capítulo 11

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-Você não está aí! - admirou-se Hannah, depois de examinar a parte inferior da árvore.

-Costumava estar aqui - respondeu Sirius, apontando para um buraquinho redondo e carbonizado na tapeçaria, que lembrava uma queimadura de cigarro. - Minha meiga e querida mãe me detonou depois que fugi de casa... Monstro gosta muito de resmungar essa história.

-Você fugiu de casa?

-Podem nos dar licença?- Harry e Hermione saem.- Quando tinha uns dezesseis anos. Já estava cheio.

-Aonde você foi? - perguntou Hannah.

-Para a casa do seu pai - respondeu Sirius. - Seus avós foram muito compreensivos; meio que me adotaram como um segundo filho. É, eu acampava na casa do seu pai durante as férias escolares, e quando fiz dezessete anos montei casa própria. Meu tio Alfardo me deixara um bom dinheiro, ele também foi removido da tapeçaria, provavelmente por essa razão, em todo o caso, a partir daí cuidei de mim mesmo. Mas eu era sempre bem-vindo na casa dos Potter para o almoço de domingo.

-Mas... por que você...?

-Saí de casa? - Sirius sorriu com amargura e passou os dedos pelos cabelos longos.

-Porque odiava todos eles: meus pais, com a mania de sangue puro,convencidos de que ser um Black tornava a pessoa praticamente régia... meu irmão idiota, frouxo suficiente para acreditar neles... olhe ele ali.

Sirius enfiou um dedo bem na base da árvore, indicando "Régulo Black". Uma data de falecimento (há uns quinze anos) seguia-se à do nascimento.

-Ele era mais novo e um filho muito melhor do que eu, meus pais não se cansavam de me lembrar.

-Mas ele morreu - disse Hannah.

-Morreu. Um idiota... juntou-se aos Comensais da Morte.

-Você está brincando!

-Ora vamos, Hannah, você já não viu o suficiente nesta casa para saber que tipo de bruxos era a minha família? - disse Sirius irritado.

- Eles eram... os seus pais, Comensais da Morte também?

-Não, não, mas pode acreditar, eles achavam que Voldemort estava certo, eram totalmente a favor de purificar a raça bruxa, de nos livrar dos nascidos trouxas e entregar o comando aos puros-sangues. E não estavam sozinhos, havia muita gente antes de Voldemort mostrar sua verdadeira cara que acreditava nele... se acovardaram quando viram a que extremos ele estava disposto a ir para assumir o poder. Mas aposto que meus pais achavam que Régulo era o perfeito heroizinho quando se alistou logo no começo.

-Quem o matou?

-Ele foi morto por Voldemort. Ou por ordens de Voldemort, o que é mais provável;duvido que Régulo tenha se tornado bastante importante para ser morto por Voldemort em pessoa. Pelo que descobri depois de sua morte, ele acompanhou o movimento até certo ponto, então entrou em pânico com o que lhe pediam para fazer e tentou recuar. Bem, ninguém simplesmente entrega um pedido de demissão a Voldemort. É um serviço para a vida toda.

Hannah observa a tapeçaria, um pouco pensativa.

-Não gosto de dizer isso mas... Minha mãe tinha razão.... Você é idêntica a ela... Tem até os olhos dela...

- Dela quem?

-Sua avó, Euphemia...

-Euphemia é meu segundo nome...- diz surpresa.

-Uhum... Seu pai quis fazer uma homenagem a mãe... Uma boa mulher, a Euphemia... Me acolheu como filho... Vocês se parecem tanto... O sorriso, o olhar... A personalidade...
Eufêmia era uma mulher que preferia ter um controle firme dos assuntos, às vezes manipulando com sua astúcia para mudar a percepção das pessoas sobre as coisas. Ela era sarcástica e competitiva.Euphemia era gentil, embora severa,bem-humorada, mas também justa.

Amor Paradoxo- Draco Malfoy Onde as histórias ganham vida. Descobre agora