Nosso quarto, minhas regras

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Minatozaki Sana

Eu sentia dedo por dedo, cada centímetro, polegada por polegada sobre as minhas coxas, sobre as minhas nádegas, as apertando, me apertando, passos firmes, sem vacilar, batendo a porta atrás do seu corpo, me fazendo ouvir, me fazendo sentir as paredes tremerem sobre tal batida. Tzuyu me jogou no meio da sua cama, como um saco de batatas, ou como uma boneca, com força, com raiva, me fazendo saltar sobre o colchão algumas vezes, pegando o rápido vestígio em ver todo o seu pescoço em carne viva sobre as minhas mordidas, mordida furiosas, como um cachorro raivoso querendo passar raiva ao seu dono, as marcas dos meus dentes eram mais do que visíveis, roxas, esverdeadas, vermelhas beirando ao derramamento de sangue, linhas de veias, sangue interrompido. Mordidas de presença. Mordidas de poder. Mostrando o meu poder sobre ela.

Tzuyu estava com raiva, isso era claro, isso foi claro quando ela me puxou pelo os meus tornozelos, deixando que o seu poderoso corpo caísse sobre o meu, apoiando as suas mãos ao lado da minha cabeça, impedindo que o seu peso se colidisse contra o meu corpo, meus olhos não piscaram, não a mostraram medo, eu não estava com medo, pra falar a verdade eu estava engolindo cada palavra que havia dito antes, colocando para fora toda a minha ansiedade, todo o meu desejo, eu tinha certeza que ela poderia farejar o meu desejo sobre o seu corpo a quilômetros de distância. Inclinei minha cabeça para beijá-la, mas ela recuou, voltou para perto de mim novamente, tentei mais uma vez, Tzuyu se esquivou de novo, me deixando impaciente. O seu sorriso de canto foi vanglorioso. 

- Não, Sana... apenas não. Meu quarto, minhas regras. Seu quarto, minhas regras. Nosso quarto, minhas regras. Entendeu? - ditadora ia contra as minhas regras feministas, mas quem estava se importando com regras feministas quando a porra de Chou Tzuyu estava em cima de mim, mandando obedecê-la da forma mais pecaminosa que poderia existir?! - Eu perguntei se entendeu?

- Sim, eu entendi.

- Ótimo. Cabeça sobre os travesseiros - ordenou, se afastando, me deixando rastejar sobre o seu colchão, apenas a observando entrar sobre o seu closet, meu coração acelerava, eu queria suar, mas a chuva que caía sobre a janela, denunciaria sobre o clima fresco, e não sobre o clima quente que aquele quarto havia se tornado me menos de dez minutos. 

Tzuyu voltou logo em seguida, com duas fitas, uma um pouco mais fina e longa, e outra um pouco mais grossa e curta, queimei interiormente, mais do que já estava queimando se é que possível, meus olhos não se afastaram, nem mesmo quando ela se virou de costas, jogando os seus fios castanhos para trás, os puxando com os seus dedos em movimentos lentos, sensuais, mínimos, fio por fio, até criar um rabo de cavalo, alto, quase perfeito. Ela se virou pra mim, me pegou no flagra sobre cada observação, esfreguei minhas pernas uma na outra, em uma forma de aliviar cada escorrimento que ocorria lá embaixo, tão pronta pra ela que chegava a doer. 

As fitas foram deixadas no pé da cama, os seus dedos desceram, abrindo os botões da sua camisa logo após retirar a sua gravata, a jogando ao seu lado, chegava a ser estupido a forma que o seu corpo era tão bem desenhado, de fato era, a pele um pouco bronzeada quebrava a adrenalina branca, os músculos quebravam a atmosfera suave que os seus olhos criavam conforme me observava dos pés a cabeça, me avaliando, pensando por onde começaria, e só de cogitar tal coisa, eu me remexia ainda mais sobre o grande e grosso edredom, tais movimentos a atraíam, ela gostava quando eu me mexia daquela forma, esperando por ela, ela gostava de ser cobiçada, não era difícil perceber isso. 

A sua camisa foi deixada de lado finalmente, todos os gominhos do seu abdome, o V perfeito e malhada que se escondia sobre o seu cinto, sobre a sua calça, sobre o cós da sua cueca, fazia com que os meus dedos quisessem tocá-la, senti-la, mas eu sabia que Tzuyu não era uma mulher paciente na vida, quem dirá na cama. E eu poderia deixar o meu orgulho de lado, eu poderia seguir as suas regras pelo menos naquele dia. 

My dear wife - SatzuWhere stories live. Discover now