𝐒𝐓𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐑𝐒 𝐅𝐑𝐎𝐌 𝐇𝐄𝐋𝐋 [Em Revisão]

12🥀𝐌𝐨𝐨𝐧-𝐉𝐨

Já se foi a terceira garrafa de vinho, Liv estava fora de si, e Moon-jo não havia tomado mais que duas taças, o vinho que a doce Olivia lhe servia era jogado na pia, que estava bem próxima de Moon-jo.

- Há uma certa fala, de que só três pessoas falam a verdade! - Moon-jo olhou nos olhos grandes, brilhantes e embriagados de Liv.

- Aê? E quais são essas pessoas? - sorriu como se andasse nas nuvens.

- As crianças, os furiosos e - aproximou-se do ouvido da mulher cheirosa - os bêbados!

- É verdade! - a fala se atrasou e era visível que Liv não se aguentava em pé.

- Então, vai ser sincera comigo Liv? - continuou dizendo docemente enquanto a mulher se levanta mole.

- Vou sim, mas eu preciso deitar! Não deveria bebeber tanto - ela disse cambaleando até a sala.

Se jogou no sofá e Moon-jo se ajoelhou ao lado do sofá, ficando de frente a mulher que o olhava sorrindo como uma criança levada.

- O que sente por mim? - Ele se manteve olhando nos olhos dela com o olhar frio.

- Sabe, se eu dissesse que amo eu estaria mentindo, mas é quase isso. - tampou o rosto timidamente.

- Você bateu com a cabeça? - disse pegando delicadamente o braço que cobria o rosto de Liv.

- Não, você é bonito, e asiático como eu e misterioso, e sentimental, e eu já disse bonito? - riu de forma sincera e bêbada.

- Sim, duas vezes! - deu uma risada. - Se eu estivesse correndo perigo, mataria alguém por mim?

- Claro, claro que sim, eu mataria e morreria por alguém que eu amo. - disse olhando seus olhos sem expressão.

- Acabou de dizer que estaria mentindo se dissesse que me ama...

- Eu mataria por qualquer um que um dia eu chegue a amar. A menos que você me machuque, aí eu te mataria. - disse rindo. - Eu faria sabão com seu corpo.

- Que específico! Eu mataria por você também! - pegou no pescoço de Liv que olhava para ele perplexa. - Não sente medo? De que eu tente te matar assim como seu pai? - agora usando as duas mãos sobre o pescoço de Liv.

- Não. Eu confio em você.

- Que ótimo Liv, então como quer que eu te mate, amor? - sua expressão era séria, enquanto continua a apertar seu pescoço.

- De amor. - gargalhando como uma adolescente obscena.

- Acho que enforcando é mais eficaz! - riu de volta.

- Eu fui sincera, agora seja comigo! - devolveu a fala.

- Ok, pergunte, sei que quer fazer isso.

- Você realmente tá fazendo isso por que quer ser meu namorado, ou só tá sendo gentil por que sente pena?

- Pena? De você? - isso soou ridículo.

- Sim Moon-jo, tá sendo legal? Aquela coisa toda em despachar o Andrew, jantar comigo, me deixar te ajudar nos móveis da sua casa, ser gentil com o Ercik mesmo depois daquela cena toda. O que eu sou pra você? - se sentou no sofá olhando dentro dos olhos, e talvez da alma, de Moon-jo.

- Minha obra de arte!

Liv sorriu eloquentemente, e abraçou ele, que não retribuiu seu abraço, eram pontos de vista diferentes, uma obra de arte para Liv era amor, beleza, e vida. Para Moon-jo, era uma máquina de destruição em massa.

- Liv, assim você vai me quebrar! - falou com a voz abafada pelos braços de Liv.

- Eu te monto de volta! - o sorriso sincero de Liv poderia fazer qualquer um se arrepender de tamanha traição sequer que havia lhe feito, exceto por Moon-jo.

A mais nova soltou Moon-jo, olhou nos seus olhos, e apagou, seu corpo cedeu para trás e Moon-Jo ajeitou sua silhueta no sofá que era retrátil, confortável e prático. Lhe cobriu, apagou as luzes e fora se deitar, não conseguiu perguntar tudo que queria a Liv, mas o tempo estava a seu favor.

A manhã foi chegando de mansinho, a luz do sol entrava timidamente pela janela, penetrando suavemente nas cortinas, e se tornando cada vez mais forte e presente.

Liv levou a mão em frente aos olhos, se levantando devagar, sentindo uma forte dor de cabeça, eram como pontadas dos dois lados nas regiões oculares, uma ressaca logo foi confirmada depois de sentir que seu estômago estava tão fraco que poderia vomitar com o simples cheiro de ovos com bacon.

- Bom dia opala. Bebeu demais ontem então fiz um café forte e sem açúcar! - Moon-Jo põe a bandeja sob o colo de Liv.

- Bom dia, sinto muito, sou péssima com álcool não consigo parar! - sorriu com certo desconforto.

- Tudo bem, aqui tem dois comprimidos, um para seu estômago que com certeza deve estar enfraquecido e outro para sua dor de cabeça.

- Você é realmente um anjo! - disse pegando a vasilha delicada que continha os dois compridos, os mandou para dentro e tomou o líquido, preparando-se mentalmente para engolir o café.

- Você acha? - sorriu pendendo a cabeça para o lado.

"Um anjo caído? Sim."

Liv comeu confortavelmente, seu coque estava bagunçado mas lhe dava um ar humanizado, e realístico, diferentemente da Olivia psicóloga que estava sempre impecável, com cabelos bem penteados, rosto limpo e batom sutil.

- Vou me trocar, fique a vontade! - Moon-jo deu espaço para que a mais nova comesse confortavelmente em seu tempo.

A mesma terminou minutos antes de Moon-jo aparecer na cozinha e flagrar a mesma lavando os talheres, educadamente secou as mãos e ignorou tudo sobre o que Moon-jo havia lhe dito sobre não precisar se preocupar com as loucas.

- Eu preciso ir pra casa, mas podemos sair mais tarde, tem coisas que quero te mostrar em Quebec! - disse Olivia sorrindo antes de sair pela porta. - Me pegue as oito e trinta.

- Estarei lá com certeza! - ele a olhou no fundo dos olhos que agora eram mais brilhantes e ao ver a porta do elevador fechar, corre para dentro.

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Quando Liv chegar em casa vai ver que tem uma surpresa não muito boa esperando impaciente por ela.

Cantarolando Liv tira seus loubotins, e anda confortavelmente pela rua, entra no prédio onde residia, da bom dia ao porteiro do prédio do turno matinal com um grande sorriso, sobe pelo elevador e ao sair..

- Você aqui? - sua boca seca e o sangue some do rosto.