017

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As línguas se encontravam com fervura, com ansiedade, com sincronia enquanto as garotas estavam naquela cama. Haviam passado a manhã inteira se beijando e só pararam para o almoço, realização da higiene bucal e logo voltaram para a cama de S/n, voltando a se enroscarem uma na outra.

— Sua pele é tão macia... — Billie murmurou, acariciando a pele da barriga de S/n por baixo da camisa. A menor resfolegou e arrastou as unhas da mão esquerda na nuca de Billie.

— Está calor aqui ou é só impressão minha? — S/n perguntou, observando o sorriso de Billie se abrir. Seus olhos analisaram a vermelhidão dos lábios da maior e o inchaço e presumiu que os seus não deveriam estar diferentes.

— Muito calor. — Billie replicou, descendo a mão que estava na barriga de S/n para as costas dela, apertando a carne da região com vontade. S/n sentia seu coração bater acelerado contra seu peito enquanto apertava com a mão livre a bunda de Billie, já que a maior estava por cima dela.

— Caralho, garota... — Billie murmurou em um quase gemido. — Não me provoca desse jeito.

— Provoco sim. — S/n disse, soltando uma risadinha provocante. — Se está aqui há três anos e nunca ficou com ninguém... — Ela sussurrou, arrastando os dentes no pescoço de Billie antes de deixar um beijo provocante contra sua pele. — Deve estar sedenta por sexo...

— Na verdade não. Acostumei-me. — Billie  respondeu e S/n arqueou uma sobrancelha.

— Você vai gozar tão rapidinho... — S/n falou, distribuindo beijos pelo pescoço de Billie. — Tão gostoso…

— S/n... — Billie gemeu baixinho sentindo sua respiração pesar ainda mais. — Para de provocar. — Pediu. Gemeu um pouco mais alto quando sentiu a perna esquerda de S/n pressionar sua intimidade. Billie olhou para além das grades apenas para ver se ninguém olhava ou se não havia policiais.

— Que tal a gente colocar aquele lençol nas grades, hm?— A menor provocou e Billie segurou suas duas mãos, as prendendo ao lado de sua cabeça enquanto distribuía beijos pela clavícula de S/n.

— Você quer mesmo transar com uma praticamente desconhecida? — Billie perguntou e S/n riu.

— Ah! Como eu quero! — S/n proferiu, mordendo o lábio inferior ao sentir uma mão de Billie descer para seu seio, por cima da camisa, antes de apertá-lo com carinho.

— É uma pena então você precisa ir trabalhar com a médica. — Billie falou, dando um demorado selinho em seus lábios antes de se sentar na cama. — Está na hora de você ir, S/n. — S/n abriu a boca se reação.

Realmente precisava ir, mas se via em uma situação complicada onde sua calcinha estava encharcada e sua intimidade pulsando devido à troca de carícias quentes com Billie.

— Argh! Inferno! — S/n vociferou, se sentando atrás de Billie antes de envolver os braços ao redor de seu corpo. — Não quero ir. — S/n choramingou, distribuindo beijos pelo pescoço de Billie até chegar no lóbulo de sua orelha. — Mas preciso. — Sussurrou, fazendo Billie assentir.

— Eu sei. — Billie disse e S/n suspirou.

— Desculpe. — S/n pediu fazendo uma careta.

— Não se preocupe. Temos mais alguns meses dentro dessa cela. — Billie disse sorrindo compreensiva e S/n assentiu, se levantando.

— Pode me responder algo que esqueci de perguntar? — S/n indagou e Billie a fitou, esperando sua pergunta. — Como sabia que Drew me disse que você não gosta de encarar? — Perguntou.

E lá estavam as perguntas cujas quais Billie não queria responder. A verdade é que Billie não teria problemas em responder às perguntas de S/n, entretanto, eram demasiadas perguntas e, como Billie sabia que S/n era inteligente, tinha medo de ela ir encaixando o quebra-cabeça.

S/n não parecia ninguém que traria problemas para Billie, mas e se descuidadamente ela contasse para alguém? Billie tinha mais dois anos ali e sabia que se soubessem a verdade ela passaria a apanhar diariamente até sair finalmente daquele inferno.

— Ela é minha amiga. Conhece-me e sabe que é verdade. — Billie respondeu friamente, lendo no olhar de S/n que ela não havia engolido aquela história. 

— Sabe, eu queria mesmo saber porque você se.importou em me proteger. — S/n comentou e Billie assentiu, umedecendo os lábios antes de se levantar e ficar cara a cara com S/n.

— Já conversamos sobre isso. — Billie falou e S/n colocou um bico triste em seus lábios, abraçando a cintura de Billie .

— Você disse que eu sou destemida como sempre. Seja sincera... Você me conheceu fora daqui? — S/n perguntou e Billie riu da insistência da menor.

Responder aquilo não seria problema, mas quanto mais peças Billie entregava à S/n, mais visível ficaria a imagem toda.

— O que eu faço com você, hm? — Billie perguntou rindo e S/n sorriu amplamente.

— Eu tenho um leque de sugestões... — S/n disse sugestivamente, alçando as duas sobrancelhas.

— Você vai se atrasar. — Billie disse, sentindo S/n dar de ombros.

— Por favor, por favorzinho, Billie. — S/n insistiu.

— Só responda sinceramente a minha pergunta.

— Que pergunta? — Se fez de desentendida e recebeu uma tapa na bunda acompanhado de uma expressão séria de S/n.

— Você me conheceu fora daqui? — Billie suspirou e finalmente se deu por vencida.

— Sim, S/n. — Billie disse. — Aproximadamente, na verdade.

— Como assim? — S/n perguntou confusa.

— Bem, nós nunca fomos apresentadas. — Billie explicou e S/n sorriu.

— Sabia! Eu teria me lembrado desses olhos. — S/n disse em um flerte e Billie sorriu.

— Agora vá. — Billie disse empurrando sutilmente S/n, que se segurou mais em Billie, negando com a cabeça.

— Só mais uma perguntinha... — S/n disse e Billie negou.

— Não, S/n! — Billie disse veemente.

— Por favor. — S/n insistiu. — Eu só preciso saber se você sabe sobre a minha, uh, condição financeira. — S/n perguntou e Billie lhe fitou.

— Sim. Sei que é podre de rica. — Billie assumiu e S/n a olhou confusa, se afastando um pouco dela. — O que foi?

— Na-nada. — S/n respondeu com uma expressão decepcionada no rosto.

— Então por que está me olhando assim? — Billie perguntou confusa.

— Eu sei que, pelo pouco que eu conheço de você, não parece que seja, mas, uh, por favor não se ofenda..

— Fala logo! — Billie exigiu.

— Você me proteger ou, uh, ficar comigo não teria nada a ver com meu... meu dinheiro, não é? — Billie a olhou friamente, se afastando dela. — Não me interprete mal, eu só não sei nada sobre você, mas ainda julgo que o dinheiro não tenha influenciado você a...

— Dê o fora daqui! — Billie não gritou, porém sua fala fora rude ao ponto de S/n ter se sentido extremamente mal.

— Eu não quis...

— Você realmente é estúpida ao ponto de perguntar a alguém se ele está interessado no seu dinheiro? Que tipo de pessoa responderia "sim"? — Billie se exaltou e S/n se encolheu. — Vá atrás daquela médica, S/n. Sai! — Billie disse irritada e S/n negou.

— A cela também, uh, é minha. — Falou. Queria se desculpar com Billie, falara sem pensar. Só queria descobrir o motivo de ela ajudá-la sem querer nada

— Ótimo. Então fique aí com ela. — A maior falou, se esquivando de S/n para sumir entre o corredor. A menor suspirou, sabendo que precisava ir até à enfermaria, mas também estando ciente que fora um completa idiota infeliz em sua pergunta. 

1224 palavras

Presa Por Acaso (Billie Eilish / You) Where stories live. Discover now