•CAPITULO 54•

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Jason

Cheguei ao hospital segurando a caixa com às duas mãos, meus olhos ardiam, pois nunca havia me permitido derramar tantas lágrimas como hoje.

Após me acalmar um pouco finalmente minha família e amigos se aproximaram para me abraçar e me desejar os parabéns. Eu abri a caixa e mostrei seu conteúdo todo orgulhoso, todos ficaram emocionados diante das roupinhas do meu filho, ou filha.

Em especial as avós, estavam muito contentes de saber que ganhariam um netinho ou netinha, e Sophie então nem se fale, já estava planejando que se fosse menina iria encher de laços e maquiagem.

Fui questionado sobre os ferimentos nas mãos, mas prefiro abster-me do assunto, porém Josh me olhou de um jeito que deu a entender que ele sabe o que aconteceu.

Somente a mãe da Alana permaneceu no hospital, tive que vir em casa somente para tomar um banho. Já passavam das duas horas da tarde, Marina está fazendo um curativo nas minhas mãos e eu ainda estava vagando dentro dos meus próprios pensamentos. 

— Deveria ter dado socos com os punhos protegidos. — diz enquanto enfaixa minhas mãos, me fazendo rir — Ainda não acredito que vai ter um filho. Daqui a alguns meses você será chamado de papai.

— Não acredito também, fico ansioso só de imaginar que daqui a alguns meses teremos um bebê em casa. Eu nunca havia imaginado essa possibilidade antes.

Estamos conversando quando escutamos alguém tocar campainha, Marina sai para atender e pela porta passam Sophie, Matt e Josh.

— O que fazem aqui? — franzi o cenho ao vê-los com os seus semblantes carregados de preocupação.

— Jason, você não fez nenhuma besteira, não é?  — olhei confuso sem entender o motivo da pergunta de Sophie.

— Só estamos preocupados, você saiu armado e completamente transtornado do hospital, depois voltou ferido e com manchas de sangue pela roupa. Matou ele ou não?

— Infelizmente não, estava dentro de uma delegacia e para ele a morte seria pouco. Mas ele não escapou de alguns socos.

— Eu disse pra vocês que, no máximo, ele havia dado uma sova no cara. Quero meus cinquenta dólares agora, podem passar para cá. — ele gesticula com a mão pedindo algo, então Matt e Sophie entregam o dinheiro pra ele.

— Fizeram uma aposta? — pergunto erguendo uma sobrancelha.

— Sim, eles disseram que você saiu disposto a matar qualquer um que cruzasse seu caminho, mas eu te conheço meu amigo — dá duas batidinhas no meu ombro — você não ia querer decepcionar Alana, apesar de tudo você é um cara sensato, então apostamos cinquenta dólares. — ele sorri satisfeito guardando o dinheiro no bolso do paletó.

Marina nos serviu um lanche por já ser fim de tarde, estávamos conversando ainda sobre o acontecido com a Alana quando o telefone tocou, eu estava tão aéreo com tudo que acabei esquecendo compromisso marcado com a mãe da Alana de voltar para o hospital às 17h e já eram 19h, então talvez seja ela.

— É a Sr. Eliza. — Marina estende o telefone para mim.

Ligação on:

— Oi, Eliza já estou voltando para o... 

— Ela acordou! — me interrompe.

— Acordou? — me levanto subitamente.

— Sim! — Eliza fala eufórica.

— E como ela está? — pergunto já sentindo que meu coração sairia pela boca a qualquer momento.

— Me pareceu bem, só um pouco cansada, ela perguntou por você e voltou a dormir, creio que seja por conta dos remédios.

Predestinado a você •CONCLUÍDO✓Where stories live. Discover now