*CAPITULO 55*

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Alana

Abri os olhos batendo as pálpebras freneticamente por conta da claridade do local que não reconheci no primeiro momento. Sentia algumas pontadas fortes na cabeça, levei a mão até o topo e senti um curativo ali e logo me lembrei dos acontecimentos que me trouxeram até aqui.

Tentei levantar, o que não foi uma boa ideia, quando elevei um pouco a cabeça vi tudo girar sem contar a dor insuportável.

— Alana. — minha mãe aparece com um semblante espantado na porta, segurando um copo provavelmente de café — vou chamar o médico, não se mexa.

***

— Por que minha cabeça está doendo tanto? — indago enquanto ele foca sua lanterna clínica nos meus olhos.

— As dores são consequência do impacto que sofreu.

— Doutor. — o chamo assim que ele guarda sua lanterna no bolso do jaleco e se prepara para aferir minha pressão — E o meu bebê, eu o perdi? — engulo seco.

— Fique tranquila, seu bebê esta bem. — solto o ar preso em meus pulmões, suspirando aliviada — E você também ficará.

Graças a Deus!

Agradeço mentalmente por meu bebê estar bem.

— A enfermeira virá lhe dar um analgésico apropriado pra você, provavelmente sentirá sono.

— Obrigada Dr.

Ele se retira e minha mãe caminha até mim.

— Que bom que estão bem filha. — ela faz um carinho no meu cabelo — Por que quando descobriu sua gravidez não me contou?

— De primeiro momento fiquei tão assustada que nem queria que ninguém soubesse. Eu nunca me imaginei grávida, foi algo totalmente inesperado, tive receio de tantas coisas que não sei citar uma. — Amo Jason do fundo meu coração, mas ter um bebê agora realmente não fazia parte dos meus planos, mas isso também não quer dizer que eu não ame esse bebê mais que tudo.

— Lembro quando descobri estar grávida, seu pai lidou melhor com a situação do que eu. Não estávamos bem financeiramente naquela época, e a gravidez caiu como uma bomba naquele momento. Mas seu pai sempre tão confiante, agia sempre com muita fé, me tranquilizou, disse que tudo ia dar certo. E deu tudo certo, nos reerguemos, você cresceu e se tornou uma mulher admirável, forte e independente. — acabei deixando escapar algumas lágrimas enquanto ela falava.

Realmente meu pai era um homem de muito fé, adoraria ser mais como ele que tinha sempre a certeza das coisas que não podiam ser vistas.

— Jason já sabe? — ele confirma com a cabeça — Eu não queria que ele soubesse dessa forma, queria que fosse especial.

— A descoberta de um bebê é sempre especial querida.

— E como ele reagiu?

Nesse momento a enfermeira entra com um comprimido e um copo de água para que eu tome com o remédio.

A enfermeira sai e eu olho pra minha mãe, exigindo que responda minha pergunta, pois meu pesamento acelerado já me faz pensar que Jason reagiu da pior forma possível.

— Bem... — ela olha pra baixo tentando disfarçar.

— Mãe, ele ficou muito zangado?

— Ele ficou surpreso, um pouco desacreditado eu diria, mas acredito que a ficha só caiu quando ele recebeu a caixa surpresa que preparou pra ele. — ela diz sorridente.

— Como a caixa chegou nas mãos deles?

— Entregaram na delegacia.

— E onde ele está agora?

— Ele teve que ir em casa, na verdade, já era pra ter voltado. — diz olhando seu relógio de pulso — Vou ligar pra avisar que acordou.

— Tudo bem, acho que vou voltar a dormir, estou ficando com sono. — digo já bocejando.

— Pode descansar querida.

Alguns minutos depois que minha mãe saiu abri os olhos com dificuldade ao escutar o barulho da porta se abrindo, para minha surpresa era Samantha.

— O que faz aqui? — levanto um pouco me sentando, em estado de alerta.

— Vim como visitante, disse pra sua mãe que era uma amiga sua. Como está?

— Como está vendo, estou num leito de um hospital. — falo exasperada e com um pouco de receio.

— Sinto muito Alana, me sinto culpada e envergonhada. Eu não só não aceitei perder o melhor homem que conheci em toda minha vida, quanto aceitei a relação sem compromisso com Jason foi somente pra não perdê-lo.

Seus olhos lacrimejam enquanto fala.

— Ele sempre soube me tratar bem e isso acabou fazendo eu me encantar por ele de alguma forma, mas sei quando é hora de jogar a toalha, você ganhou o amor dele, eu não. — sorri fraco.

Confesso que suas palavras me comovem, quase me fazendo chora junto.

— Só peço que me perdoe, do fundo do meu coração, estou disposta a me colocar á disposição da lei se possível. — permaneço calada olhando pra ela — Eu realmente sinto muito.

Ela caminha em direção á porta, sou tomada pelo sentimento de compaixão, sou aquele tipo de pessoa totalmente capaz de relevar atitudes das piores naturezas, e sou totalmente capaz de perdoar Samantha e esquecer tudo isso, principalmente porque dessa vez sinto sinceridade nas suas palavras, ela está realmente arrependida.

— Eu te perdoo. — falo quando ela esta prestes a sair de dentro do quarto. — Vou te deixar fora disso. — ela me lha com um olhar esperançoso — Sei que não sabia quais eram as verdadeiras intenções daquele... homem.

— Obrigada, você é uma boa mulher, não sei quem tem mais sorte, se é você ou Jason, espero que sejam felizes. — ela sai do quarto.

Depois de poucos segundos pensando, comecei a ficar sonolenta novamente.

***

Senti alguém alisar minha barriga, então com certa dificuldade por conta do sono abri os olhos lentamente.

É ele, o amor da minha vida que está acariciando minha barriga com uma mão e segurando um buquê d flores com a outra, seus olhos parecem marejados, ele se curva dando um beijo um pouco demorado na minha barriga, deixo uma lágrima escapar emocionada com seu gesto. Sorrio quando ele volta a postura anterior, ele estava realmente chorando.

— Jason. — a voz sai falhando.

— Oi, princesa. — ele diz limpando o rosto, ele se aproxima e beija a minha teste.

Isso me faz desmoronar porque agora me dou conta que poderia não estar aqui, coloquei não só a minha vida e a do meu filho em jogo, mas também a felicidade de Jason. Eu só queria que tudo acabasse logo e num momento de adrenalina tive que ter fé.

— Sinto muito Jason, não queria que as coisas tivessem sido assim.

— Amor, nada disso é culpa sua. — ele segura meu rosto entre suas mãos limpando minhas lágrimas — Não chora por favor.

Só assim pude notar que a mão de Jason estava com curativo.

— O que aconteceu com a sua mão? — ele me abraça.

— Nada com que deva se preocupar, vai ficar tudo bem, confia em mim?

— De olhos fechados. — percebo que ele sorriu.

Fiquei ali agarrada ao corpo de Jason, não queria sair do seu abraço seguro nunca mais.

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Não esqueçam voto e me digam o que estão achando da história? Estão gostando?

Predestinado a você •CONCLUÍDO✓Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt