027

6K 588 542
                                    


demorou mas eu cheguei...
----------------------------------

S/n havia procurado Billie por toda a prisão, porém, só a encontrou na cela delas. Ela se encostou na parte que dividia sua cela com outra e deixou só a ponta de sua cabeça à vista, analisando Billie. 

A maior estava entretida com alguns novos livros que havia chegado para ela aquele dia e nem sequer reparou estar sendo observada. A menor respirou fundo e arrumou a postura.

— Toc Toc? — Ela disse e Billie ergueu a cabeça, fitando-a com um sorriso simples nos lábios. — Podemos conversar?

— Claro. — Billie disse sorrindo de canto e S/n se sentou em sua cama.

— Por que se senta no chão? — S/n perguntou.

— Não gosto de usar sua cama sem permissão.

— Não seja boba. Não gosto que se sinta
desconfortável. Pode usar minha cama sempre que quiser. — S/n falou e Billie assentiu.

— Obrigada. — Disse. A menor umedeceu os lábios e apoiou os antebraços nas coxas ao ver que Billie permanecera no chão.

— Bem... Eu queria conversar sobre, uh, o que Sabrina disse. — Seu rosto ganhou uma coloração mais avermelhada e Billie estacou no lugar.

— Não precisamos. — Billie disse e S/n assentiu. 

— Sim, eu sei, mas eu quero. — Ela falou e Billie abaixou a vista para seus livros, sentindo-se embaraçada. 

— Pois bem, diga. — Billie disse e S/n fez uma careta.

— Isso está estranho. — S/n falou e Billie ergueu seu rosto, fitando-a.

— Demorou para perceber. — Billie disse e logo umedeceu os lábios. — Eu disse que era melhor mantermos a distância e...

— O quê? — S/n perguntou e logo riu, — Não. Não me refiro a nós. — Falou, se sentando no chão ao lado de Billie.
 
— E então? — A maior indagou.

— Me refiro à forma como estamos parecendo duas desconhecidas conversando. — Ela falou, retirando os livros do colo de Billie para então se sentar sobre ele. — Gosto de ficar pertinho assim. — Falou com doçura e Billie sorriu timidamente.

— Gosta?— Questionou e S/n assentiu.

— Gosto muito. — Confessou e Billie sentiu suas mãos começarem a suar. — Billie, eu acho, uh… Não! não acho... Eu sei... — Se corrigiu. — Que eu estou...

— Sabrina ficou lá fora sozinha? - A maior indagou e S/n ergueu a vista para ela rodeando os braços ao redor de seu pescoço.

— Eu estou apaixonada por você. — S/n disse, não dando espaço para Billie mudar de assunto. — Muito. Caindo de amores. Sonho com seu cheiro e penso em você quando não está por perto. — Billie se remexeu inquieta embaixo dela. 

— Você não deveria, S/n. — A voz de Billie não passou de um sussurro e S/n comprimiu os lábios, assentindo.

— É... Eu não deveria, eu sei. — Falou. — Mas me apaixonei. O que posso fazer?

— Tentar se afastar de mim. — Billie disse, abaixando os olhos. Sentiu um toque delicado erguer seu queixo antes de lábios macios tocarem os seus.

— Eu não quero me afastar de você. Estou apaixonada, não entende? Apaixonada. — S/n disse veemente ao separar-se do beijo casto. — Quero todo o contrário, quero ficar perto de você o tempo inteiro.

— Até quando está na enfermaria ao lado da médica oferecida? — Billie indagou e S/n riu graciosamente, assentindo.

— Sim, mesmo gostando de conversar com ela. — S/n disse e Billie a fitou.

— Não precisava ter me dito isso. — Billie falou e S/n sorriu.

— Precisava sim, porque o assunto principal de nossas conversas sempre é você. — S/n confessou e Billie franziu os olhos.

— Duvido.

— Não duvide de mim. — S/n falou. — E não precisa ter ciúmes dela. Ela sabe que eu quero só você. — O coração da maior bateu fortemente contra a sua caixa torácica. Não podia crer no que ouvia. S/n dizia-lhe algo que jamais pensara ouvir daqueles lábios. — Inclusive ela pensa que você é muito linda e que eu tenho bom gosto. 

— Jura que falou para ela de mim? — Billie perguntou e S/n assentiu.

— Eu deveria ter ciúmes da médica por esse entusiasmo em sua voz? — S/n perguntou brincando e Billie riu, negando.

— Não deveria ter ciúmes de ninguém, anjo. — Billie falou, abraçando o corpo em cima de si. — Não tenho olhos para mais ninguém. — A menor mordeu o próprio lábio antes de se debruçar e capturar os lábios de Billie entre os seus.

As mãos de Billie puxaram S/n mais para seu corpo enquanto a língua da menor pedia passagem. Ela não hesitou em deixar a outra aprofundar o beijo e arfou contra a boca de S/n quando sentiu a garota rebolar sobre seu colo.

— Como me excita tão rápido, hein? — Billie perguntou e S/n sorriu contra seus lábios, olhando para fora da cela apenas para ver que ninguém passava ali.

— Faz carinho em mim, faz? — S/n sussurrou contra seu ouvido antes de mordiscar o lóbulo de sua orelha e segurar uma mão de Billie, guiando-a para o meio de suas pernas.

— Alguém pode passar, S/n. — Billie disse e S/n arrastou os dentes no pescoço de Billie mansamente.

— Eu adoro quando você pronuncia o meu nome com essa voz rouca e sexy... — Sussurrou. — Me excita em tantos graus. 

Billie estava perdida. Como poderia pensar que conseguiria negar algo para a menor? Ainda mais quando ela queria tanto quanto a outra garota.

— Eu vigio. — S/n falou, pegando novamente uma das mãos de Billie e a guiando, dessa vez, para dentro de sua calça. — Faz carinho, Bill? — Repetiu a pergunta e arfou quando sentiu os dedos de Billie começarem a se mover em círculos em seu nervo rígido.

— Tão molhada já... — Billie falou e S/n fez um enorme esforço para não fechar os olhos, apenas para poder vigiar a entrada. Se alguém passasse ali não tinha como ver totalmente a mão de Billie em sua intimidade, afinal seu braço direito estava para o lado da parede e não das grades, porém, se alguém passasse e visse se movimentando sobre Billie com cara de desejo, na hora descobriria o que faziam.

— Aposto que está tão molhada quanto eu. — S/n murmurou, entreabrindo a boca ao sentir dois dedos de Billie desligarem para seu interior. — Oh... Sim!

— Não me canso de ouvir os seus gemidos, S/n.. — Billie murmurou e a menor não resistiu em começar a se movimentar de encontro aos dedos de Billie.

— Eu queria foder com você em uma casa distante de tudo... — S/n murmurou, acelerando a velocidade de seus quadris.

— E eu queria poder namorar você. — Billie falou, fazendo S/n a fitar boquiaberta. — Porém não podemos, mas para mim já basta saber que a paixão que sinto por você é completamente recíproca. 

— Billie… — S/n diria algo a respeito, porém, os movimentos fortes e fundos em seu interior a fizeram fechar os olhos fortemente. — Vigia para mim... Acho que vou...gozar. — Disse entre gemidos, afundando as unhas no couro cabeludo de Billie.

A maior olhou para a entrada e ninguém passava. Por sorte naquele horário todas desfrutavam do sol. Billie sentiu o interior de S/n apertar seus dedos e então levou o dedão para seu clitóris, incentivando o orgasmo a vir. 

A menor sentiu a sensação deliciosa de seu ventre atingir todo o corpo, fazendo-a abaixar a cabeça e morder o ombro de Billie para não gemer alto. Seu corpo relaxou sobre o de Billie e ela afundou o rosto no pescoço da maior, se deixando ali.

— Eu gostaria de namorar você. — S/n murmurou e Billie retirou a mão de dentro de sua calcinha e calça, abraçando o corpo menor.

— Eu sei. Eu também. — Murmurou tristemente, não vendo um final feliz para aquela história. 

1267 palavras

Presa Por Acaso (Billie Eilish / You) Where stories live. Discover now