Capítulo 10

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Aisha Ruskin

- Vai sair? - Erick questiona e assinto.

- Tenho algo para resolver no restaurante - respondo pegando a chave do carro.

- Ok, vou sair, provável que ao chegar eu ainda não esteja em casa - diz e assinto sabendo exatamente o que vai fazer.

Saio do quarto e deixo ele para trás, entro no elevador e desço para a garagem, entro no meu carro e dirijo em direção ao restaurante.

O caminho é lento devido a chuva que cai forte do céu, estaciono meu carro na vaga exclusiva e vejo um único carro esportivo parado alguns metros, pego o guarda chuva e saio do carro, pego as chaves do restaurante e abro a porta vendo a porta do outro carro ser aberta e um homem caminhar até onde estou, por precaução coloco a mão na arma nas minhas costas.

- Você é pontual, talvez eu quem seja apressado demais - ouço ele dizer e o olho de cima a baixo, deixo que ele entre na frente e fecho a porta - Então quem eu tenho que matar?

- Primeiro preciso esclarecer algumas coisas - falo e mostro uma mesa a ele, me sento tendo seu olhar sobre mim.

- Que tipo de coisas? - questiona e encosta na cadeira.

- Vou te passar o nome das vítimas e tudo que precisa saber sobre elas, vou pagar caro para que não faça nada fora do que está escrito aqui - falo vendo ele curioso.

- Eu só preciso dos nomes e e faço minha própria pesquisa, prefiro assim - diz e nego.

- Não, eu tenho tudo que precisa aqui para que mate a eles, pago o quanto quiser, dinheiro não é problema para mim - falo me endireitando a cadeira e ficando mais séria ainda.

- Se eu não fizer minha pesquisa fica ruim para matar, apesar de ser assassino de aluguel eu tenho meus limites para matar pessoas - diz e reviro o olhos.

- Vou te dar os nomes das vítimas, mas você não vai ver nada deles além disso, família, nada - falo séria - Tenho uma pasta com informações, você olha ela e faz uma pesquisa, mas como eu disse sem ver nada sobre a vida pessoal deles.

- Quanto mistério - diz zombeteiro - Fica um pouco complicado assim.

- Já disse, dinheiro não vai ser problema - repito - E eu também quero que seja específico para matar eles.

Como quer? - questiona interessado.

- Você pode torturar eles como quiser, mas precisa deixar o rosto intacto para quem for os reconhecer ache que foram vítimas de um assalto - falo - Eu vou resolver tudo com o médico legista para dizerem que foi algo simples como uma facada, por isso os corpos são todos seus.

- Eu gosto como isso soa - diz sorrindo - Posso ficar com um membro?

- Se quiser - dou de ombros - E tenho mais outra coisa.

- Conte-me senhora Falconni - diz sorrindo de lado.

- Após terminar seu serviço eu vou te recompensar bem, mas não quero você envolvido com nada que tenha a ver comigo - digo séria - Se me ver na rua ignore, se possível esqueça que um dia nós conversamos e fizemos um acordo.

- Isso é fácil - diz ficando de pé - Só isso?

- Por enquanto só - digo e suspiro - Se possível eu queria poder ter uma conversa com os dois antes de você os matar.

- Fica meio complicado, eu teria que te vendar e levar ao local - diz e engulo em seco.

-Eu aceito - falo.

- Ok, farei minha pesquisa com todas as poucas informação que posso e ligo para dizer quando vou mata-los - diz balançando a pasta - Até mais ver Aisha Falconni.

Vejo ele sair pela porta e me sento engolindo em seco.

Suspiro encostando minha cabeça na mesa e suspiro sentindo um frio bater em meu corpo, sinto ele ficar tenso quando escuto passos e saco a arma apontando para a silhueta parada a minha frente.

- Não atira - uma voz medrosa pede, engatilho a arma e vejo um garoto se aproximar de mim.

- Quem é você? - questiono irritada.

- Sou Austin, estou procurando meu pai - diz parecendo nervoso - O nome dele é Erick Falconni.

Cerro os olhos para o garoto e suspiro abaixando a arma.

- Seu pai não está aqui - falo séria e pego minha bolsa.

- Sabe onde ele está? - questiona parecendo mais calmo.

- Provavelmente em alguma boate por aí - dou de ombros passando por ele, vejo ele correr e tentar me acompanhar.

- Você é a esposa dele né? - questiona e dou de ombros - Eu lembro de você quando casou com ele, não lembra de mim?

- Não - respondo fechando a porta do restaurante - Nunca fiz questão de lembrar de nada disso.

- Poxa, assim eu fico triste - diz suspirando.

- Não me importo - falo abrindo o guarda chuva e caminhando rapidamente até meu carro, vejo o garoto tentar entrar debaixo dele comigo e o olho com raiva - Se afaste.

- Está chovendo, se eu afastar vou ficar molhado - diz.

- Não é problema meu - digo séria e abro a porta do carro, vejo ele tentar abrir a outra e o olho com raiva - O que pensa que está fazendo?

- É que meu irmão me deixou aqui e foi embora, eu não tenho o número do meu pai, e como você é a esposa dele pode me levar para casa - fala como se fosse óbvio - E também está chovendo muito.

- Não fui eu quem trouxe você, não me importo - falo vendo ele suspirar e abro a porta do carro entrando, reviro os olhos vendo o garoto bater na janela para que eu abra, destravo o carro e ele entra esfregando as mãos nos braços.

- Achei que não fosse abrir - diz e respiro fundo.

- Coloca a merda do cinto - falo e ele assente tentando colocar meio atrapalhado - Você por acaso é algum tipo de idiota?

- N-não grita comigo por favor - pede com medo e fecha os olhos, aperto minhas mãos no volante e respiro fundo - É que é meio difícil de colocar.

Esfrego meu rosto e puxo o cinto com força fechando ele.

- Obrigado - diz baixinho.

Dou partida no carro e sigo em direção de casa.

- Eu posso colocar uma música? - questiona depois de um tempo, dou de ombros e ele sorri colocando uma música infantil, reviro os olhos e acelero para casa - Uau, aqui continua igual a quando eu era criança.

Ignoro ele e entro na garagem, saio do carro e caminho para o elevador.

- Ei me espera! Eu não conheço mais nada aqui - diz e corre até o elevador antes que ele feche a porta.

Como a garagem é subterrânea o elevador para na sala, saio vendo o garoto vir atrás de mim, caminho até as escadas e subo para meu quarto.

- O meu pai chega que horas? - questiona e fecho os olhos tentando ter paciência.

- Amanhã - respondo.

- Ele trabalha em uma boate agora? - questiona.

- Só se for transando com as dançarinas dela - falo vendo ele soltar um som surpreso - Olha garoto, eu vou para meu quarto e quero ser deixada em paz, já fiz muito trazendo você até aqui, agora não é comigo, se quer seu pai procure o número dele no escritório e ligue para o mesmo.

Saio da sala e entro no meu quarto fechando a porta, retiro minhas roupas e me arrumo para dormir, verifico as portas e tudo ao redor, quando vejo que está tudo ok tomo meu remédio para dormir, me deito na cama e apago as luzes deixando somente o abajur aceso.

Sinto os remédios fazendo efeito e apago tendo um sono tranquilo que eles me proporcionam.

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A Verdade De Aisha RuskinNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ