• CAPITULO 23•

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Jason

O dia estava propício para praia, por isso quando falei sobre passeio com Alana logo ponderei irmos a Coney Island.

Alana foi se trocar enquanto fiquei sentado debaixo do guarda-sol, estava observando algumas crianças brincarem na areia, quando meus olhos puderam contemplar a verdadeira visão do paraíso. Vinha caminhando calmamente, aparentando estar um pouco tímida, atraindo olhares por onde passava.

Ela estava com o cabelo preso num coque no topo da cabeça e usava um biquíni preto, com uma saída de banho em cima da parte inferior, mas não deixava de chamar atenção pela beleza estonteante e a barriga à mostra.

Suas curvas perfeitas deixava os homens babando e algumas mulheres com o olhar de pura inveja.

— Que gostosa! — um cara parado em pé ao meu lado fala pro amigo com um sorriso malicioso — Com uma dessas eu até teria coragem de casar. Que mulher linda! — me viro pra olhar bem na cara dele.

— É linda mesmo. Mas não é pro teu bico companheiro! — falo sério e ele fecha o sorriso que tinha no rosto.

Volto o olhar e vejo que Alana se aproxima, não queria que ela visse a cena e interpretasse como ciúmes bobo. Lanço o olhar pro homem e seu amigo que parecem entender o olhar e se afastam.

— Tá tudo bem? — ela pergunta assim que se senta.

— Tá sim. Você tá linda. — ela sorri com timidez, desviando o olhar em direção ao mar, me fazendo contemplar o reflexo das águas nos seus olhos.

— Obrigada. E você vai ficar de camisa aqui, na praia? — pergunta começando protetor solar nos braços e no rosto.

— Sim, eu não vou entrar na água. — digo esticando as costas na espreguiçadeira.

— E vai fazer o que então? — ergue uma sobrancelha.

— Eu só vim admirar a paisagem. — digo olhando pra ela sob as lentes do óculos sol.

Rapidamente ela abaixa o olhar com as bochechas vermelhas e um sorriso tímido no rosto.

— Você não perde uma, não é mesmo? — rimos — Pode passar por favor? — ela estende o tubo de protetor solar pra que eu pegue.

Pego o frasco de protetor de suas mãos enquanto ela senta de costas para mim na beira da espreguiçadeira. Fico um pouco hipnotizado ao ver ela soltar os cabelos pra arrumar seu coque que estava frouxo.

Me aproximo colocando uma pequena quantidade de protetor nas mãos, encosto na sua pele e começo a espalhar o produto, á medida que mexia as mãos observava os pelos do seu corpo se eriçarem. Somente um pequeno laço me impedia de ver sua costa completamente nua, antes que pensamentos impuros passassem na minha mente, fechei o tubo e entreguei a ela, que logo depois se levantou e caminhou em direção ao mar.

De longe ficava observando ela mergulhar e emergir sobre a água com os longos cabelos molhados para trás, conseguia ficar ainda mais linda dessa forma.

***

Depois que saímos da praia fomos a um restaurante almoçar. Alana tentava puxar assuntos relacionados ao trabalho porém eu desviava deles, queria somente aproveitar esse tempo do seu lado, conhecendo-a melhor.

Sei que a viagem, e se percebesse que o que estava sentindo não era recíproco, com toda certeza não insistiria nisso. Mas eu percebia que sim, Alana sentia algo por mim, eu só precisava ter certeza disso.

Eu havia caído no sono depois que havia chegado, levantei e fui até o banheiro tomar um banho.

Vesti somente uma bermuda e fiquei sem camisa mesmo, me joguei na cama e passando canal por canal procurando algo que preste na TV, mas não há nada de interessante.

Estou no auge do tédio quando escuto batidas na porta. Quando abro e me deparo com Alana, que não disfarça o olhar tímido ao me ver sem camisa.

— Alana, que surpresa boa. — me encosto no batente da porta com um sorriso malandro.

— Jason... E-eu... É que... — ela gagueja piscando várias vezes e eu começo a rir da cena.

— Tá nervosa por acaso? — Semicerro os olhos zombando da sua reação ao tentar desviar o olhar da minha barriga.

— Eu nervosa? Impressão sua. — ela pigarreia fechando os olhos — Eu só vim perguntar se você não vai descer pro jantar.

— Eu não tô a fim de sair do quarto. — olho pra ela que solta um "ah" sem fazer som — Por que não janta comigo, aqui no quarto?

— Tudo bem, eu aceito. — ela me olha de cima a baixo — Mas só se vestir a sua camisa. — como sempre abro um sorriso por conta do seu jeito tímido.

Após obedecer sua condição de pôr a camisa, entramos juntos no quarto e pedimos o jantar, que deixei que ela mesmo escolhesse.

***

— A comida desse lugar é ótima, mas a sobremesa é espetacular! — ela fala levando uma garfada da torta até a boca, sujando um pouco o canto dos lábios.

Começo a rir e aponto pra sua boca sinalizando o canto que ficou marcado pelo chantilly da torta.

— Onde? Aqui? — ela tenta achar o canto da boca que está com chantilly.

Inclino um pouco sobre a mesa com o guardanapo em mãos indo até ela.

— Aqui. — passo o guardanapo suavemente sobre sua boca, enquanto seus olhos me fitam.

— Obrigada — ela desvia seus olhos dos meus.

— Posso te perguntar uma coisa? — ela volta o olhar pra mim, assentindo com a cabeça — Você já namorou?

— Sim, já tive dois namorados na verdade. — ela responde mais rápido do que eu imaginava.

— E o que aconteceu? Por que não foi adiante?

— O primeiro foi um namoro que só durou no período escolar. E o segundo não deu certo mesmo.

— Como assim não deu certo? — ela me olha parecendo estar desconfiada do meu interesse.

— Bom, ele tinha planos diferentes dos meus pra época, tipo morar junto e mudar de país e eu não, ele era um bom rapaz só não era pra ser.

— Ainda gosta dele? — pergunto temendo a resposta.

— Por que quer saber? — ela semicerra os olhos.

— Nada, só curiosidade — minto.

Preciso saber se tenho chance ou não, se ela ainda tiver sentimentos pelo ex é inútil que continue a me iludir.

— Não, eu não gosto dele e já faz muito tempo. — sinto meu semblante relaxar com sua resposta.

— E está gostando de outra pessoa? — vou mais afundo e ela engole seco.

— Jason, é melhor ir pro meu quarto, né? Já está tarde. — ela se levanta e eu me levanto também.

— Me desculpa, eu não quis ser desagradável. — me arrependo de ter feito tais tipos de pergunta. Porém é necessário, se ela minha confirmasse que se interessa por outro homem que não seja eu, somente respeitaria e teria relação com ela estritamente profissional.

— Não é isso. É complicado. — ela suspira parecendo impaciente e vai até à porta, sai por ela após lançar um olhar confuso em minha direção.

Minha vontade era ir atrás dela, porém preciso respeitar seu tempo. Fiquei confuso, pois não obtive minha resposta.

Os sentimentos que tenho por ela são nutridos dia após dia, sempre que estou perto dela esqueço tudo ao meu redor, é tão natural o jeito que agimos um com outro que até me esqueço que ainda não falei o que sinto, esqueço que é minha secretária e na maioria das vezes a trato como se fosse minha amiga, uma amiga que gosto muito.

Predestinado a você •CONCLUÍDO✓Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu