Um namorado para Park Jimin [CONCLUÍDA]

6. Levar um fora pode fazer bem

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#Jiminapaixonado

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Me viro na cama e fecho os olhos absorvendo a música tranquila que sai dos meus fones de ouvidos, é como um ritual: acordo, procuro os fones e escuto as mesmas músicas antes de levantar de fato da cama, apesar de não fazer isso todos os dias, amo os dias como hoje em que tive tempo e disposição para fazer. 

Enquanto escuto as minhas músicas preferidas penso em como agora Taehyung está cheio de mistérios o que é bem esquisito. Eu esperava muita fofoca, já que sempre que ele fica com alguém, ele sai contando todos os detalhes.

Talvez isso seja horrível, mas é parte do processo de envolvimento para ele. Certa vez ele me disse que um beijo não é beijo enquanto ele não me contar. Especificamente para mim.

Eu adorei ouvir isso. Acho que é igual com meus crushes, falar sobre eles com Taehyung parece que os torna reais. Mas, tem algo acontecendo e juro que não estou imaginando as coisas.

Desde o dia na casa do Yoongi, parece que tem uma luz emanando dele. E ele fica sorrindo do nada e ouve aquele disco do August D sem parar. Mas não tocou no nome do Yoongi, nenhuma vez sequer.

E parece errado pedir detalhes, nunca precisei perguntar nada antes.

— MEU DEUS! – Falo assustado depois de abrir os olhos e me deparar com Taehyung me encarando.

— Ótimo! Você acordou. – Ele diz. — Vem vamos tomar café da manhã.

— Só um segundo. – Eu digo, e ele conta até um e me puxa da cama.

Se não fosse meu irmão, eu juraria que estava diante de uma criança de nove anos. Me dou conta que nunca o vi tão radiante. O cabelo está preso em um coque desleixado e ele ainda está de pijama.

É a cara do Seokjin ficar nesse estado animado e vibrante com uma nova paquera, mas é estranho ver Taehyung assim.

Eu o sigo até a cozinha, tentando não fazer barulho enquanto desço a escada. Nossa casa deve ter uns cento e dois anos, e quando você está tentando não acordar seus pais e sua irmãzinha bebê, pode ser uma armadilha gigantesca.

Taehyung cozinha muito mal, então eu assumo o comando da cozinha. Tenho que admitir, gosto de ser indispensável. Ele liga o celular na nossa caixa de som, bem baixinho, e ali está o disco do Agust D mais uma vez. Nada sobre Yoongi ainda.

Depois de um tempo parece que Tae se cansa de ficar sentado, e então ele só fica abrindo e fechando armários, indo da cozinha para a sala de jantar, arrumando pratos e dobrando guardanapos, tudo em um torpor de felicidade.

Está cedo demais, eu sei, e talvez ele esteja atordoado por causa disso, mas mesmo assim. Ele não devia esconder isso de mim. É uma violação de todos os códigos de conduta entre irmãos.

Estou prestes a engolir o orgulho e me tornar, como Seokjin diz, a "Mademoiselle Xereta", quando Sarang estraga tudo ao acordar em uma explosão histérica de sons ininteligíveis.

O quarto dos nossos pais fica bem em cima da sala de jantar, então ouvimos os passos e murmúrios deles, e um pouco depois a porta do banheiro batendo, minha mãe começa o dia amamentando Sarang, então Isaac é o primeiro a descer.

E é engraçado, porque ele está com o mesmo olhar vidrado de Taehyung, por um momento me pergunto se Taehyung conversou com ele primeiro. Mas ele não faria isso. Nunca. Eu sou a pessoa com quem o Tae fala sobre as pessoas com quem ele se relaciona. Sou a pessoa com quem ele fala sobre tudo. Eu acho.