Aisha Ruskin
- Vai sair? - Erick questiona e assinto.
- Tenho algo para resolver no restaurante - respondo pegando a chave do carro.
- Ok, vou sair, provável que ao chegar eu ainda não esteja em casa - diz e assinto sabendo exatamente o que vai fazer.
Saio do quarto e deixo ele para trás, entro no elevador e desço para a garagem, entro no meu carro e dirijo em direção ao restaurante.
O caminho é lento devido a chuva que cai forte do céu, estaciono meu carro na vaga exclusiva e vejo um único carro esportivo parado alguns metros, pego o guarda chuva e saio do carro, pego as chaves do restaurante e abro a porta vendo a porta do outro carro ser aberta e um homem caminhar até onde estou, por precaução coloco a mão na arma nas minhas costas.
- Você é pontual, talvez eu quem seja apressado demais - ouço ele dizer e o olho de cima a baixo, deixo que ele entre na frente e fecho a porta - Então quem eu tenho que matar?
- Primeiro preciso esclarecer algumas coisas - falo e mostro uma mesa a ele, me sento tendo seu olhar sobre mim.
- Que tipo de coisas? - questiona e encosta na cadeira.
- Vou te passar o nome das vítimas e tudo que precisa saber sobre elas, vou pagar caro para que não faça nada fora do que está escrito aqui - falo vendo ele curioso.
- Eu só preciso dos nomes e e faço minha própria pesquisa, prefiro assim - diz e nego.
- Não, eu tenho tudo que precisa aqui para que mate a eles, pago o quanto quiser, dinheiro não é problema para mim - falo me endireitando a cadeira e ficando mais séria ainda.
- Se eu não fizer minha pesquisa fica ruim para matar, apesar de ser assassino de aluguel eu tenho meus limites para matar pessoas - diz e reviro o olhos.
- Vou te dar os nomes das vítimas, mas você não vai ver nada deles além disso, família, nada - falo séria - Tenho uma pasta com informações, você olha ela e faz uma pesquisa, mas como eu disse sem ver nada sobre a vida pessoal deles.
- Quanto mistério - diz zombeteiro - Fica um pouco complicado assim.
- Já disse, dinheiro não vai ser problema - repito - E eu também quero que seja específico para matar eles.
Como quer? - questiona interessado.
- Você pode torturar eles como quiser, mas precisa deixar o rosto intacto para quem for os reconhecer ache que foram vítimas de um assalto - falo - Eu vou resolver tudo com o médico legista para dizerem que foi algo simples como uma facada, por isso os corpos são todos seus.
- Eu gosto como isso soa - diz sorrindo - Posso ficar com um membro?
- Se quiser - dou de ombros - E tenho mais outra coisa.
- Conte-me senhora Falconni - diz sorrindo de lado.
- Após terminar seu serviço eu vou te recompensar bem, mas não quero você envolvido com nada que tenha a ver comigo - digo séria - Se me ver na rua ignore, se possível esqueça que um dia nós conversamos e fizemos um acordo.
- Isso é fácil - diz ficando de pé - Só isso?
- Por enquanto só - digo e suspiro - Se possível eu queria poder ter uma conversa com os dois antes de você os matar.
- Fica meio complicado, eu teria que te vendar e levar ao local - diz e engulo em seco.
-Eu aceito - falo.
- Ok, farei minha pesquisa com todas as poucas informação que posso e ligo para dizer quando vou mata-los - diz balançando a pasta - Até mais ver Aisha Falconni.
Vejo ele sair pela porta e me sento engolindo em seco.
Suspiro encostando minha cabeça na mesa e suspiro sentindo um frio bater em meu corpo, sinto ele ficar tenso quando escuto passos e saco a arma apontando para a silhueta parada a minha frente.
- Não atira - uma voz medrosa pede, engatilho a arma e vejo um garoto se aproximar de mim.
- Quem é você? - questiono irritada.
- Sou Austin, estou procurando meu pai - diz parecendo nervoso - O nome dele é Erick Falconni.
Cerro os olhos para o garoto e suspiro abaixando a arma.
- Seu pai não está aqui - falo séria e pego minha bolsa.
- Sabe onde ele está? - questiona parecendo mais calmo.
- Provavelmente em alguma boate por aí - dou de ombros passando por ele, vejo ele correr e tentar me acompanhar.
- Você é a esposa dele né? - questiona e dou de ombros - Eu lembro de você quando casou com ele, não lembra de mim?
- Não - respondo fechando a porta do restaurante - Nunca fiz questão de lembrar de nada disso.
- Poxa, assim eu fico triste - diz suspirando.
- Não me importo - falo abrindo o guarda chuva e caminhando rapidamente até meu carro, vejo o garoto tentar entrar debaixo dele comigo e o olho com raiva - Se afaste.
- Está chovendo, se eu afastar vou ficar molhado - diz.
- Não é problema meu - digo séria e abro a porta do carro, vejo ele tentar abrir a outra e o olho com raiva - O que pensa que está fazendo?
- É que meu irmão me deixou aqui e foi embora, eu não tenho o número do meu pai, e como você é a esposa dele pode me levar para casa - fala como se fosse óbvio - E também está chovendo muito.
- Não fui eu quem trouxe você, não me importo - falo vendo ele suspirar e abro a porta do carro entrando, reviro os olhos vendo o garoto bater na janela para que eu abra, destravo o carro e ele entra esfregando as mãos nos braços.
- Achei que não fosse abrir - diz e respiro fundo.
- Coloca a merda do cinto - falo e ele assente tentando colocar meio atrapalhado - Você por acaso é algum tipo de idiota?
- N-não grita comigo por favor - pede com medo e fecha os olhos, aperto minhas mãos no volante e respiro fundo - É que é meio difícil de colocar.
Esfrego meu rosto e puxo o cinto com força fechando ele.
- Obrigado - diz baixinho.
Dou partida no carro e sigo em direção de casa.
- Eu posso colocar uma música? - questiona depois de um tempo, dou de ombros e ele sorri colocando uma música infantil, reviro os olhos e acelero para casa - Uau, aqui continua igual a quando eu era criança.
Ignoro ele e entro na garagem, saio do carro e caminho para o elevador.
- Ei me espera! Eu não conheço mais nada aqui - diz e corre até o elevador antes que ele feche a porta.
Como a garagem é subterrânea o elevador para na sala, saio vendo o garoto vir atrás de mim, caminho até as escadas e subo para meu quarto.
- O meu pai chega que horas? - questiona e fecho os olhos tentando ter paciência.
- Amanhã - respondo.
- Ele trabalha em uma boate agora? - questiona.
- Só se for transando com as dançarinas dela - falo vendo ele soltar um som surpreso - Olha garoto, eu vou para meu quarto e quero ser deixada em paz, já fiz muito trazendo você até aqui, agora não é comigo, se quer seu pai procure o número dele no escritório e ligue para o mesmo.
Saio da sala e entro no meu quarto fechando a porta, retiro minhas roupas e me arrumo para dormir, verifico as portas e tudo ao redor, quando vejo que está tudo ok tomo meu remédio para dormir, me deito na cama e apago as luzes deixando somente o abajur aceso.
Sinto os remédios fazendo efeito e apago tendo um sono tranquilo que eles me proporcionam.
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BẠN ĐANG ĐỌC
A Verdade De Aisha Ruskin
Lãng mạnUma mulher marcada com um passado horrível, refém de seus medos e de sua própria mente, Aisha viveu anos sofrendo nas mãos das pessoas que deviam a proteger e com isso se fechou para o mundo, no fundo tinha esperança de que o príncipe encantado em u...