Uma mulher marcada com um passado horrível, refém de seus medos e de sua própria mente, Aisha viveu anos sofrendo nas mãos das pessoas que deviam a proteger e com isso se fechou para o mundo, no fundo tinha esperança de que o príncipe encantado em u...
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- Senhora não acha que deveria ir para casa? - Leonard o sub gerente do restaurante pergunta me fazendo o olhar sério - Me perdoe, é só que a senhora tem trabalhado há uma semana sem parar, chega cedo e sai no último turno, não faz bem para a saúde.
- Eu estou bem - falo bebendo uma taça de vinho enquanto ele suspira - Daqui a pouco vou para casa
- Ok, com licença - diz se retirando da minha sala.
Me recosto na cadeira e olho para a tela do notebook onde tem uma foto das duas pessoas que não saem da minha mente há um tempo, e que perturba meus pensamentos desde que me beijaram a uma semana.
Aaron e Austin, duas pessoas iguais, mas diferentes nas suas maneiras.
Aaron tem um sorriso safado, faz brincadeiras que me irritam, mas no fim pede desculpas com uma cara que (eu nunca direi isso em voz alta) me derrete e faz eu perdoar suas idiotices.
Austin é fofo, sensível e carinhoso a todos tempo, ama que eu assista suas séries com ele e comenta sobre o que está acontecendo.
Mas nada disso justifica o beijo que deram em mim.
Não deveriam ter feito aquilo.
Eu não deveria ter aceitado e retribuído, isso é errado de tantas maneiras que eu não consigo falar em voz alta, ou até mesmo olhar na cara deles.
Uma semana que estou saindo cedo e chegando tarde para não vê-los.
Entro escondida para que não me vejam, eu não saberia como reagir e prefiro não arriscar.
Além de que eu não sei se estou pronta para ver os dois e constatar o que venho empurrando da minha mente durante toda semana.
Fecho a porta do meu quarto e verifico todas as janelas e trancas, alguns hábitos nunca morrem.
Entro no banheiro e tiro a roupa para tomar banho, deixo a banheira enchendo com água morna e me coloco dentro dela sentindo o corpo relaxar.
Suspiro e encosto minha cabeça na borda da banheira, olhos para o teto e involuntariamente vem os meninos em meus pensamentos.
Toco meus lábios lembrando dos beijos que me deram, Austin parecia tímido e sem prática, Aaron foi dominante em seu beijo e voraz.
Eu não deveria estar pensando nisso, não mesmo, é errado de tantas formas que nem sei explicar.
Eles são filhos de Erick que apesar de tudo ainda é meu marido, algo entre a gente é impossível de acontecer.
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Abro a porta do quarto e saio em passos lentos pelo corredor, paro de frente a porta dos meninos e olho para ela.
Balanço a cabeça e desço as escadas até a cozinha, ainda é cedo e preciso treinar antes de ir para o restaurante, abro a geladeira e pego a jarra de água para encher minha garrafa.
