•CAPITULO 20•

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Jason

Eu havia notado que Alana estava meio pra baixo, triste quando veio até mim, então fiz o que estava ao meu alcance. Não sabia muito bem o que fazer para alegrá-la , mas pelo menos posso dizer que tentei.

Eu nunca fui o tipo de cara romântico que fica dando presentes, ou querendo agradar às mulheres mas sei que muitas estão tristes, gostam de afogar as mágoas comendo chocolates ou sorvete.

Por isso na hora do almoço decidi comprar uma daquelas caixas com bastante chocolate, um dos melhores eu diria. Antes de entrar no carro vi uma floricultura do outro lado rua, as rosas estavam lindas e chamativas, nunca comprei buquê de flores na minha vida, e na primeira oportunidade em que tenho de comprar um, Alana é a única mulher que me vem em mente.

Toc! toc!

Ouço alguém bater na porta.

— Pode entrar. — falo de frente para a grande janela, que me permite ter uma vista privilegiada da cidade.

— Licença. — Alana vem com aquele sorriso meigo que consegue iluminar o meu dia estressante.

— Alana. É você, quer sentar? — digo puxando a cadeira à sua frente para que se sente.

— Obrigada Jason, só vim mesmo agradecer pessoalmente pelo presente. — ela diz toda tímida com as bochechas coradas.

— Você gostou?

— Sim, na verdade eu... Amei muito — fala com um sorriso singelo.

— Fico feliz que tenha gostado. — dou um passo me aproximando um pouco — Está ansiosa com a viagem? — tento investigar o motivo da sua preocupação.

— Um pouco, como você já deve imaginar, tenho medo de viajar de avião. — ela fala envergonhada passando a mão no seu cabelo.

— Não se preocupe, não vai acontecer nada, o avião em que viajaremos é muito seguro. Sou bem rígido em relação á isso.

— Assim como é em relação aos elevadores da empresa? — sorrio do seu tom irônico — Brincadeirinha. — ela tenta conter o riso — De qualquer forma prefiro tomar um calmante pra dormir durante a viagem.

— Se vai se sentir bem assim. — Ela confirma com um maneio de cabeça.

— Se você me der licença, agora preciso voltar ao trabalho.

— Claro. Fique à vontade. — ela se retira da sala.

***

Já estava a caminho do elevador quando passei em frente à sala de Alana. Percebi que a porta está entreaberta, me aproximo e antes de entrar observo que ela está concentrada no que quer que esteja fazendo uma hora dessas.

Alana realmente demonstra amar seu trabalho, é dedicada e esforçada no que faz e isso me encanta.

Ela para o que está fazendo e abre um sorriso ao olhar pro buquê que lhe dei mais cedo, leva próximo ao rosto sentindo a fragrância das rosas. Nesse momento tenho vontade imensa de correr até ela e a beijar.

Meu pai sempre me falava que um dia o jogo ia virar, que em vez das mulheres correrem atrás de mim, eu correria atrás de uma mulher. Sua previsão estava certa, Alana somente com aquele seu jeitinho único conquistou meu coração de uma maneira que nem eu mesmo consigo explicar.

Sem querer debruço um pouco pra frente fazendo a porta se abrir. Alana, óbvio, me olha assustada recolocando o buquê sobre a mesa.

— Jason, o que faz aqui? — pergunta com o cenho franzido — Estava me espionando?

— Bom... Estava. — sou sincero. Seu semblante parece suavizar com minha franqueza — É que a porta estava aberta, e vim te oferecer uma carona.

— Eu agradeço, mas ainda tenho muita coisa pra fazer, e além disso...

— Nada de ficar até de noite, Alana por favor, é perigoso pegar táxi ou ônibus durante à noite. — interrompi a repreendendo.

Mesmo que ela fosse no seu carro não iria permitir que saísse tão tarde da noite, imagine então ir pro ponto de ônibus.

— Mas Jason! — ela se levanta em protesto.

— Sem mas, você não sabe que é perigoso? Pode ser assaltada, sequestrada e até assediada? — acho que assustei ela, pois a mesma murchou a pose rapidinho — Então, vamos? — vou em direção à porta.

Ela cruza os braços parecendo desconfortável com algo.

— É melhor você ir na frente. — me viro pra ele que coloca uma mecha de cabelo atrás da orelha enquanto olha pro chão.

— Por quê? — pergunto com o cenho franzido caminhando em sua direção.

— Você sabe, não é bom que as pessoas nos vejam saindo juntos,muitos aqui coisas que acabam criando histórias que não existem, boatos á respeito de coisas que não aconteceram. — fala com os braços cruzados, visivelmente chateada — Não quero criar problemas aqui dentro por conta de fofocas ou algo semelhante.

— Mas se as pessoas estão criando boatos sobre assuntos que não lhe dizem respeito, o problema está nelas e não em você. — A medida que me aproximo, ela descruza os braços, como se tivesse receio de algo.

Ela se afasta dando dois passos para trás. Decido manter a distância já que ela parece temer uma nova aproximação.

— É... Você tem razão, vamos! — Fala rápido demais, confirmando minhas suspeitas de que está rolando uma tensão aqui.

Abro um sorriso e ela me olha confusa erguendo uma sobrancelha.

— O que foi? Por que tá rindo?

— Da sua reação. — Me apoio na sua mesa com abrindo um sorriso lascivo.

— Tá com medo que eu te agarre? — Começo a caminhar lentamente em sua direção. — Ou tem medo de me agarrar aqui?

A sombra de um sorriso se forma no seu rosto, suas bochechas ficam coradas revelando sua timidez.

— Você fica muito meiga com as bochechas coradas, mas não precisa ficar constrangida. Quando eu te beijar de novo será porque me pediu.

— Acha que vou pedir pra te beijar? — sorrio convencido.

— Olha pra ser sincero, acho vai.

— Não sabia que era tão convencido Jason. — pela primeira vez noto um tom malicioso na sua voz — Quer saber de uma coisa? Acho que você vai me pedir primeiro. — sorrio surpreso com seu tom desafiador.

— Por acaso, você tá me desafiando? — semicerro os olhos.

— Na verdade, estou apostando! — é firme nas palavras.

— E o que eu ganho se você perder? — já tenho uma ideia do que quero caso ganhe, essa brincadeirinha vai tornar as coisas muito mais interessantes.

— Faço o que você quiser por uma semana. Mas se eu ganhar, você terá que fazer tudo que eu mandar.

— Essa aposta me parece bem interessante. — estendo a mão pra ela pra selarmos o acordo — Espero que seja uma boa perdedora. — digo lançando uma piscadela pra ela que sorri.

Ela solta minha mão enquanto me encara com um olhar doce. Desvio do seu olhar por um segundo olhando para janela logo atrás, percebendo que já começa a escurecer.

— Acho que a essa hora lá embaixo deve estar quase vazio, então se não que ser vista, a hora é agora. — falo olhando o relógio no meu pulso.

— Só vou colocar isso, aqui. — diz colocando as flores e um jarro — Prontinho, vamos.

Predestinado a você •CONCLUÍDO✓Where stories live. Discover now