capítulo 28

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Hannah entra enfurecida no castelo,e se dirige às masmorras. Ao entrar na comunal vazia, se joga no sofá.
Ela se enfurece ainda mais ao lembrar do irmão, afinal, que moral ele tinha ao tentar protegê-la agora? Depois de ter deixado Hermione dizer tudo oque disse.

Hannah ouve um barulho nas escadas que levavam ao dormitório, alguém estava vindo, e ao ver Theodore parado na entrada, se afunda ainda mais no sofá, afim de que ele não a veja, mas foi inevitável.
Ele a encara por alguns segundos, e ela tenta fingir que não o viu.

-Algum problema ,Potter?- Nott pergunta.

-Não.- diz sem transparecer qualquer expressão.

-Então por que é que está vestida com uniforme de quadribol, com essa cara explicitamente brava, e esse machucado enorme no pescoço?- Hannah se levanta e toca o mesmo, onde sua mão saiu levemente suja de sangue.

-Ah, sei lá.- diz limpando a mão na roupa.- Deve ser quando eu caí.- diz simples, mas sem encará-lo.

-Caiu?- ele olha para a vassoura.- Aprendendo a voar ,hã?- diz se sentando no sofá ao lado.

-Estava, Bletchley se ofereceu pra me ensinar e...

-O Milo?! Ah, péssima escolha, por isso deve ter caído, ele é maluco.

-Não me diga?- diz esfregando o braço que doía.

-Hannah, escute.- ele senta ao seu lado.- Tem algum problema, comigo?

-Por que teria?

-Eu que pergunto a você, porque no dia que eu te beijei,você...

- Eu só não esperava, você simplesmente...

- E por que contou a Greengrass?

-O que?! Mas eu não contei pra Greengrass, eu detesto ela!- ele dá uma risada sem graça.

-Tem razão...- ele suspira.- Mas você poderia ter me dito que não gostou e...

-E quem te disse que não?- ela diz tirando as tornozeleira.- A Greengrass que te disse foi?- diz sarcástica.

- Ah, não...- ele suspira.

- Conclusões erradas.- diz se levantando novamente e enxugando o suor da testa. Theodore também se levanta, ficando frente a frente com a garota, e a encarando com aqueles enormes olhos verdes. Ele se aproxima ainda mais, ficando com as barrigas praticamente coladas.
Ele retira uma mecha do cabelo de Hannah que estava no rosto, e alguns fios colados pelo suor.

-Posso?- ele segura seu queixo e ela apenas fecha os olhos. Agora com seu consentimento, ele a beija. Hannah coloca as mãos em seu pescoço, enquanto Nott coloca uma mão em sua cintura e outra entre seus cabelos.
Theodore a puxa para mais perto, mas...

-Por que não procuram outro lugar pra se esfregarem? Idiotas...- o tom amargo de Malfoy, acompanhado por uma cara de nojo. E nesse momento Hannah se lembra, devia desculpas a Malfoy, pelas flores.

Hannah e Theodore se soltam.

-Te incomoda?- Theodore pergunta.

-O que?

-Nos beijarmos, incomoda você?

-É claro que não!- ele os olha de cima a baixo com desdém.- Só deveriam procurar outro lugar pra fazer isso.- ele lhes dá uma última olhada enojada e sai da comunal.

-Draco eu...- Hannah diz antes de perder a coragem, e seu orgulho impedir que ela lhe pedisse desculpas. Ela vê que ele já havia saído, apanhando a vassoura do chão, envergonhada. Theodore permanece calado por alguns segundos.

-Não quer ver o treino de quadribol? acredito não ter visto nenhum ainda.

-Você me espera, tirar essa roupa?

-Claro.- ele se senta no sofá e Hannah sobe a escada em  direção ao dormitório, ao entrar no quarto, deposita sua vassoura no habitual lugar, e decide limpar seus ferimentos.
Enquanto passava o algodão, Hannah se lembrava do beijo, e de como eles conseguiam agir normalmente depois daquilo... Seus pensamentos mudaram para as mãos firmes de Theodore a segurando, e... Malfoy! Oh! Sempre o Malfoy pra estragar alguma coisa.

Depois de limpa, Hannah retira o uniforme de quadribol e coloca uma roupa confortável, como habitual, jeans e camiseta. Quando retornou a comunal, Theodore estava lá, e quando a viu, se levantou. Hannah pôde perceber que ele adorava usar suéteres, quando não estava de uniforme.

-Gostei da blusa!- Nott a elogia colocando as mãos no bolso.

-Ah, é uma banda trouxa.- diz apontando para o símbolo do Nirvana.

-Vamos?- ela confirma com a cabeça e eles saem da comunal. Theodore deposita a mão em seu ombro, até chegarem no campo, onde sua mão desce até seu punho, o segurando, e puxando Hannah até as arquibancadas do campo, onde vários alunos da sonserina já estavam sentados, inclusive Malfoy e as irmãs Greengrass, mas Hannah não encontrou Parkinson.

-Que é que tem de tão empolgante? Todos estão aqui.

-Você vai ver.- ele ri.

Após alguns minutos, quando os sete jogadores da grifinoria saíram do vestiário para a claridade do campo, ouviram uma tempestade de vaias e assobios da equipe de quadribol da Sonserina e de mais alguns, agrupados no meio das arquibancadas vazias, onde Hannah estava; suas vozes ecoavam ruidosamente pelo estádio.

-Que é aquilo que o Weasley está montando? - berrou Malfoy, debochando com o seu jeito
arrastado de falar. - Por que alguém lançaria um feitiço de voo num pedaço de pau velho e mofado como aquele?

Crabbe e Goyle davam escandalosas gargalhadas. Rony montou sua vassoura e deu impulso do chão, e Harry o seguiu. Hannah pode ver que Rony estava incomodado e envergonhado.

-Não ligue para eles - Theodore disse.-Sempre fazem isso, principalmente quando jogamos contra a grifinoria.

-E você? Não quis entrar pro time?

-Até parece...- diz rindo.- Fala sério, olha pra eles.- aponta para o time da sonserina lá em baixo.

-Ei, Johnson, afinal que penteado é esse? - esganiçou-se Daphne da arquibancada. - Por que alguém iria querer parecer que tem minhocas saindo do crânio?- Hannah se assusta com o comentário racista da garota.

A capitã afastou suas longas tranças do rosto e continuou calmamente, pelo que parecia, instruir seu time.

Harry deu meia-volta e se afastou dos outros em direção à extremidade do campo. Rony recuou para o gol oposto. A capitã ergueu a goles com uma das mãos e atirou-a com força para Fred, que a passou a George, que a passou a Harry, que a passou a Rony, que a deixou cair.

Os garotos da Sonserina, liderados por Malfoy, urraram de tanto rir. Rony, que mergulhara em
direção ao solo para apanhar a goles antes que ela tocasse o chão, saiu mal do mergulho e
escorregou pelo lado da vassoura, em seguida voltou à altura normal de jogo, corando.

- Passe adiante, Rony - gritou Angelina, como se nada tivesse acontecido.

Rony atirou a goles para Alícia, que a passou a Harry, que a passou a George...

- Ei, Potter, como está sua cicatriz? - gritou Malfoy. - Tem certeza de que não precisa se deitar um pouco? Já deve fazer, o quê, uma semana que você esteve na ala hospitalar, isso é um recorde para você, não é, não?

Harry o olha enfurecido, e retorna ao jogo.

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Amor Paradoxo- Draco Malfoy Onde as histórias ganham vida. Descobre agora