Capítulo 12

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            O Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, mais conhecido como Aeroporto do Galeão, está localizado na Ilha do Governador, uma ilha da Baía de Guanabara, na região Norte da cidade maravilhosa.

            O Galeão é o maior aeroporto da cidade e o segundo maior do país e, por isso, chegou a receber pousos e decolagens do mítico Concorde, o avião supersônico de passageiros que fazia a linha Paris-Rio em apenas sete horas.

            Em uma das plataformas de estacionamento havia um supercargueiro Boeing C-17 Globemaster III, todo em cinza escuro. O avião tinha cinquenta e três metros de comprimento, cinquenta e dois de envergadura e capacidade para levar até setenta e sete toneladas de equipamentos. Bandeiras americanas, no bico e na cauda, anunciavam sua origem e as letras garrafais nos lados e nas asas, a quem pertencia: U. S. AIR FORCE. Porém, naquele momento, era a NSA que fazia uso dele.

            Era algo colossal.

            A agência tinha providenciado um verdadeiro centro de controle nas entranhas daquele monstro. A metade da frente possuía dois níveis. O inferior: tomado por monitores, computadores e diversos outros equipamentos eletrônicos, e o superior: com armas, munições, e alguns soldados, que descansavam sentados ao lado da entrada para a cabine do piloto. Na traseira, estavam dois Malibus pretos. Próximo aos veículos, o diretor Ed Smith perdia sua paciência com Will Baker.

            — Diga logo, Will. Será melhor para todos vocês.

            Os machucados no rosto de Baker eram visíveis. O mesmo não se podia dizer daqueles em seu tórax. Havia sido agredido por algumas horas, desde a sua chegada naquele avião.

            — Vá se ferrar, Ed – disse Will ofegante.

            Elisa e Carol, ainda amarradas, haviam acordado e presenciavam as torturas perpetrada por Collins.

            O brutamontes se aproximou do rosto machucado de Baker e sussurrou:

            — Eu posso ficar aqui por muito tempo. Será um prazer retribuir tudo o que você me fez no passado – em seguida, levantou-se com um leve sorriso, de quem estava gostando daquilo.

            As agressões iriam continuar, mas Will foi salvo pelas informações que Thompson trazia.

            — Senhor, eu rastreei a ligação do celular das meninas e achei o garoto – disse o agente ao diretor.

            — Ótima notícia. O que mais conseguiu?

            — Acessamos as câmeras de vigilância pública e particular da região e consegui imagens de uma hora atrás. O alvo estava com outro garoto e se dirigiram para o centro da cidade, uns quinze quilômetros daqui.

            — Mostre-me as imagens.

            Eles foram até a área dos computadores e Thompson apertou o botão de play para que o vídeo continuasse. O monitor mostrou dois rapazes andando por uma avenida, onde muitos taxis e ônibus transitavam.

            — Ali – gritou o diretor. — Volte a imagem. Agora vá devagar. Isso. Pare. Bom... aumente a imagem e a sua resolução nessa área aqui – indicou onde estava Daniel, e mais precisamente, apontou para a mão do garoto.

            O soldado que manuseava o computador selecionou o local e a máquina começou mostrar que Daniel segurava algo.

            — Aumente mais – a imagem de uma chave ficou nítida na tela. — Uma chave de banco... Ele vai pegar a esfera!


O Explorador de Mundos - A Esfera de CristalOnde as histórias ganham vida. Descobre agora