Capítulo 13 - Cada vez mais estranho

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Caminho calmamente pelo jardim da mansão, passando pelo local onde os cavalheiros treinam até chegar em uma árvore um tanto quanto próxima do muro. Em sua sombra me sentei e encostei minhas costas no tronco, suspiro ao olhar para o muro enorme. Tudo que preciso agora é achar aquilo antes do festival.

– Lalisa pode trazer algo para eu comer? Um sanduíche e um chá seriam ótimos.- Peço para a ômega  que apenas assenti e sai de perto de mim.

Enquanto Lalisa não chega, começo a ler o livro que trouxe comigo; é incrível como realmente dá para ler, achei que seria apenas umas páginas em branco com traços tortos para simular a escrita.

Continuo lendo até que  ouço passos e o barulho das cerâmicas se colidindo levemente, só podia ser Lalisa, por isso paro e olho em sua direção, mas quem vejo não é minha dama de companhia e sim meu irmão mais velho, Seokjin, com uma bandeija  cheia de coisa em mãos. Vê-lo me surpreendeu, afinal, achei que ele não iria querer me ver depois do que aconteceu no baile.

– Você está bem?- Sua pergunta me pegou de surpresa.

Fico em silêncio só olhando para ele, até que noto a porcentagem de amor em cima de sua cabeça com outro número, o que me deixa ainda mais chocado, agora está em 6%. Como isso subiu?

– Como?- Falo, não para responder a pergunta de Seokjin, mas para questionar esse aumento súbito na porcentagem de amor.

– Nada, aqui está o lanche que você pediu.- Se ajoelha e coloca a bandeija ao meu lado.

– Por que você o trouxe, jovem mestre?- Questiono, afinal, não é algo que ele faria.

– Ah, é que eu queria falar com você, Yoongi.- Responde.

– Comigo?- O que Seokjin poderia querer comigo?

Suspiro pois, só poderia ser uma coisa, o que aconteceu no baile, provavelmente ele vai me repreender por ter “”feito”” um show com meu desmaio.

– É sobre o baile? Me desculpe por ter causado um pequeno escândalo com meu desmaio, sei que devo ter envergonhado você, jovem mestre, então peço perdão pela minha falta de consideração, eu aceito…- Antes que eu pudesse continuar, meu irmão me interrompe.

– Não é isso, então pare de dizer essas coisas.- Disse um tanto nervoso, me deixando confuso, pois se não era isso, o que seria?

– Então… o que deseja comigo?- Pergunto totalmente confuso e curioso.

– Por que está me chamando de jovem mestre agora?- Sua pergunta me pegou desprevinido, afinal, não era isso que ele queria desde sempre?

– Perdão?

– Esqueça.- Disse enquanto enfiava a mão no bolso.- Aqui, isto é para você.- Me entregou um lenço roxo.- Um ômega não deve andar sem um lenço, principalmente um ômega da família Park, assim evita de receber e guardar coisas de alfas que não conhece ou não tem intimidade.

Pera… ele ta falando do lenço do que Hoseok me deu? Como ele sabe que eu guardei? Bem que Lalisa disse que ele mandou jogar o lenço fora…

– Obrigado, jovem mestre.- Digo enquanto pego o lenço de sua mão, sua textura é tão macia e só por isso posso dizer que deve ter sido bem caro.- Irei cuidar muito bem dele.- Sorriu, estou um pouco feliz com isso, afinal, é o primeiro presente que ganhei de um irmão mais velho, nem meu verdadeiro irmão mais velho me deu um de presente.

Olho para Seokjin e vejo que ele está estático, como se estivesse em choque, o que me deixou preocupado; será que disse algo errado? Olho para seu medidor de amor e vejo ele brilhar como sempre brilha quando o número vai mudar.

– Jovem mestre?- O chamo receoso, o tirando do transe.

– Eu… estou indo, tenho coisas importantes para resolver.- Se vira e sai rapidamente de perto de mim, mas antes que ele fique muito longe para eu conseguir enxergá-lo, vejo que sua porcentagem de amor subiu, agora está em 10%.

Esse jogo é maluco, ainda não consigo entender como faço para esses números subirem. Bom, também tenho coisas para fazer, então mãos à obra, mas antes vou comer meu lanche.

[...]

– Te achei!!- Digo animado ao achar o que tanto procurava.

Depois de comer, comecei a andar próximo ao muro para achar o burraco que tem nele, essa será minha rota de fuga para ir ao festival. O encontrei acidentalmente ao tropeçar em uma pedra, mas isso a gente releva.

Esse burraco é usado pelos cavaleiros para fugirem dos treinos, porém mesmo já sabendo disso, não sabia onde ele estava e o jogo não parece que iria me dá essa informação, afinal, ele foi feito por psicopatas que a qualquer momento vão fazer algo para tentar me matar. Mas bom, eu poderia pedir a permissão de meu pai para ir ao festival, porém teria que levar um guarda comigo, o que não me permitiria seguir com meu plano de encontrar Namjoon, por isso esse é o único jeito que tem deu sair.

Me levanto do chão e começo a tirar toda a poeira que grudou em minha roupa, ainda bem que ela não é branca se não Lalisa me daria uns cascudos por ter sujado ela.

– O que você está fazendo?- A voz grossa repentina me assustou, me fazendo gritar e da um pulo para trás.

Quando viro minha cabeça na direção da voz, me deparo com meu segundo irmão mais velho, Taehyung, com sua roupa de treino e uma espada de madeira na mão. Sua blusa branca está transparente por esta encharcada de suor, o que faz que meus olhos foquem diretamente em seu abdômen sarado, mas logo mudo eles de direção e olho bem para seu rosto.

Ok, esse físico me pegou desprevenido, eu jurava que ele não era tão sarado.

Continua...

Notas da autora!!

Quem é vivo sempre aparece não é mesmo!?

Já faz bastante tempo  que não atualizo essa fanfic, então gostaram?

Até o próximo capítulo e desculpa pelos erros!!

Um novo Final para o VilãoWhere stories live. Discover now