17. Impulsividade e beijos combinam

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#Jiminapaixonado

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Acordo com o som estridente do alarme, e vejo várias mensagens de Namjoon, e são tão perfeitamente normais e simpáticas, que me sinto culpado por todo o rancor sem sentido que senti dele na noite anterior.

Joonie ♥

| Uma perguntinha rápida.

| Você acha que ficaria legal se fizéssemos alguns prendedores de guardanapo?

| Tipo brancos e dourados para combinar com a decoração da mesa?

Jiminie ♥

Acho que vão ficar legais! |

Só precisamos tomar cuidado para não ficar muita informação. |

Respiro fundo depois de responder, não é justo que eu desconte em Namjoon, as coisas nunca foram complicadas com ele. Então faço novamente o exercício mental de lembrar tudo de bom que passamos juntos, assim como o exercício de identificar tudo que estou sentindo, para reconhecer que não, ele não tem culpa.

Me sento na escrivaninha que fica próximo ao armário, pego um caderno antigo e simplesmente escrevo. Tudo, tudo mesmo. O choro vem em meio ao desabafo naquela folha aleatória, e é cansativo, porque sentir dói. Mas não sentir dói mais ainda.

Passo o restante do dia aproveitando meus últimos momentos de liberdade antes de ir trabalhar. E estou com tanto medo de ir trabalhar que quase não consigo sair de casa.

Hoje o meu turno vai mais uma vez coincidir com o de Jungkook, e não sei o que vou dizer para ele. Talvez haja um protocolo para isso. É o tipo de coisa que aparentemente todo adolescente parece saber. O que se diz para um cara depois que você briga com ele por gostar de outra pessoa?

Assim que entro na DIME, olho ao redor e não o vejo, a Sra. Jeon acena para mim de trás da caixa registradora, está cedo, mas já tem bastante gente na loja certamente esperando as novidades da semana. Não vejo Jungkook em lugar algum e respiro em paz.

Mas a paz durou exatamente 30 segundos, foi o tempo em que vi a porta do depósito se abrir o suficiente para o carrinho de mercadorias passar, e é Jungkook quem o está empurrando.

— Oi! – Digo quando ele passa por mim.

— Oi. – Ele responde e por um minuto ficamos parados sem nos olharmos.

— Nós podemos...

— Jimin, está tudo bem. – Ele me corta.

— Tudo bem. – Eu digo cabisbaixo, queria voltar para casa.

— Desculpa. – Eu o vejo engolir em seco, o pomo de adão se projetando, cruzo os braços sobre o peito, para que ele não veja que estou hiperventilando. — Não quero falar sobre isso aqui.

— Tudo bem. – Repito

Não consigo me conter, simplesmente saio em direção ao depósito, ouço quando a mãe dele o chama, e não nos falamos mais pelo resto do expediente. Apesar de nossos turnos serem iguais, também não vamos embora juntos.

Então, vou caminhando por ruas secundárias até em casa, me sentindo completamente atordoado. Meu celular vibra no bolso, e demoro um pouco para me dar conta disso. É quase como se eu estivesse flutuando, mal estou ciente do tempo e do meu corpo e dos meus pés no chão.

Um namorado para Park Jimin [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now