nunca dei conta disso. Até perdê-lo da maneira tão horrível.

Lembro-me de uma frase que por acaso li ou ouvi em algum lugar. Nela se dizia o seguinte: Eu nasci para ser seu homem e na morte, seu fantasma. Essa frase era exatamente o que representava Yan Po Jun. Por amar-me tanto, foi capaz de se sacrificar e ainda proteger aqueles com quem eu me importo e amo.

Mesmo agora, em frente ao seu túmulo, meu coração se contorce de dor. Uma pequena mesa, coberta com uma toalha branca, foi colocada para os visitantes acenderem incensos. Em frente a ela, uma cadeira foi colocada para que eu me sentasse.

A cada um que eu acendia, lágrimas escorriam por minha face magra e pálida.

Atrás de mim, todos os meus homens, Fantasmas e seguranças que sobreviveram ao massacre, estavam presentes. Todos eles vieram para vê-lo uma última vez, já que meu tempo na Tailândia estava acabando.

Pedi a Nick e Armano que cuidasse desse túmulo quando eu voltasse para China. Talvez ficasse um tempo na Itália com meus bisavós para tentar recuperar minha saúde um tanto crítica.

Eu respirei fundo para tentar engolir o choro que não conseguia conter.

Um dia, eu voltaria aqui e levaria seus restos mortais para um lugar que eu mesmo construirei. Lá seria o lugar o descanso eterno dele.

Meu Adorável Contador  BL (sem revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora