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Natasha

— Carol! — Chamei por minha amiga, que corria no condomínio. Estávamos apostando uma corrida, mas eu desisti no meio do caminho.

— Você me deixou fazer a curva sozinha. — Ela recuperava o fôlego. Eu apenas ri. — Idiota. — Deu um leve soco em meu ombro esquerdo.

— Desculpa, meu corpo está doendo. Foi horrível essa noite. — Andamos em direção ao banco que ficava abaixo de uma árvore. Carol me entregou uma garrafa de água que estava na sua bolsa apoiada no banco, e então abri a tampa, levando o líquido até a boca e observando Carol fazer o mesmo com sua garrafa.

— Ainda pensando na roupinha? — Ela tentou disfarça uma risada, mas foi possível notar. — Sabe... Ela é estilista...

— Idiota. — Joguei a garrafa já sem água na mesma. — Mas é verdade, ela não sai da minha cabeça.

— Se joga. — Imitiou um pulo de natação nas mãos.

— Você é tão Idiota. — Ri junto a Carol.

— Eu estou falando sério.

— Eu só vi ela duas vezes essa semana, e só trocávamos seis palavras; "Bom dia! Como anda a roupa?" "No final da semana fica pronta."  — Deitei minha cabeça em seu colo, sentindo seus dedos bagunçar meu cabelo.

— Liga pra ela. — Falou de repente, me fazendo levantar assustada.

— Você realmente não está bem. — Toquei sua testa, fingindo está medindo sua temperatura.

— É sério. — Pegou meu celular que estava no banco.

— Carol! Não faça isso. — Soltei um olhar ameaçador, a ouvindo rir enquanto tentava pega o celular em sua mão.

— "Wandinha"? — Riu enquanto olhava o nome do contato. — Que intimidade.

— Carol! Não... Carol... Merda... — Quando vi, a ligação já estava chamando e logo foi atendida. Carol me entregou o celular enquanto ria baixo. — Wanda! Oi.

Oi Natasha. — A ligação ficou silenciosa durante alguns segundos. — Você está bem?

Estou, estou. Você está bem?

Sim. — O silêncio novamente tomou nossos ouvidos. O mundo todo parecia está em silêncio. A risada baixa de Carol que antes era possível ser escutada, agora estava completamente silenciosa. Meu olhos provavelmente brilhavam, eu sentia isso quando escutava a voz da mesma. Foram bem poucos dias longe uma da outra, mas isso parecia tanto. Tudo parecia rodar em câmera lenta durante aquela tensão, e eu odeio quando isso acontece. — Sabe...

Hum. — Sai do transe quando escutei sua voz. Agora era possível escutar a risada baixa de Carol.

— Hoje a noite eu estava pensando em fazer uma noite das garotas com a Kate. — Riu. Eu já disse que amo sua risada? — Na verdade Kate quem pensou nisso, mas não é o caso. Gostaria de vir? Pode trazer algumas amigas se quiser. Quanto mais gente melhor.

— Tudo bem. — Sorri— Na verdade eu adoraria isso.

Às 20:30 fica bom?

— Fica ótimo. — Sorri.  —  Te vejo a noite então.

Te vejo a noite, Nat.Soltou um breve riso.

— Se cui- — A ligação caiu.

— Vocês são tão gays. — Carol ria sem parar.

— Para Idiota. — Levantei-me do banco.

Wanda

— Então...? — Virei minha cadeira giratória em direção a Visão, o observando com a cadeira mais próxima que o normal da minha mesa. Ele estava tentando escutar a conversa.

— Vamos nos ver a noite. — Sorri, o observando extremamente animado levantando da cadeira e pulando sem parar no chão.

— Finalmente! Eu não aguentava mais escutar você reclamar de saudade. — Veio em minha direção puxando minha mão.

— Ah não. — Bufei, mas acabei levantado com um pouco de força do mesmo. Logo estava nos dois pulando sem parar no meio da sala.

.

O interfone tocou indicando que alguém havia chegado. Larguei rapidamente as pizza que estava comendo e corri até o mesmo.

Boa noite! Quem é?

Você é a Wanda? — Eu reconhecia essa voz...

— Sim.

— É a Agatha.

Like The Stars - WantashaWhere stories live. Discover now